Capítulo 4

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P.O.V Bella
Até que o encontro com aquele bêbado serviu para alguma coisa. Ele me deu uma boa quantia de dinheiro e com ela, peguei carona até a delegacia da cidade, onde falei com meu pai. Não contei à ele sobre tudo que aconteceu, apenas me limitei a dizer que saí de casa por vontade própria e que me perdi no meio do caminho.
Meu pai, Charlie, não fez mas nenhuma pergunta e pareceu acreditar. As vezes, o acho meio relapso comigo. Não que ele não goste de mim, pois sei que me ama, apenas não sabe como demonstrar, mas não julgo pois não deve ser nada fácil ser pai distante de uma adolescente.
Ele me levou para a casa dele e apresentou meu quarto. A primeira coisa que fiz foi trancar a porta e tomar um bom banho, pois estava muito suja. Dois dias sem tomar banho não é fácil não. Assim que terminei a ducha, ainda enrolada na toalha, ouvi batidas na porta do meu quarto.
Era o papai, perguntando do meu celular pois minha mãe disse à ele que me ligou esses dias todos e eu não atendi. Me vesti e expliquei à ele sobre o roubo. Meu pai ficou possesso de raiva e disse que em breve, me daria um novo celular mas enquanto isso, era para eu usar o dele. Aceitei e agradeci, peguei o celular e me tranquei novamente no quarto para ligar pra minha mãe, Renée.
Ligação On:
- BELLA, VOCÊ ENLOUQUECEU?! QUERO QUE VOLTE PARA CASA IMEDIATAMENTE. - Ela gritou do outro lado da linha e eu quase fiquei surda.
- Eu não vou voltar. - Avisei. - A partir de agora, vou morar aqui com o meu pai.
- Por quê isso Bella? Você não gosta de mim? - Ela começa a fazer chantagem emocional e eu reviro os olhos.
- Eu te amo mãe. Mas preciso de um tempo para mim. - Explico, me deitando de barriga para cima na cama.
- E o Jacob? E o seu noivado Bella? O casamento?
- Nós terminamos. Não existe mais noivado, muito menos casamento. - Revelo.
- Ah então agora está explicado essa sua fuga repentina!
- Como assim mãe? - Pergunto franzindo o cenho e me sentando na cama.
- Seu padrasto brigou com o Jacob. Quer dizer, o Jacob bateu nele. Está todo machucado, tadinho. Disse que seu noivo, quer dizer, ex-noivo... - Corrigiu-se. - Apareceu aqui procurando por você, então o Caio disse que você não estava, ele surtou e bateu no meu marido.
- Ah foi isso que ele disse? - Perguntei boquiaberta. É claro que aquele desgraçado não contaria a verdade né?
- Sim. Filha, ainda bem que você terminou com o Jacob porque depois do que ele fez com meu marido, proibirei a entrada dele aqui em casa.
- Olha mãe... A ligação está ruim e estou exausta. Amanhã nos falamos. Beijos.
Ligação Off
Eu já imaginava que meu padrasto iria se fazer de vítima. Até parece que ia revelar o que aconteceu pra minha mãe. Me sinto um pouco culpada por não ter contado a verdade a ela, mas sinceramente dúvido que ela iria acreditar em mim. Está muito apaixonada pelo Caio e o amor costuma cegar as pessoas. Digo isso por experiência própria.
Suspiro e deito na cama novamente. Fico um tempo ali parada olhando para o teto. Até que lembro de Alice. Ela deve estar muito preocupada comigo. Pego o celular de novo e disco para ela. Assim que minha amiga atende, conto tudo o que aconteceu nesses dias à ela, sem esconder absolutamente nada. Entre Alice e eu nunca ouve segredos, nem nunca haverá.
- Que loucura Bella... Não sei nem o que dizer. - Ela disse do outro lado da linha, completamente chocada com tudo o que me aconteceu.
- Pois é. Foi difícil, nem sei se algum dia vou conseguir superar tudo isso.
- Claro que vai, Bella. Você é forte, vai conseguir. Mas e aí? O que pretende fazer da sua vida a partir de agora?
- Sinceramente não sei. Como você sabe, terminei o colegial mês passado. Só que... O único plano que eu tinha na vida era me casar com o Jake, entende? Agora que não vai ter mais casamento, me sinto tão perdida. - Desabafo, enquanto limpo algumas lágrimas que insistem em cair de meus olhos.
- Você precisa ocupar sua mente amiga. Fazer algo que te dê prazer, que te distraia.
- Mas o quê? Nesse fim de mundo não tem muita coisa pra se fazer. Acho que um emprego seria ótimo para me ocupar. Amanhã vou começar a procurar. Mas e você? Como está? - Indaguei tentando levar a conversa para um rumo mais leve.
- Hoje foi um dia difícil, Bella. Meu irmão bebeu novamente, discutiu com o papai e a minha sobrinha viu. Ela teve uma crise, foi muito difícil acalma-la.
- Eu tenho tanta pena da sua sobrinha. Deve ser muito difícil ser orfã de mãe e ainda ter um pai alcoolatra. Ainda mais pra ela que é especial e tão novinha ainda. E de bêbado eu entendo. - Falei, me lembrando daquele bêbado que me deu aquele dinheiro.
- Pois é Bella, o clima aqui está pesadão. Amiga, vou jantar, nos falamos daqui a pouco. Beijos.
- Está bem! Beijos!
Desliguei, coloquei o celular do criado-mudo e me levantei da cama. Sai do quarto e desci as escadas até a cozinha onde meu pai estava cozinhando.
- Estou tentando fazer nosso jantar. - Ele disse mostrando a panela para mim. - Um omelete. Vamos ver se me saio bem. 
- Deixa que eu faço pai. - Disse tirando o avental dele e colocando em mim. Continuei fritando os ovos enquanto ele se sentou na cadeira.
- Bella... - O olhei de relance. - Por quê você foi embora de casa? Aconteceu alguma coisa, não? E não me venha com essa de que você queria mudar de ares porque você estava quase de casamento marcado com aquele garoto! Não faz o menor sentido ter ido embora assim, de repente. - Argumentou.
- Jacob e eu terminamos. - Me limitei a dizer, enquanto apagava o fogo.
- Terminaram?! Por quê? - Não respondi. - Não me diga que esse filho da mãe tentou forçar a barra com você? Foi isso? Eu mato aquele garoto! - Começou a ficar nervoso e bateu a mão na mesa.
- Para com isso pai! - Pus o omelete nos pratos e os coloquei na mesa. - Não foi nada disso. - Tirei o avental. - Apenas percebemos que estamos novos demais para casar. Então terminamos e eu decidi mudar de ares. Só isso. - Menti, enquanto me sentava.
- Só isso mesmo? - Arqueou uma sobrancelha desconfiado.
- Sim, pai! Agora coma logo, antes que a comida esfrie. - Ele concordou e começamos a comer.
(...)
Após o jantar, lavei a louça, me despedi do meu pai e voltei para o quarto. Tranquei a porta, escovei os dentes, coloquei meu pijama e me deitei na cama. Alguns minutos depois, Alice me ligou novamente.
Ligação On:
- Bella, eu tenho uma notícia super boa para você! - Exclamou animada.
- Qual?? - Perguntei curiosa.
- Consegui um emprego para você! E o melhor de tudo, vai ser aqui em casa! Você vai ser preceptora da minha sobrinha, a Nessie. É um trabalho provisório, apenas enquanto minha mãe não encontra uma profissional com experiência em crianças com autismo, mas já é alguma coisa. Você topa?
- Que maravilha Alice! É claro que eu topo! Você sabe o quanto eu amo crianças. - Sorri. - Quando começo?
- Esteja aqui amanhã bem cedo. Antes deu ir para a faculdade, te explico melhor sobre como as coisas funcionam aqui. Vou te mandar o endereço por torpedo, daí você pega um táxi até aqui.
- Certo.
- Agora preciso desligar porque tenho que dormir! Boa noite Bella.
- Boa noite...
Ligação Off
Desligo o telefone e me cubro com o cobertor. Estou feliz por ter arrumado um emprego tão rápido. Mesmo que seja apenas algo temporário. O importante é que poderei me distrair pra parar de ficar pensando no meu padrasto e no Jacob. Aqueles desgraçados... Um dia, ambos ainda me pagam!
(...)
No dia seguinte...
Mal tinha amanhecido e eu já estava de pé. Não quero me atrasar logo no meu primeiro dia de trabalho né? Lavo o rosto e tomo um banho relaxante. Em seguida, perco alguns minutos escolhendo a roupa que vou vestir. Como nunca trabalhei na vida, não sei a roupa certa para esse tipo de situação.
Opto pelo de sempre. Camiseta, jaqueta, calça jeans e tênis. Não passo nenhuma maquiagem, apenas dou uma penteada nos cabelos e escovo os dentes. Anoto o endereço que Alice me mandou em um papel, pego o celular que meu pai me deu, ponho no bolso e saio do quarto. Desço as escadas até a cozinha.
- Acordou cedo, filha. - Charlie diz, enquanto toma seu café.
- Você também. - Pego o café e me sirvo.
- Hoje pego as sete. E só volto no fim da noite. Essa cidade anda um caos. - Explica.
- Entendo. Pai, agora vou há uma espécie de entrevista de emprego.
- Mas já?! - Ele quase engasga com o café. - Você não precisa trabalhar Bella. Consigo sustentar nós dois muito bem.
- Eu sei, mas eu quero. - Tomo o café. - Preciso me distrair pai. Olha, o trabalho é lá na casa da Alice, aquela minha amiga. A noite nos vemos e te explico melhor. - Me despeço e saio de casa.
Vou até o ponto de táxi e entro em um. Mostro o endereço para o motorista e para minha sorte, ele diz que conhece muito bem o caminho. Meia hora depois, chegamos lá. Pago a corrida e desço do táxi em frente a mansão dos Cullens.
É uma casa enorme. Toco a campainha, mas acho que não está funcionando. Bato então na porta. Até que um cara abre a porta, enquanto me distraio olhando o lindo jardim que há por ali.
- Aqui é a casa da Alice Cullen?
- Você? - Rapidamente reconheci aquela voz e olhei para o homem que abriu a porta. Arregalei meus olhos, surpresa ao reconhecê-lo.
Não pode ser. É muito azar o cara ser o mesmo bêbado daquela noite.
- O senhor? - Faço uma careta, enquanto ele abre passagem para eu entrar na casa. Ele fecha a porta.
- O que você quer menina? - Ele pergunta tirando o cigarro da boca e o apagando no cinzeiro.
- Como eu tinha dito, falar com a Alice. - Olho ao meu redor. Estamos na sala de estar. Belo lugar, aliás.
- E o que você quer com ela? - Volto a olha-lo e ele está de braços cruzados.
Bem diferente daquele bêbado. Está todo bem vestido, de terno, gravata. Cabelos cor de bronze bem ajeitados. Sua maleta está sobre o sofá. Está na cara que é um executivo. Além disso, não há como negar que ele é lindo. 
- Falar sobre um trabalho que a Alice me ofereceu. Pra ser preceptora da sobrinha dela. - Coloco as mãos no bolso pois estou nervosa.
A presença desse homem consegue me intimidar de uma forma tão estranha.
- A sobrinha dela é a minha filha. E eu jamais aceitaria que uma mulherzinha do seu nível cuidasse dela. - Ele diz sério e eu ligo os pontos.
Droga. Então ele é o Edward, o irmão problemático da Alice. O que perdeu a esposa e desde então, está no fundo do poço. 
- E eu posso saber por quê? - Pergunto colocando a mão na cintura.
- Porque você é uma prostituta. - Ele responde me medindo de cima a baixo.
- Ah é? Quer dizer que sua filha não pode conviver com uma "prostituta"... - Faço sinal de aspas com as mãos. - Mas pode conviver com um bêbado nojento, que no caso é você? - Pergunto em um tom irônico.
- Olha aqui sua... - Ele fechou a cara e se aproximou de mim que o encarei sem o menor medo. Edward ficou me olhando fixamente até que Alice desceu as escadas.
- Bella! Já chegou? - Ela foi até mim e deu um beijo em minha bochecha, enquanto seu irmão se afastava. Em seguida, deu um beijinho na bochecha de Edward também. - Vejo que já se conheceram. - Ela sorri.
- Infelizmente. - Edward murmura, revirando os olhos.
- Como assim gente? O que está rolando? - Ela pergunta jogando sua mochila da faculdade no sofá.
- Ele é aquele cara, Alice. O que me deu aquela grana lá. - Explico e ela me olha surpresa. - Ele pensa que sou garota de programa.
- Nossa que coincidência. - Olha para mim e para ele. - Maninho, aquilo tudo que aconteceu entre vocês foi um mau entendido.
- Alice, não quero que essa menina cuide da minha filha. E acho que você já até sabe o por quê. - Ele deduz. - Não me venha com essa de mau entendido.
- Você não tem que querer nada,  Edward. Até porque nem você mesmo sabe como cuidar da sua filha. E outra, o papai decidiu que a Bella irá cuidar da Nessie e isso vai acontecer você querendo ou não!
- Merda! - Ele resmunga, pegando sua maleta e saindo de casa, batendo a porta com força.
- Não liga para ele, Bella. - Ela diz e eu dou de ombros. - Senta aqui. - Me puxa e nos sentamos no sofá.
-  Eu não sabia que o Edward era ele. Ele nem me deu a chance de explicar que não sou garota de programa, já veio com sete pedras nas mãos. - Reclamo.
- É típico do Edward. Mas não ligue para ele, depois vou explicar o que aconteceu com você para a mamãe e ela com certeza, vai entender. - Sorri, quando uma mulher e um homem descem as escadas.
Ambos são muito bonitos e bastante jovens. Devem ser os pais do Edward e da Alice. Ao me verem, ambos sorriem e eu e Alice nos levantamos.
- Carlisle e Esme são meus pais,  Bella. - Nos apresenta e Carlisle beija minha mão, enquanto sua mulher a minha bochecha.
- Muito prazer. - Sorrio de volta.
- Bella, estou atrasado para a empresa, mas quando der conversamos melhor. - O homem  disse, dando um selinho de despedida em sua mulher.
- Tudo bem senhor. - Respondo simpática.
- Pai, me da uma carona? - Alice pede, colocando a mochila nas costas.
- Claro querida, vamos. - Ele diz. - Até mais, meu amor. - Lança um olhar apaixonado para Esme. - Até mais Bella. - Sorri pra mim.
- Tchau mãe! Tchau Bella! - Alice se despede de nós e ela e seu pai saem da mansão.
Esme começa a conversar comigo sobre salário e horários e combinamos tudo certinho. Também me explica como Edward é um pai ausente e omisso com a filha. Muito triste saber disso.
- Bella, já falei com a Renesmee sobre você. Acho que a Alice já te disse sobre o autismo, não? - Ela pergunta segurando minhas mãos.
- Sim. Ela me explicou que sua neta é autista e estou disposta a fazer o possível para cuidar dela e ajudar no seu desenvolvimento da melhor maneira possível. - Sorri e ela sorriu de volta.
- Tenha calma com ela. Bom, vou trabalhar agora, mas qualquer coisa é só me ligar. - Entrega um cartão com uns telefones para mim. Guardo-o no bolso. - Renesmee está no quarto. Lá em cima, segunda porta a direita. - Avisa-me, dando um beijo na minha bochecha. - Qualquer coisa é só falar com a Rita, nossa empregada. - Se despede e vai embora.
Fico um tempo ali parada e subo as escadas caracóis da casa. Até chegar na segunda porta a direita. Bato na porta uma, duas, três vezes. Como ninguém abre, entro. Uma garotinha que estava sentada na cama se esconde embaixo dela.
- Ei! - Chamo mas ela nada diz, muito menos se movimenta. Olho ao meu redor.
O quartinho é todo rosa, decorado com bonecas e ursinhos de pelúcia. Me agacho e engatinho até a cama. Me apoio na parede e me sento, mantendo as pernas juntas.
- Meu nome é Isabella. Mas pode me chamar de Bella. Tenho dezoito anos, fiz essa semana, aliás. E serei sua nova babá. Vou cuidar de você, te dar carinho. - Digo e ela coloca apenas a cabeça para fora da cama e me olha. É uma garotinha linda. Tem os cabelos longos castanhos e olhos claros, parece um pouco comigo até. - Qual seu nome? - Pergunto, mas não obtenho resposta. - Na verdade eu sei que seu nome é Renesmee, mas não sei se você tem um apelido ou algo do tipo. - Ela continua sem me responder. Será que não foi com a minha cara? Me levanto e ando de um lado para o outro. Apenas os olhos dela se mexem, me acompanhando por onde passo.
- Sabe, sou amiga da Alice, sua tia. E foi ela que indicou esse trabalho pra mim. - Paro de andar e olho pra ela. - Eu estava tão triste... Mas me animei ao saber que viria trabalhar aqui porque adoro crianças. - Sorrio. - Bom, acho que você não quer conversar né? - Sorrio sem graça. - Então vou dar uma volta pela casa. - Falo indo em direção a porta.
- Meu nome é Renesmee. Tenho sete anos. - Ela diz e eu me viro, vendo-a sair debaixo da cama. - Mas me chamam de Nessie. - Se levanta. Sua voz é doce e suave e ela tem umas bochechinhas que dá vontade de morder. Mas como a Esme disse, tenho que ir com calma com ela. Quero que aprenda a confiar em mim.
(...)
Durante o resto do dia, apenas conheci a rotina da casa. Conversei com a Nessie que trocou pouquissímas palavras comigo, porém, ouviu atentamente cada palavra que eu dizia. E as vezes até sorria. Depois que dei o lanche da tarde para ela, saí do quarto, desci as escadas e me preparei para ir embora, quando Alice chegou. Estava acompanhada de um rapaz e parecia toda sorridente.
- Bella, este aqui é o Jasper. - Nos apresentou e o rapaz que aliás era bastante bonito me cumprimentou.
- Olá Bella. - Sorri, quando o telefone tocou e Alice atendeu. A ligação não durou nem trinta segundos.
- Quem era? - Jasper perguntou.
- A Victória. - Alice revirou os olhos. - Aquela insuportável ligou pra avisar que está vindo para cá.
- Agora? - Jasper mudou totalmente sua feição que estava tranquila, para uma cara de poucos amigos.
- Sim amor! - Alice confirmou, indo até ele e segurando sua mão. - Quer ver o Edward. Essa não desiste nunca, coitada. - Gargalhou.
- Quem é essa tal de Victória? - Perguntei e Jasper desviou o olhar e engoliu em seco. Parecia tenso.
- Ex-namorada do Edward. Mulher intragável. É a fim dele há anos, até namoraram antes dele conhecer a Sophie, mas depois meu irmão deu um pé na bunda dela e...
- Gata, que tal irmos ao seu quarto? - Jasper sugeriu, dando um beijo no pescoço dela.
- Não podemos gatinho! Tenho que fazer sala para a Victória. - Fez uma careta.
- Não! - Ele quase gritou com ela. - Er... Desculpe. - Baixou a cabeça. - Estou com dor de cabeça, posso descansar um pouco no seu quarto? - Pediu, indo em direção as escadas.
- Ta bom! - Vou te levar até lá e já desço.
Que estranho.
Essa atitude do Jasper foi tão suspeita. Até parece que ele tem alguma coisa contra essa Victória. Ficou muito mexido na hora que a Alice falou o nome dela. Tô me sentindo como se fosse o Sherlock Holmes e confesso que fiquei curiosa com isso, mas eu sei que não é da minha conta e não tenho nada a ver com isso, então deixa para lá. - Vamos logo gata. - A apressou. - Foi um prazer te conhecer, Bella. - Deu um sorriso de canto de boca para mim que assenti com a cabeça.
- Vamos gatinho! - Alice o seguiu. - Até amanhã Bella! - Despediu-se de mim e ambos subiram as escadas.
Suspirei e fui em direção a porta. Quero ir embora antes que essa tal de Victória chegue. Nem conheci e já não vou com a cara.  Porém, quando abro a porta, tenho uma surpresa nada agradável.
- Onde está o Edward? - Uma mulher passa por mim e entra na mansão sem sequer ser convidada. Ela é ruiva e bem elegante. Está toda de preto. - Anda serviçal! Vá chama-lo. - Ela bate palmas. Que mulherzinha arrogante! Com certeza é a tal Victória. 
- Se você quer falar com ele, vá procura-lo senhorita. Não sou tua empregada! - Respondo e ela me olha com raiva. Coloco minhas mãos no bolso e saio de lá. Já não simpatizei com essa mulher. E não sei por quê, mas sinto que ainda terei muitos problemas com ela.

O Lado Bom Da VidaWhere stories live. Discover now