Bad Dream • dramione

Bad Dream

"Eu tenho um problema, sempre tento achar o sentido das coisas, o motivo para a quilo ter acontecendo, as vezes era por isso que eu ficava lendo tantos livros ou sempre focada em alguma coisa, passei anos procurando o sentido das coisas quando eu apenas tinha que sentir."

-Hermione Granger

(...)

Meus olhos foram se abrindo lentamente, minha visão ainda estava embaçada, meu corpo estava molhado de suor, sentia um frio insuportável. Levantei, reconheci o lugar, eu estava na floresta proibida. Comecei a anda, tentar achar alguma saída, andei por alguns minutos até sentir alguém me observando. Virei tentando achar alguma coisa mas foi falho, continuei andando mas dessa vez o frio na barriga e o medo crescia a cada passo.

— Granger... - uma voz fina e fria sussurrou no meu ouvido. Me virei novamente, não tinha nada. Peguei minha varinha rapidamente.

— Quem está aí? Apareça, não tenho medo. - menti, minha varinha se movia rapidamente para todos os lados mas tudo que eu conseguia ver era os galhos das árvores.

— Pensei que você era inteligente, temos que aceitar os fatos, até os mais inteligentes são feitos de idiotas pelo destino, pelo amor. As pessoas acham que o amor é uma coisa maravilhosa mas no fim é apenas uma maldição. A sua história de amor Granger, é a pior maldição de todas, não vou ser hipócrita de fala "sinto muito" pois eu não sinto. - tudo ficou em silêncio, tentei fazer qualquer movimente mas parecia que meu corpo estava congelado. Percebi algo brilhante de trás de uma das árvores. Finalmente consegui tirar meu corpo do congelamento e andei até lá. A cada paço a luz ficava mais forte, coloquei minha mão sobre o rosto para me proteger do clarão. Mas antes que eu conseguisse ver o que era, alguma coisa me jogou com tudo sobre o chão, meu cotovelo e joelho agora tinham sangue, minha visão ficou embaça novamente, minha cabeça latejava. Tentei procurar minha varinha mas só sentia terra e folha secas nas mãos.

— Avada Kedrava. - ouvi alguém gritando, alguma coisa pesada caiu fazendo um barulho estrondoso, mesmo com a visão embaçada dava pra ver que era um animal grande e peludo, comecei a me rastejar pra longe, senti minha varinha embaixo da minha perna, peguei. Mas antes de eu ir pra longe, alguém se joelhou na minha frente, colocou seus braços sobre a minha cintura e me desvirou, me debati. Arranhei seu pescoço mas mesmo assim não consegui me soltar. Senti suas mãos tendo o máximo de cuidado para não me machucar, ate conseguir me colocar de frente.

— Por que me salvou? - perguntei, torcendo pra que a intenção tenha sido realmente me salvar. Ergui minha varinha sobre o seu rosto, sussurrei "lumus" e logo em seguida surgiu uma pequena luz na ponta da varinha, minha visão estava voltando aos poucos. A luz iluminou seu rosto e revelou seus olhos, seu rosto, eu sabia quem era... Meu coração parou por alguns segundos, minhas mãos congelaram, eu sabia quem era. Era Draco Malfoy, ele ficou calado e deixou eu tentar decifrar cada pedaço de seu rosto, ele estava diferente, seus olhos estavam diferente, não tinha mais aquele azul acinzentado de maldade e sim um azul escuro de tristeza, sua olheira estava pior ainda, seu rosto estava cansado e seu pescoço sangrava. Ele deixou escapar uma lágrima. Eu não conseguia acreditar que Malfoy estava chorando, não o Malfoy que eu conhecia, era insensível, idiota e instável. Por impulso coloquei minha mão sobre seu rosto e limpei sua lágrima, dei um pequeno sorriso mas seu rosto entristecia mais ainda.

— Não, eu não te salvei, eu tentei, eu fiz o meu melhor mas eu não consegui. - ele falou com um tom de julgamento, não tinha mais nenhum brilho em seus olhos, eu estava mais confusa do que antes. Do que Malfoy estava falando? Ele tirou uma das suas mãos da minha cintura e pegou algo em sua calça, logo reconheci. Era uma faca de caçador.

— Você está com medo? - ele perguntou, tentando demonstrar a menor emoção. Estremeci, senti algumas pontadas na cabeça, meu coração batia rápido mas medo eu não sentia.

— Não. - respondi quase como um sussurro. Ele levou a faca até meu coração, desviava seu olhar mas eu continuava o encarando.

— Esse foi seu único erro Granger, você nunca sentia medo. - ele se aproximou, colocou seus lábios sobre minha testa e então ele virou seu rosto e cravou com todas as suas forças a faca no meu coração.

(...)

Acordei, meus olhos abriram com pequenas lágrimas caindo, meu corpo suava frio, levei alguns minutos para me recuperar, "era mais uma vez o mesmo pesadelo, nada com se preocupar" tentei me convencer. Passei minhas férias inteira sonhado com Malfoy. Pensei em contar para Rony e Harry mas eles estão muito ocupados pra eu interromper com uma besteira. Levantei, hora de encarar a realidade, hoje eu voltaria para Hogwarts, um pesadelo não iria estragar um dos dias mais importante do ano. Confesso que já tentei acha o significado desse sonho, mandei várias cartas pra diversos bruxos e a resposta ou nunca chegava ou era sempre a mesma "isso é apenas um pesadelo, senhorita", já procurei por toda biblioteca de Hogwarts mas simplesmente, eu nunca achava nada.

Fui até o banheiro, entrei no chuveiro e tentei esquecer o pesadelo mas cada vez que tentava ele apenas ficava se repetindo, isso me deixava pior ainda. Sai do chuveiro, me olhei no espelho da pia, meu rosto ainda estava assustado e as olheiras não negavam que eu não conseguia dormi, coloquei minhas roupas de trouxa, blusa branca, calça preta e uma bota preta. Peguei o colar que tinha um brilhante pingente de coruja que Harry me deu no meu aniversário e o coloquei, por fim, desci.

Minha mãe serviu o café mas não estava com muita fome, comi algumas frutas e formos para a estação. Ela falava comigo no carro mas meus pensamentos estavam muito longe. O que isso significava? Por que Malfoy aparecia no meu sonho? Eram tantas perguntas mas eu apenas queria acreditar que foi só um sonho ruim.