Capitulo 2

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Cain estava sentado na biblioteca de seu irmão. Pinturas feitas a óleo traziam lembranças de tempos imemoriais. Todas essas lembranças, poucas eram realmente dele. O sangue de seu irmão correndo por suas veias faziam vir à tona tantos sentimentos, tantas saudades.

Entre todos aqueles desenhos um chama a sua atenção. Cain caminha até ele como se estivesse vendo aquilo que lhe era mais precioso. Seus dedos tocaram a face desenhada naquela tela tentando ao máximo sentir além de simples linhas.

- Ela é bonita – disse a voz em suas costas – Quem é?

- Essa é Lívia – Respondeu ele nostálgico – Minha esposa.

A filha das Sombras observou aquela pintura com ciúme e inveja. Aquela mulher ali desenhada parecia calma feliz. Isso a perturbava.

Cain virou-se para trás para encarar aquela garota. Ela usava uma camisa branca sem mangas que seu irmão costumava usar. Uma saia de couro podia ser vista por debaixo da camisa e com certeza curta demais para uma garota assim.

Ele sorriu.

A filha das sombras olhou para as próprias roupas como se procurasse algo errado. Será que não estava sexy o bastante?

- O que foi Cain? – disse ela com sua voz de serpente – Infantil de mais?

- Pelo contrario filha das sombras, atrevido de mais.

- Meu nome é Natasha.

- Certo Natasha.

Cain não havia se habituado bem ao ano que estava isso era fato, mas o sangue de seu irmão guiava bem suas atitudes e o instinto ali latente em suas veias sabia o que deveria fazer se quisesse Natasha a seu dispor.

Caminhando mais próximo a ela, Cain inclinou seu corpo. Natasha acostumada a se atacada e presa entrou em posição de defesa, mas o que aconteceu foi tão rápido que nem mesmo ela esperava.

Cain a beijou.

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A pequena garota de acordou no quarto improvisado. Estava sobre uma cama infantil, mas extremamente mais confortável do que a cela em que ficava trancada na fundação SCP. Ali estava escuro iluminado por poucas velas que proporcionavam alguma luz. Isso não a incomodava. Enquanto houvesse luz, haveria sombras e assim ela ficaria mais forte. Ela juntou suas forças e se levantou. Mesmo sendo uma criatura feita de sombras, de alguma forma ela havia se ferido.

Não sabia como, mas foi.

Ela caminhou pelo quarto. Era mesmo o dormitório de uma criança, mas por quanto tempo ela esteve desacordada?

Não fazia ideia. Ao sair do quarto ela chegou a um corredor mal iluminado que levava a uma escadaria e três portas. As portas provavelmente levariam a outros quartos, mas e a escadaria?

"Com certeza ao andar de baixo, isso é obvio."

Ela pensava, mas as alternativas não eram melhores.

Ela desceu a escada ainda receosa. Do andar de baixo poucos barulhos eram ouvidos. Apenas vozes baixas, que acreditava ela serem conhecidas.

No hall onde se encontrava era estupendo. Ela pouco conhecia desse mundo mas nunca vira algo assim. As escadas pelo qual descera a deixava frente a uma porta grande que com certeza daria para o lado de fora. Sua curiosidade maior que sua prudência a levou a sair.

Do lado de fora havia um belo jardim, mesmo que morto, com suas plantas secas e flores murchas e negras. Uma fonte de agua escura por causa do lodo e esculturas a muito tomadas por trepadeiras. Ela caminhou mais um pouco pelo caminho destruído entre o jardim, ficara abismada com a lua minguante que pouco iluminava aquele lugar e se sentiu livre. Pela primeira vez desde que fora capturada sentiu-se livre.

O Assassino de Deuses: A Vingança De CainOnde histórias criam vida. Descubra agora