A Floresta Dos Fantasmas

*~13~*

-Só um? Como essa mulamba trás só uma pessoa pra mim? Eu quero todos aqui! Todos! Esse grupinho está me dando trabalho. Você quer perder o emprego Rael? Seu emprego está nas mãos daquela idiota!-Grita Don.

Sam trouxe apenas Daniel para Don. Ele quer todas as pessoas, não apenas Daniel. Pra que ele quer eles? Simplesmente pelo fato que este grupo tem que acabar logo, pois eles estão quase achando a passagem. E nenhum grupo da floresta conseguiu achar a passagem.

Assim que Sam trouxe Daniel desmaiado, ela o levou a uma sala e um empregado de Don foi até ela. Eles botaram Daniel ainda desacordado em uma cela e Sam foi para uma máquina esquisita para ficar forte e mais poderosa.

-É para tirar a recruta da máquina agora, senhor? -Pergunta Rael.

-Vá, vá. -Don disse e Rael se retirou.

Don estava preocupado, se eles conseguissem sair daquela floresta, eles iriam achar Don e leva-lo para policia.

★

-

Já era, Daniel está morto! -Diz Rafael.

Miguel se assusta.

-Como assim morto? Vamos conseguir achar ele sim, Rafael. Se liga.

-Miguel, andamos essa floresta a madrugada inteira. Não achamos nada. -Diz Anny.

-Mas Anny, ele pode está ai em algum lugar. Vamos procurar.

Rafael pensa um pouco.

-Sam...-Ele diz baixo.

-Sam? -Miguel e Anny dizem juntos.

-Sim, a Sam! Ela não tá querendo matar a gente? Com certeza ela nos seguiu e aproveitou que Daniel estava sozinho e o pegou.

Anny bota as mãos na cabeça.

-E agora?

-Agora, que perdemos mais uma pessoa. E que temos que sair daqui o mais rápido possível.-Fala Miguel.

Anny bota a mão no ombro dele.

-Miguel, meu querido, estamos andando a muitos dias. Você acha que vamos conseguir sair daqui?

-Sim, pelo Daniel e pela Sam vamos conseguir.

Rafael estalou os dedos.

-Então vamos!

Eles seguiam reto por dentro das árvores. Pararam em um pequeno córrego aonde tinha uma árvore caída fazendo de ponte. Atravessaram e depois mais caminho pela frente. Eles não sabiam aonde estavam, mas se estando juntos, estava tudo bem.

Quem acompanhava eles era Sam. Ela pulava de árvore em árvore sem fazer barulho algum. Nas árvores mais fracas que se balançavam quando ela pulava, eles lá de baixo achavam que era macaco ou algum tipo de bicho que não iriam fazer mau algum.

Os nossos sobreviventes chegaram ao um lugar. Era uma espécie de caverna debaixo de umas pedras enormes. A passagem era grande, assim como lá dentro. Não havia o porquê não deles entrarem. Afinal era só uma caverna coberta com musgos.

Assim que eles entraram a caverna estava tomada pela escuridão. Ela era alta o suficiente pra eles ficarem em pé lá dentro. Até Rafael que tinha 1,89 conseguiu entrar.

Fogo eles não conseguiram fazer, o jeito e encarar o medo e ficar sentados naquela caverna todos juntos e virar a noite. Pois não iam conseguir dormir.

Bem rápido escureceu. A barriga deles roncava e eles lutavam contra o sono.

-Será que nessa caverna tem algum bicho? -Sussurra Anny para Rafael.

-Mesmo se tiver, eu vou te proteger minha pequena loirinha.

Miguel revira os olhos.
-Como vocês conseguem viver com tanta melação?

-Cala a boca! -Eles dizem juntos. -E falamos juntos. De novo.

-Bestas. -Murmura Miguel.

Não tão longe dali...

Sam com seus olhos de fogo lapidava um pedaço de madeira com uma faca, sentada em um galho de uma árvore. Por causa da máquina de poderes em que Sam ficou, ela mudou. Agora quando a noite chegava, o cabelo dela virava fogo, seus olhos refletiam fogo. Sua face ficou do mal.

Apesar de seu cabelo está pegando fogo ela não botava fogo nas coisas que tocavam o seu cabelo.

Um esquilo simpático e curioso se aproximava dela.

-Olá esquilinho. Perdido? -Ela fala pegando a criatura em suas mãos. -Eu resolvo isso. -Ela pega a madeira que estava afiando e crava na cabeça do esquilo. Ela joga o animal longe e solta sua risada. Uma risada alta, maléfica, e que da caverna dava para escutar.

-O que foi isso? -Anny acorda assustada.

Rafael a abraça.
-Calma, isso não foi nada.

E eles voltam a dormir.