ॣ❥ O6 ─ six

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Parrish POV's

A menina era bem como sua avó disse que seria, muito tímida e evita conversas, talvez seja por que eu ainda sou um estranho para ela. Respirei fundo, mantendo o meu olhar na estrada.

Só que não.


Eu não conseguia parar de olhar para a menor e, eu me odiava por isso, ela deve pensar que eu sou um tarado ou alguma coisa do tipo.

Mal ela sabe que, eu sou apenas um Cão do inferno.

Literalmente.

Eu queria quebrar aquele silêncio ensurdecedor, porém não o fiz e preferi mantê-lo.

Até por que, eu não fazia a mínima idéia do que falar.

- Depois ela é a tímida.

Disse o meu subconsciente e eu balancei a cabeça, fazendo uma careta engraçada, ouvi uma risada, que por sinal era mais engraçada que, a minha careta. Olhei para o lado e vi a Summer rindo, tentando se conter pondo a mão na boca, comecei a rir com ela, porém logo parei, ao perceber que ela estava a chorar, ela colocou as suas mãos no rosto, tampando o mesmo.

Pisei no freio e encostei imediatamente o carro, girei as chaves na ignição, retirei o cinto de segurança e me virei para a menor, que ainda estava a chorar e, ao que me parecia, estava a ficar ainda pior.

- Ei, o que houve ? Estás bem?

Perguntei e balancei a cabeça, ao perceber o nível de estupidez da minha pergunta, numa hora dessas.

É claro que ela não está bem, Parrish.

Summer POV's


Pela primeira vez depois do que me aconteceu, eu acabei dando risada, embora que involuntariamente, porém eu quis rir, ele acidentalmente me fez rir, mesmo que eu não quisesse, mesmo com toda essa tristeza, dor, angústia e mais um monte de sentimentos que, estão guardados dentro do meu peito e que, eu não consigo expulsar por nada. Durante esses poucos segundos rindo, eu me senti bem, me senti leve, foi como se todo o sentimento ruim tivesse ido embora.

Eu definitivamente amei me sentir assim.

- Sim, eu estou bem.

Falei passando a mão no rosto, prendendo os dentes em meus lábios, tentando cessar as lágrimas teimosas que, insistiam em rolar pelas minhas bochechas.

Eu detesto me sentir fraca, detesto chorar por me sentir assim, eu só quero esquecer tudo o que passou e começar novamente, sem aquela dor a me atormentar, ou qualquer outro sentimento que, me lembre daquela noite horrível.

- Você definitivamente mente pior do que o Scott.

Disse Parrish e eu franzi o cenho confusa, olhando para o mesmo.

- Scott Mccall?

Perguntei, eu me lembrava dele, também lembrava da queda que eu tinha por ele, quando vim a Beacon Hills com o meu pai.

- Sim e não mude de assunto, senhorita!

Parrish disse cruzando os braços, ficando horrivelmente engraçado, consequentemente me fazendo sorrir, com os dentes na língua.

- Estás a rir de mim?


Perguntou Parrish e eu balancei a cabeça de forma negativa, ainda com o sorriso em minha face, ele ergueu as sobrancelhas e abriu os braços, entendi o recado e retirei o cinto de segurança, sendo envolvida em um abraço, demasiadamente bom.

- Obrigada, policial Parrish.

Sussurrei em um tom audível, para que ele escutasse.

- Por nada e podes me chamar de Parrish, eu prefiro assim.

Ele disse e eu assenti com a cabeça, passando a mão pelas suas costas, cobertas pela farda que ele portavas, eu não queria me desvencilhar de seus braços, queria que cada centésimo, segundo e minuto fosse prolongados, eu não entendia o por que , porém eu me sentia bem naquele abraço, eu me sentia bem com Parrish e eu só o conhecia a quarenta e cinco minutos.

Sim, eu sabia, pois não tirava os olhos do celular, esperando que a minha progenitora se desse conta de que , eu fui embora e que ao menos, ela me ligasse para me pedir desculpas por ter sido uma péssima mãe, colocando os seus vícios em primeiro lugar e esquecendo que tinha uma filha e ainda por cima, que roubou a própria, para satisfazer os seus vícios.

Eu estava sonhando alto de mais, não acredito em milagres.


Bom, o abraço estava maravilhoso e eu não queria que acabasse, porém eu precisava chegar na casa da minha avó e Parrish precisava voltar a trabalhar.

[...]

- Summer, acorda!

Ouvi a voz do Parrish ecoar pelos meus ouvidos e eu abri os meus olhos, encarando os olhos verdes do mesmo. Ele sorriu para mim e eu retribui o sorriso, me ajeitando no banco, voltando a minha atenção para ele.

- Bom dia, flor do dia.

Eu disse sorridente e ele rolou os olhos, dando uma curta risada em seguida. Deus, de onde saiu tanto bom humor ? Eu saí do Kansas um poço de amargura e a mínima vontade de rir ou sorrir, eu só queria chorar , até ficar sem lágrimas, minha tristeza continuaria.

- Boa noite Summer, chegamos.

Disse Parrish e eu retirei o cinto de segurança, que eu jurava já ter tirado, provavelmente Parrish havia colocado, quando eu adormeci, olhei pela janela do carro e fitei a enorme casa.

    Disse Parrish e eu retirei o cinto de segurança, que eu jurava já ter tirado, provavelmente Parrish havia colocado, quando eu adormeci, olhei pela janela do carro e fitei a enorme casa

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- Tá brincando? Essa é a casa?

Perguntei voltando a minha atenção para o Parrish, que assentia positivamente.

- Não gostou?

Passei a mão em meu rosto, ouvindo tais palavras saírem da boca de Parrish.

- Como não gostar ? É incrível.

Falei boquiaberta.

- Espera só pra ver como é lá dentro.

Ele disse abrindo a porta do carro e saindo do mesmo, fiz o mesmo e vi Parrish pegar a minha mala, arrumei a bolsa em meus ombros e Parrish estendeu a mão para mim, mordi a parte interna de minhas bochechas e caminhamos até a entrada da enorme casa, ele fez sinal com a cabeça, apontando para a companhia, assenti e levei o meu indicador até a mesma, apertando- a e ouvindo um alto barulho ecoar pelos meus ouvidos, fazendo- me encolher os meus ombros.

- Achas que ela irá gostar de mim?

Perguntei a Parrish, ele a conhecia melhor do que eu mesma, eu só a vi poucas vezes e quase não me lembro de suas características, porém ao que me pareceu, ela se lembrava das minhas.

- Bom, eu gostei e...

A porta foi aberta, uma senhora de mais ou menos sessenta e poucos anos de idade nos encarou com um sorriso no rosto, ela olhou para Parrish e depois voltou o seu olhar para mim.

- SUMMER !





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