ॣ❥ O5 ─ five

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Summer POV's

Acordei com uma voz doce a ecoar pelos meus ouvidos, abri os meus olhos lentamente e encarei a aeromoça, enquanto eu me ajeitava no banco, passei a mão em meu rosto e bocejei, voltando a minha atenção para a a loira em minha frente.

- A senhorita dormiu a viagem toda, bem-vinda a Califórnia.

Disse a moça e eu olhei em volta, vendo que o avião estava vazio, os outros passageiros já haviam saído.

- Oh, nossa, eu estava realmente muito cansada.

Me levanto e pego a minha bolsa, colocando a mesma em meus ombros e subindo o meu olhar para a loira.

- Obrigada.

Eu disse, ela assentiu, com um sorriso em lábios e eu me virei, indo em direção a saída do avião. Depois de alguns minutos, peguei a minha única mala e fui puxando- a até a saída do aeroporto, olhei para os lados, esperando que algum táxi aparecesse, abri a minha bolsa e suspirei, ao menos eu tinha dinheiro para o táxi.

Ótimo, o que eu faço agora ?

Caminhei até um banco que havia ali e me sentei, abaixando as barras da minha mala e ficando a fitar as ruas da Califórnia.

Como é que eu irei chegar em Beacon Hills?

Depois de quase uma hora sentada naquele banco, pude ouvir o meu celular tocar, retirei o aparelho da minha bolsa e sorri aliviada ao ver o nome da minha avó no ecrã, deslizei os dedos na tela, atendendo a sua ligação.

- Oi vovó.


Eu disse aguardando a sua resposta.

- Summer, querida, você já chegou?


Ela perguntou e eu passei a mão em meus cabelos, que estavam levemente bagunçados, por causa do vendo, mordi a parte interna das minhas bochechas e suspirei.

- Sim vovó, eu estou aqui na frente do aeroporto, eu não consegui pegar um táxi.

Como é que alguém viaja sem ao menos ter dinheiro pro táxi?


- Eu não posso sair de casa, mas pedirei que um amigo lhe busque, tudo bem?

Engoli um seco ao ouvi- la, depois do que aconteceu comigo, eu desenvolvi uma certa dificuldade para confiar nas pessoas, eu definitivamente não consigo me aproximar de outras pessoas e agora um estranho estaria a vir me buscar e isso me assusta.

Eu não poderia dizer a minha avó que, isso me incomodava, ela me tirou daquela cidade na qual eu vivia, o cenário do pior dia da minha vida, que eu nunca irei esquecer, eu preciso aprender a viver com isso e confiar nas outras pessoas, afinal, nem todo mundo é igual.

- Tudo bem vovó, sem problemas.

Eu disse tentando parecer normal.

- Seu nome é Stilinski.

Franzi o cenho ao momento em que ele disse o nome do homem que iria vir me buscar.

Sério? Seu nome é mesmo esse ? Falou a garota que se chama Verão.

- Okay! Adeus vovó.

Disse encerrando a ligação, guardei o meu celular de volta na bolsa e abaixei a minha cabeça, ficando a fitar as minhas mãos.

Depois de alguns minutos na mesma posição, pude ouvir um som de uma buzina, o que me fez acordar dos meus pensamentos e devaneios. Levantei a minha cabeça e arregalei os olhos ao ver um carro de Polícia parado bem na minha frente, a porta foi aberta e um homem saiu do mesmo, caminhando até mim, ele era alto, cabelos loiros e portava óculos escuros.

Eu não sou muito boa em descrever pessoas, pois não costumo prestar atenção nos detalhes.

- Summer ?

Ele disse tirando os óculos e se aproximando de mim.

- Sim, você é o Stilinski?

Perguntei me levantando.

Vovó poderia ter me dito que ele era um policial.

- Não, o delegado Stilinski não pôde vir, então me mandou. Chamo- me Jordan, Jordan Parrish!

O policial disse estendendo a mão para mim, esperando que eu a pagasse, não foi o que eu fiz, ele recolheu a sua mão e colocou o óculos em sua farda.

- Sua avó é uma senhora muito gentil e tem muitos amigos na cidade, ela me disse que você é um pouco tímida, mas não precisa.

Muitos amigos? Eu pensei que ela tinha me dito que se sentia sozinha.

Chega Summer, não começa com as suas crises de desconfianças, tente confiar nas pessoas novamente, estás em outra cidade, com novas pessoas.

Respirei fundo e fitei o policial, estendi a minha mão para ele, o seu olhar caiu para a minha mão e ele não hesitou em aperta- la, dando- me um sorriso amigável, retribui o mesmo e ele abriu a porta da viatura para mim, olhei para ele e depois adentrei na mesma, Parrish fechou a porta e eu coloquei o cinto de segurança.

Eu nunca se quer cheguei perto de uma dessas. Até por que, na minha cidade faltava policiais e qualquer outro tipo de segurança.

O policial Parrish pegou a minha mala e a colocou no banco de trás, ele deu a volta no carro e adentrou no banco do motorista, fechando a porta, ele colocou as chaves na ignição e deu a partida no carro. Eu com certeza estava tímida, porém prometi a mim mesma que deixaria tudo o que passou para trás e que, tentaria recomeçar de um novo parágrafo da minha vida, com a pontuação correta.

- Como ela é?

Perguntei olhando para o policial, que ao me ouvir, olhou- me por alguns segundos, antes de voltar a sua atenção para a estrada.

- Bom, é uma cidade muito agradável de se viver e...

Acho que ele entendeu errado.

- Eu não falo da cidade, eu falo da minha avó.

Eu disse o interrompendo e ele riu, assentindo com a cabeça.

- Anne é uma senhora muito dócil, faz de tudo pelas pessoas ao seu redor, todos na cidade a conhecem e gostam dela, você tem sorte por tê-la.

Falou Parrish e eu encostei a minha cabeça no banco do carro, mordi a parte interna das minhas bochechas e tombei a cabeça para o lado, encarando a janela, observando as ruas e tentando imaginar como seria a minha vida daqui para frente.

Suddenly YouWhere stories live. Discover now