27° Capítulo

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Vejo Edward sendo jogado para longe.

Era o Stefan.

- Por que você fez isso ? - Ele se aproxima de mim e segura firme em meu braço.

- Me solta - Digo com a voz embargada, sinto minha cabeça latejar, efeitos da bebida.

Aparece um garoto e segura Edward que estava indo pra cima de Stefan. 

- Vamos sair daqui, você não vai querer mais confusão - Após dizer isso o garoto tira Edward dali.

- Vou te levar pra casa - Ele disse ainda segurando meu braço.

- Não vai não - Tento o empurrar, mas não consegui, estava fraca por causa da bebida eu havia exagerado.

- Oque deu em você ? - Quando percebi, já nem estava mais na festa.

- Me solta - Tento o empurrar.

Ele me coloca dentro do carro, fecha a porta e dá a volta para poder entrar.

Encosto minha cabeça na janela e adormeço.

(...)

Acordo quando sinto alguém me pegando no colo, logo sinto meu corpo sendo colocado em uma cama.

- Por que você sumiu ? - Já não estava mais de olhos abertos, eles estavam pesados demais.

- Nunca sumi, eu estava por perto só você que não via - Seus lábios tocam minha bochecha - Te amo, meu bem.

(...) 

Abro os olhos lentamente, mas a claridade os atingem, os fecho novamente. Minha cabeça estava doendo muito.

Abro os olhos tentando me acostumar com a claridade. Percebo que não estou em meu quarto estou no do Stefan. Me lembro da noite passada, cada detalhe, infelizmente.

Olho para o lado e o vejo sentado em uma cadeira, me sento na cama. Ele em olha, me levanto rápido e como estava com muita dor de cabeça, sinto tontura e quase caio com esse movimento, mas ele me segura e me senta novamente.

Coloco minhas mãos na cabeça e apoio os cotovelos nos joelhos. O silêncio predominava aquele lugar.

- Eu avisei a Agnes - Ele diz - mas não contei que bebeu, só disse que dormiu aqui.

Balanço a cabeça concordando.

Sinto lágrimas saltarem dos meus olhos, não sei bem o motivo, só sei que não iria mas conseguir parar. Estava tentando disfarçar mas os soluços ficaram mais altos.

Ele se senta ao meu lado e me abraça, eu precisava daquilo, eu precisava dele.

- Me desculpe por ter me afastado - Me abraça forte.

- Me desculpe por ontem - Me sinto culpada por ter o traído mesmo que estavamos brigados, nós não havíamos terminado, bom eu acho..

- Nós precisamos conversar - Ele deposita um beijo em minha testa - Sinto que precisamos de um tempo, eu sinceramente não quero isso, mas precisamos.

Saio de seus braços e passo a mão pelo rosto limpando as lágrimas.

- Não existe tempo, Stefan. Se você quer terminar é só falar - Me levanto - seja homem o suficiente para isso.

- Seja homem o suficiente? - Ele se levanta e fica de frente para mim -  Porque diz isso? Quando em nossa relação ou até quando éramos só amigos eu deixei de ser? Sempre cuidei de você!

- Está deixando de ser agora.

- Angel, eu não quero terminar...

- Então não peça um tempo para mim - O interrompo, pego os meus sapatos e os coloco.

- Eu te amo, não consigo me imaginar longe de você - Ele se aproxima de mim e coloca uma mão em cada lado do meu rosto, fixando meu olhar ao seu - Mas precisamos sim, de um tempo. Não terminar, só precisamos de um tempo, para pensarmos..

Tiro suas mãos de mim.

- Então acabou Stefan.

- Vai ser melhor para nós, você acha que não me magoou ver aquilo ontem, e no Colégio também.

- Eu confesso que errei ontem, mas no dia do Colégio você sabe muito bem que armaram pra mim.

- Ontem você me confirmou que armaram mesmo - Ele diz irônico.

O olho indignada.

Pego meu celular que estava no criado mudo e saio do seu quarto, com a intenção de sair da sua vida.

Meu coração estava machucado, destruído, estilhaçado. Eu o amo, não sabia que o amor fazia a gente sofrer tanto, quando lia livros de romance, tudo acabava bem, eles viviam um final feliz. Pena que não existe um final feliz e sim, um final que seu coração sairá partido.

Estava caminhando, não sei pra onde, só queria fugir da dor. Vejo uma menina, aparentava ter uns seis anos, estava brincando com seu cachorro na frente de uma casa, pelo jeito à sua.

Ela me olha e sorri, retribui o sorriso, queria que fosse verdadeiro, como queria essa inocência de volta.

Não sabia que rua mais estava, eu não queria ligar pra David nem para Agnes, eu queria ficar sozinha.

(...)

Vejo que estava chegando na praia, pelo menos não estou tão perdida assim.

Tiro meus sapatos e os pego, vou até a areia e me sento nela. Dali dava para ver perfeitamente o mar, as ondas que eram levadas pelo vento, como aquilo é perfeito, sinto uma paz me invadir e não, eu não estava melhor. Só por um momento eu sinto meus problemas irem embora, eu só queria isso... ser feliz, porque é tão difícil?.

Porque é tão difícil se dar bem no amor? porque é tão difícil conseguir ficar um dia, sem derramar uma lágrima?

Quando eu era criança e minha mãe contava histórias para mim eu me imaginava nelas, imaginava um mundo perfeito. Mas não é bem assim, a vida é cruel, quando você acha que está tudo bem, ela mostra para você que não, ainda não acabou o seu sofrimento.

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