Ele me alcança e segura firme em meus braços, fazendo eu ficar próxima a ele.
- A culpa não é sua - Ele me olhou nos olhos.
- Se eu tivesse obedecido eles, estariam vivos - Sinto uma dor invadir meu peito.
- O que aconteceu? - Ele me soltou e me afastei um pouco.
- Eu queria ir para uma festa, mas eles não deixaram, saí escondido e quando perceberam. Eles vieram atrás de mim - lágrimas ainda percorrem pelo meu rosto - e no caminho, aconteceu. - digo olhando para um lugar qualquer enquanto lembranças invadiam minha mente, me destruindo.
- Você não teve culpa - ele passou a mão delicadamente em meu rosto, limpando as lágrimas que caíram.
- Eu matei meus pais, o David estava mentindo o tempo todo e a Agnes está em coma - o olho - Eu...Não aguento mas - nego com a cabeça - não aguento Stefan.
- Ei, Angel! - Ele posicionou uma mão em cada lado do meu rosto, fazendo eu o olhar - Para de se culpar pela morte de seus pais.
- Eu tô sozinha - Neguei com a cabeça.
- Não! claro que não, Angel, eu tô aqui - ele se aproximou e me envolveu em seus braços, eu não queria mas sair dali, eu sentia que estava segura.
- Como eu vou saber que você também não vai me magoar - Disse ainda em seus braços.
- Eu te provo - saí dos seus braços - quer que eu te leve para sua casa? - Balancei a cabeça positivamente.
E seguimos pra minha casa em silêncio.
- Entra - Disse após abrir a porta - fica a vontade.
Ele entrou e se sentou no sofá.
- Quer alguma coisa? - O olhei.
- Não, obrigado - Ele sorriu sem mostrar os dentes.
- Eu vou subir, preciso de um banho.
- Eu já vou então - ele se levantou mas eu não queria que ele fosse.
- Não, pode ficar - o olhei sem graça - eu não vou demorar - Ele se sentou novamente.
Eu subi para meu quarto, joguei minha bolsa em cima da cama. E fui para o banheiro.
Tirei minha camiseta , calça, e sapatos. Ficando de peças íntimas, e esperei por um tempo a banheira encher.
Após cheia, entrei nela sentindo meu corpo relaxar ao entrar em contato com a água.
Fui me afundando até estar por completa em baixo da água. Eu precisava relaxar, tirar esse peso de cima de mim.
Segurei a respiração até quando pude, Eu já estava perdendo a consciência, eu precisava me libertar dessa dor.
(Stefan)
Me lembrei que tinha um compromisso importante daqui 20 minutos. Eu não queria deixar lá sozinha, mas era necessário.
Subi as escadas e logo achei um quarto com sua bolsa jogada em cima da cama. Entrei e a porta do banheiro estava fechada, bati e a chamei, mas não obtive resposta, bati de novo e de novo e nada.
Tapei meus olhos com a mão e abri uma fresta da porta.
- Angel? - Retirei a mão do rosto e fui abrindo o olho devagar, e a encontrei em baixo da água na banheira. Senti meu coração acelerar.
Corri até ela e a retirei da água, a colocando no chão.
- Angel, O que você fez! - Comecei a fazer massagem cardíaca, mas parecia não adiantar, então fiz respiração boca a boca. E depois de um tempo fazendo isso, a vi tossindo e água saindo pela sua boca.
A levantei, fazendo ela ficar sentada. E logo vi mas água saindo pela sua boca, ela abriu o olho com dificuldade e depois o fechou novamente. Ela precisa descansar.
A peguei no colo e levei ela até sua cama, deitando-a. Sua respiração já estava normal, mas ela estava cansada. Coloquei uma coberta sobre seu corpo. E me sentei ao seu lado.
Eu não iria sair dali. Não sei o que sinto por ela, só sei que não consigo deixá-la.
(...)
Acordei assustada, mas logo me acalmei ao ver o Stefan sentado ao meu lado, Eu não estava morta...
Me sentei e seus olhos encontraram os meus.
- Porque?
- Por que, o que ? - Me cobri mais, após perceber que não estava totalmente vestida.
- Porque tentou se matar! - Ele parecia irritado, o que ele tem haver com isso? A vida é minha!
- Para acabar com essa dor! - Elevei o tom de voz.
- Você está sendo infantil - ele se levantou.
- Olha aqui! - Falei irritada - Eu nao pedi para me tirar dali - gritei - Eu não precisava de você e não preciso!
- Se eu não tivesse aqui ! - ele me olhou irritado - Você estaria morta, Angel, morta! - gritou
- É o que eu quero - Gritei já chorando, não aguentava mais chorar.
- Isso é idiotice, sabia ?
- Cuida da sua vida, Stefan, Eu não pedi a sua ajuda! - Me levantei enrolada na coberta, peguei uma roupa e fui para o banheiro, me troquei, colocando uma blusa e um shorts. E saí
- Vai embora! - o olhei
- Pra você tentar se matar de novo?
- Isso não é da sua conta!
Ele saiu do meu quarto e fui atrás, fui em sua frente e abri a porta.
- Angel - Ele se aproximou mas recuei.
- Saí, por favor - viro o rosto.
Ele saí irritado e eu fecho a porta. Vou para meu quarto e me deito, eu preciso descansar, para depois ir visitar a Agnes, ela precisa de mim.
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O Diário Da Minha Vida
Teen FictionAs pessoas se vão, deixando em nós marcas impossíveis de serem apagadas. Principalmente quando são as pessoas que você mais ama no mundo. Angel Lee Cullen, 16 anos, órfã e amargurada. Vive em um mundo de completa solidão e angústia, até que alguém a...