Capítulo 38 - Fortaleza familiar

1.9K 165 11
                                    

Segue mais um capítulo, pela torcida de vocês estou achando algum tempo para isso. Abraço!

Meu pai me avisa que estão no quarto dele. Tem anexos para dois quartos menores, ontem solicitou que decorassem um para Clarie com o tema das princesas da Disney e o de Clarent com muitos carros e helicópteros. Ray quer que eles se sintam confortáveis e que tenham tudo o que não tiveram até hoje, o principal amor fraternal de verdade. Subo as escadas e papai está esperando na escada, Clarie ainda não tinha visto o quarto dela, escuto pequenas risadas e gritos de crianças.

- Anna, sabe que não será fácil. Quis que estivesse presente para te pedir para tentar fazer com as crianças o que sua mãe fez comigo. Proteção! Tentei fazer com Clarie, mas como sou um adepto desses dons e não nasci com eles, sou muito inferior a vocês e seus irmãos são pequenos. Filha me perdoe, mas será que faria isso por mim e por eles. – mas que pergunta, é claro que farei. Não sei se consigo, mas vou tentar.

- Claro papai! Amo vocês, e agradeço a mamãe por ter te protegido dessa forma, assim não conseguiram te pegar todos esses anos. Vamos quero conversar com os meus irmãos. – falo e abraçados seguimos para o quarto de Clarie.

- Clarie, para de pular na cama, é falta de educação se te pegam vão te castigar. – Clarent briga com a Clarie, que sorri e balança a cabeça e continua a pular. Amava fazer isso quando era criança.

- Ninguém aqui vai castiga-lo, se quiser ficar conosco, nunca mais será castigado, somente orientado. – falo e meu pai concorda sorrindo. Sei que no fundo papai sempre quis ter um filho homem. Mas sempre me amou, independente de eu ter nascido mulher. Me ensinou muitas coisas, e sempre amei aprender cada uma delas.

- Clarie e Clarent sentem aqui, gostaria de conversar com vocês. – meu pai fala e ambos imediatamente fazem o que o meu pai pede. Essas pessoas não criavam meus irmãos e sim domavam.

- Clarie já sabe de quase tudo, mas são muito pequenos para entender assim de uma vez. Anna é minha filha mais velha, quando ela tinha onze anos, nossa família foi separada. Minha esposa Carla foi levada, Anna teve que fugir e eu fiquei preso muito tempo. Carla é a moça bonita que vocês conhecem, quando ela foi levada havia desconfiado que ela estava grávida, mas não tinha nada confirmado. Mas há alguns dias descobrimos que a moça bonita é a Carla e ela é mãe biológica de vocês. As pessoas que criaram vocês até agora, são procurados pela polícia. Não são boas pessoas, e o que quero dizer é que vocês são meus filhos e irmãos de Anna. Consegue entender isso Clarent? – meu pai já emocionado olha para o menininho assustado, mas parece compreender bem o que meu pai está dizendo.

- Brilha, brilha estrelinha, quero ver você brilhar! Lá em cima, lá no alto... – Clarent começa a cantar uma musiquinha que meu pai cantava para mim quando era criança. Clarie e eu continuamos. Sei exatamente o que ele quer dizer, eu me lembro que desde a barriga da minha mãe meu pai cantava para mim. Mas é quase impossível isso...

- Eu ouvia o meu pai cantar para mim, não ouvíamos Clarie? Então era o senhor que cantava para nós, na barriga da mamãe? A moça bonita é a minha mãe? Eu sonhei com esse dia sabia? Um quarto só para mim? – Clarie conta mentalmente para Clarent sobre o quarto, crianças são tão fáceis de lidar!

- Você pode me dar um abraço meu filho? – meu pai pede e Clarent se joga nos braços do Raymond nada durão agora. Os dois choram, Clarent fala que sempre quis um pai e que isso parece um sonho. Clarie e eu nos abraçamos, chorando também. Uma emoção tão grande que não conseguimos nos conter, papai faz sinal para que o abracemos também.

- Confesso meus filhos que sonhei com esse momento também. Eu amo vocês! Agora só falta a mãe de vocês. – papai fala e estamos chorando e rindo ao mesmo tempo limpando as lágrima e o nariz.

- Eca Clarent! Procure um lenço. – sorrimos, Clarent tirou a meleca do nariz e limpou na blusa de Clarie.

Levamos as crianças ao quarto do Clarent, confesso que fiquei comovida de como ele brincava com tudo e Clarie o ajudava a descobrir cada coisa e cada brinquedo. Nós aqui na nossa fortaleza familiar, protegidos de quem nos quer fazer mal. Meu pai brinca com Clarent em dois carrinhos simuladores de corrida, Clarie e eu no de dança... Mas olho para o relógio e faltam cinco minutos para me encontrar com Christian. Ele está nervoso por mais cedo e não posso tortura-lo muito, já basta a abstinência sexual que estou fazendo. Dou sinal ao meu pai e ele me acompanha até o corredor. Pediu desculpas a maneira que tratou o Christian, mas disse necessário porque não pode colocar em risco nenhuma das missões, incluindo a vida do próprio Christian. Abraço meu pai e saio para o elevador, apesar de preferir as escadas, preciso de pelo menos um banho. Em tempo recorde de três minutos tomei banho e coloquei um vestido envelope cor ameixa e uma sapatilha, saio arrumando os cabelos com a mão mesmo. Passei um batom rosa pálido e o perfume preferido do Christian meu fabuloso Jadore. Pego o elevador e digito o andar dele, meu coração parece que vai sair pela boca, sempre vai ser assim quando encontrá-lo? Mesmo depois de quase dois meses que o conheço? Sinto uma vontade de comer pasteis e suco de pêssego... Não estou com fome apesar de ser quase o horário de almoço, mas estou com muita vontade. Quando a porta do elevador se abre, levo um susto, Christian entra está nervoso...

- Até que enfim, está atrasada dois minutos. – fala e olho para o meu subconsciente, cinco segundos, dois minutos, o que há com esses homens, primeiro tio Charles e agora o Christian.

- Estávamos contando aos meus irmãos sobre tudo. Calma estou aqui! Christian controle a sua ansiedade, isso não faz bem! Christian! – ele está pálido como um papel. Ajudo ele a voltar ao seu quarto. Não sei se chamo um médico ou Flynn. Mentalmente chamo meu tio Charles para me ajudar e peço um médico e o Dr. Flynn para virem logo. Deito ele em sua cama, diz estar melhorando, mas ainda está pálido. Me pede um beijo, dou de leve e ele sorri para mim. Logo batem na porta e abro, em protesto do senhor grudento e controlador, consigo chegar até a porta e abrir.

- Para que chamou um médico? E o John também? – fala protestando.

- Porque você não estava bem! Deixe o médico te examinar enquanto converso com o Dr. Flynn, prazer Anna Steele. – falo e Christian bufa para mim e bufo para ele. Saio com o Dr. Flynn para o corredor, enquanto o médico do hotel o Dr. Carlton examina o Christian falo com o Dr. Flynn.

3706f7M

Cinquenta Tons de EvidênciaWhere stories live. Discover now