35 - A Verdade

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Depois da cerimônia, as pessoas voltaram para a casa aconchegante. A varanda estava cheia de pessoas que conversavam descontraídas e eu as vezes participada de algumas conversas com alguns amigos de Miguel.

Depois de um tempo, ele me chamou para irmos embora. Aparentava estar cansado e com sono e eu agradeci em silêncio porque isso aconteceu. Ainda não me sentia completamente à vontade lá.

— É tudo muito mágico. — lembrei da transformação, enquanto fitava o mesmo caminho de asfalto, porém que no momento estava escuro. 

— É sim. — concordou com um sorriso. — Sabe, Sara. Esse foi o melhor dia em tempos... — ele suspirou, demonstrando que estava aliviado.

— Por um momento consegui esquecer dos problemas. — concordei. —  Você me faz muito bem. —  sorri vendo seu sorriso refletir no vidro do carro.

Assim que chegamos em casa, Miguel estacionou na garagem e eu o acompanhei até a porta. Não me sentia confortável que ele dormisse ali comigo. Não estava pronta e não queria isso.

— Hoje foi um dia bem cheio. — conclui, vendo ele se aproximar de mim e passar seus braços em minha cintura.

— Foi sim. — ele sorriu.

Me beijou, calmamente e aproveitando cada segundo. Seu beijo calmo, sincero e confortante. Estar em seus braços era a melhor coisa.

— Gosto muito de você. —  sussurrou, com o rosto próximo ao meu.

— Eu também. — suspirei envergonhada. — E lutarei por você. — conclui me lembrando de sua família.

Ele se despediu com um sorriso e saiu caminhando, em direção a sua casa, sem parar de olhar para trás.

— Te vejo amanhã, certo? — indagou e eu assenti vendo-o voltar a caminhar nas ruas mal iluminadas da cidade.

Adentrei minha casa ainda sem acreditar que tudo ocorrerá bem. Acreditava que Victor estava acordado e já me preparava para o encontra-lo novamente. Victor estava cada dia melhor, e a cada dia que se passava ele evoluía em questão de seu status como vampiro.

— SARA. — admirou-se me vendo e pulando do sofá.

— Eai. — sorri. — —Como você tá?

— Não sei o que tá acontecendo... depois que essa Lua saiu eu to começando a ter alguns flashes de memória. — desse se aproximando de mim. — Tinha uma morena e um homem lá. Eu estava... em um prédio abandonado. —  disse pensativo e concentrado, forçando a memória.

— E você acha que é sobre a morte da Dayse, certo? — indaguei, curiosa. Saber o que haveria acontecido com Victor, era o que estava atormentando meus pensamentos. E enfim ele estava começando a se lembrar de algo.

— Deve haver algum sentindo... alguma ligação. Eu nunca os vi antes...

— Você não consegue se lembrar onde era esse prédio? Talvez se formos até lá poderemos ver alguma coisa.... ou isso pode te ajudar a lembrar.

— Eu vejo uma rua que é muito escura. Não tinha nada... só mato. Não sei onde é... não consigo me lembrar mais de nada. — respondeu pensativo.

Eu forcei minha mente.

— Tenta se lembrar de mais alguma coisa. — insisti. — Tem casas por perto? Algum comércio...

— Não... só árvore e mato. Não sei onde pode ser isso....

— E o lugar onde você estava? Como que era a casa? — fazia de tudo para que ele forçasse a memória.

Noites SombriasWhere stories live. Discover now