Consequências de Uma Noite

Capítulo 18 (parte 2)

(SEM REVISÃO)

*Roselly

- Sente-se. Fique a vontade.- Digo indo pegar copos para gente tomar refrigerante.
Seja lá o que ele quer...Estou faminta, quase não comi hoje.

- Então Roselly, antes de tudo quero te pedir desculpas... Mais sem ofender a você, não é pelo fato de eu ter ti traído...Quer dizer também...mais...eu...eu...ér.-
Diz ele todo enrolado coçando a nuca em um movimento de vergonha misturado com desespero. Nunca o tinha visto dessa forma

- Calma Vítor. Respire...-Digo puxando o ar, em quanto o mesmo me imita.- Expire...- Digo soltando o ar dos meus pulmões.
Me lembro quando minha mãe fazia isso comigo.

- Obrigado! Bom eu vim primeiramente te pedir desculpas pela traição, e antes que você pense que venho aqui com segundas intenções, não pense, só me escuta. Tudo bem?- Diz e eu assinto com a cabeça servindo a gente com a pizza.- Bom...eu conheci uma mulher nesses meses que estamos separados. Ela dizia que me amava e eu acreditei, pensava que sentia o mesmo, mais eu estava errado em pensar que eu a amava e pior pensar que Ela me amava. Enfim... depois de mais ou menos 2 meses de namoro eu descobri que ela me traía, e o que mais me doeu foi com quem ela me traiu, foi muito difícil de acreditar, eu pensei que estava louco, não acreditava em que meus olhos me mostraram. Ela...ela...- Diz se levantando e andando de um lado para o outro puxando os cabelos.- Ela estava me traindo com...com...ela estava me traindo com meu próprio pai...- Diz num sussurro quase inalditivel, mais escuto, e assim que escuto, paraliso no mesmo lugar em que estava.

- Co...como?-

- Isso mesmo Rose...- Diz sentando ao meu lado apaioando a cabeça no encosto do sofá, e com as mãos no rosto... depois de um tempo ele me olha e completa.- Por isso vim aqui. Descobri da pior maneira o que fiz com você. Eu não te amava como eu queria e...nem sei o que dizer. Não quero ficar achando desculpinhas esfarrapadas. Eu te traí, isso é um fato mais quero esquecer isso. Rose...- Diz pegando nas minhas mãos.- Eu quero te pedir desculpas pelo que te fiz ver, passar, sentir... enfim, pelo que fiz, e também te implorar perdão por ter fugido e não ter encarado as consequências, por não ter ti encarado ou pelo fato de não lutar por nossa relação. Eu não te amo como mulher, mais te amo como uma amiga, afinal crescemos praticamente juntos.-

Vejo verdade em seus olhos. Não sabia que o tio Ben seria capaz de fazer isso com o próprio filho.
Mais realmente não sei o que fazer, quero perdoar Vítor, e eu vou. Pelo menos podemos ser amigos. Assim como ele disse, praticamente crescemos juntos, não nos conhecemos assim tão a fundo, mais creio que podemos ter uma boa amizade.

- Claro que ti perdoo.-

- Muito obrigada mesmo Roselly, você é uma mulher fantástica.
Agora me conta como vai a vida...isso se você quiser contar claro.-

Vítor e eu conversamos por horas, entre recordações e gargalhadas.

(...)

Já é segunda e minha disposição já está no zero. Estou organizando alguns papéis importantes quando escuto meu chefe dizer quase em gritos.

- Venha a minha sala AGORA.- Me assusto com sua arrogância, e seu temperamento.

Eu hein! O que será que eu fiz dessa vez?
Penso já pegando sua agenda para anunciar seus compromissos do dia.
Entro e o vejo virado para a sua janela.

E antes de me pronunciar ele solta.

- Porque você não apareceu na festa?- Fala entre dentes.

- Me...me... des... desculpe senhor. É que houve um imprevisto de última hora e eu não pude ir.- Digo meio que gaguejando.

- Não me venha com mentiras. Você sabe que não suporto mentiras.- Diz sem me olhar ainda.

Homem chato. Deve estar na TPM.
Sorrio com meu pensamento.

- Ainda estou esperando Roselly.-

- Esperando o que?- Pergunto confusa.

- UMA EXPLICAÇÃO PORRA.- Dou um pulo com seus gritos. Se a uma coisa que eu ODEIO é que gritem comigo sem motivos, eu me transformo. Ele por mais arrogante que fosse nunca, jamais gritou comigo.

- Quem você pensa que é para gritar comigo?- Pergunto indignada e me segurando para não partir para agressão.

- Como?- Pergunta se virando para me enfrentar.

- É surdo?- Não disse, eu fico louca quando gritam comigo, ainda mais se não for nem meu pai nem minha mãe.- Eu perguntei quem você pensa que é para gritar comigo?-

- Você é louca? EU SOU SEU CHEFE E QUERO SABER PORQUE VOCÊ NÃO FOI AO EVENTO.- Diz se aproximando.

- A MINHA MÃE FICOU DOENTE PORRA...EU TINHA QUE AJUDAR ELA.- Falo no mesmo tom. Tenho certeza que o prédio inteiro está nos escutando.

- Há, há, há! Você não tem vergonha na cara?-

- Do que você está falando?-

- Do que estou falando? Escuta bem o que eu vou te dizer.
NÃO É PORQUE EU TRANSEI COM VOCÊ, QUE VOCÊ GANHARÁ ALGUM BENEFÍCIO NO SEU TRABALHO.- Assim que ele diz isso dou-lhe um tapa na cara tão forte que sinto minha mão esquentar e em seguida arder.

- SEU IMBECIL! AQUILO FOI UM ERRO MEU. NÃO ESTOU TENTANDO TER BENEFÍCIO ALGUM. MINHA MÃE PASSOU MAL SIM. ME DIZ O PORQUE EU MENTIRIA?-  Assim que digo ele pega nos meus braços apertando os mesmos.

- Nunca mais ponha suas mãos em mim.- Diz entre dentes.

- Então nunca mais me trate desta forma.- Digo no mesmo tom.

- Eu te trato do jeito que eu quiser. EU SOU SEU CHEFE.-

- Não me trata não, porque eu ME DEMITO.- Digo tirando suas mãos dos meus braços.

- Você não pode se demitir.- Diz frio.

- E porque não?-

- Você precisa de mim e do meu dinheiro. Você é uma mera empregada, não pode se demitir, você precisa do meu dinheiro.- Diz se virando para a janela novamente.

- Aí que você se engana. Adeus.-

Sem esperar resposta, saio de sua sala e pego minhas coisas.

CRETINO!

Pensa que preciso do seu dinheiro. Mais está muito enganado. Espero nunca mais encontrar esse IDIOTA.

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Desculpem a demora...
Espero pelos comentários!
Beijos até breve! (muito em breve).