A Atriz: A Banheira

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A água estava na temperatura ideal. O calor do corpo dele encostado ao meu também. Como era bom estar ali com ele, confortável, acolhedor, relaxante, tudo que eu estava precisando naquele momento. Era assim com ele, nunca rolou apenas sexo e tchau, a gente sempre terminava a noite juntos, ou passávamos a tarde inteira. Ele gostava de conversar. Comigo ele conseguia abrir, falar o que estava sentindo, eu sempre fui uma boa ouvinte e ficava atenta em cada palavra que ele dizia. Não era uma pessoa de reclamar, dificilmente fazia isso, mas ultimamente estava um pouco cansado de tudo, muita agitação, muita futilidade ao seu redor era o que dizia. Ele gostava de sair, dançar e beber. Uma pessoa animada. Gosta de rua, eu já sou diferente, gosto de ficar entocada, com minhas músicas, livros e filmes, deve ser por isso que minha carreira não deslancha, já que detesto estar em exposição, mas precisamos ser vistos para não ser esquecidos é o que sempre me dizia.

Ele: Estou orgulhoso de você. Mereceu!

- Obrigada! E eu estou feliz em poder compartilhar esse reconhecimento com você. Você que me incentiva e ajuda. Meu lindo e fascinante professor!

Ele: Não. Esse mérito é seu! Trabalhou e estudou para isso. Eu não fiz nada.

- Deixa de ser modesto, você sabe que me ajudou nesse trabalho em particular, passou horas os textos comigo.

Ele: Ok. Me de esse prêmio para colocar na minha estante. Ele ficará em destaque, prometo!

Rimos muitos até ele começar a massagear meus ombros. Já sabia o que aquilo significava e meu corpo - bom uma parte específica dele - começava a corresponder. Fechei meus olhos, abri quando ao invés de o sentir massageando meus ombros seus dedos exploravam o meu melhor pedaço. Sua boca envolvia uma de minhas orelhas, passava a língua sobre ela. Arrepios invadiam meu corpo, como as mãos deles. Tornei a fechar meus olhos. Com eles assim fechados conseguia aumentar aquela sensação de prazer. Mãos fantásticas! Grandes e macias, de dedos finos e compridos, e neste momento estou adorando a sua precisão, o sinto crescer também, e começo a roçar meu corpo contra o seu. Percebo que ele também mantem seus olhos fechados, ficamos ali um tocando no outro. Conhecendo ainda mais o corpo do outro. Adoro nossos toques, às vezes é a melhor parte da brincadeira.

Coloco uma das minhas mãos para trás. Também quero senti-lo como ele está fazendo. Viro um pouco minha cabeça, quero lhe beijar. E nos beijamos intensamente sem deixar de nos tocar, já estamos ofegantes novamente, e cada vez mais ansiosos e frenéticos, os movimentos rápidos, a água da banheira saltava. Sem entender como aconteceu, estava sentada em seu colo. Sentindo novamente todo dentro de mim. Vou me movimentando para frente e para trás, oras mais devagar oras mais rápido, respiração descompassada, apressada. Ficamos em febre novamente, ardentes, em brasas. Então ele me inclina para frente e vem por cima de mim, gosto dessa posição. Veio rápido e intenso. Ofegava me segurando com força nos quadris. Fomos nos movimentando um contra o outro, em sincronia, gememos. Um incentivando o outro. Rápidos, mais rápidos, até que acontece. Sinto o seu corpo pesado cair sobre o meu, exausto. Sinto-o dando beijinhos carinhosos em minhas costas.

Ele: Hoje você acabou comigo.

- Acabamos com nós! Estou exausta também!

Ele deixou a banheira. E novamente pude observar seu corpo. Ele é interessante. Não sei dizer se ele é ruivo ou um castanho bem claro. Como esse é confuso! E perfeito! Estendeu-me a toalha e tudo que eu queria é que o tempo parrasse para que eu pudesse ficar ali observando seu corpo maravilhoso.

Enquanto terminava de me arrumar ele se jogou naquela cama imensa e ficou me observando. Se vissem como me olhava entenderia o motivo de tanto fascínio e desejo que sentia por ele. Decide por retirar toda minha maquiagem, péssima ideia essa, pois quando finalmente cheguei até o quarto ele estava adormecido. O cansaço o levou. Fez uma viagem longa e exaustiva, aguentou um evento longo, transou comigo em cima do piano e agora na banheira e eu aqui querendo mais.

Fiquei observando ele dormir de pé ao pé da cama. Ele é tão lindo quase surreal. Aquele homem grande, branquinho, cheio de manchinhas, deitado nu naquela cama aconchegante, eu que não gosto de dormir de conchinha não resisti e foi assim que me encaixei e adormeci sentindo o compasso de sua respiração.

CONTINUA...


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