Sweet Amoris

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Chovia muito nesta manhã. Esse com certeza era um de meus dias prediletos!
Após anos morando com meu pai e sua esposa, resolvi voltar para casa de minha mãe. Depois de tanto tempo, voltei a minha cidade natal.
Hoje estou indo a escola da minha infância. Não sei se as mesmas pessoas continuam lá, mas eu espero de verdade ver Íris e Rosalya lá.

                                                                                          *****

Já estava no portão da escola, e era quase impossível não estar ansiosa. A cada passo que eu dava me aproximando da grande porta de vidro da escola, parecia que meu estômago tinha ido dar uma voltinha na Groenlândia.
Ao entrar na escola encontrei o corredor quase vazio. Avistei pessoas que ainda não conhecia e apenas sorri para elas. Resolvi ir até a sala do grêmio. Estava sentindo falta de Nathaniel e queria vê-lo também. Ao adentrar a sala, observei um rapaz loiro de costa organizando uns papéis. Não é possível! Nathaniel havia crescido tanto assim?!

- Toc toc, tem alguém aqui?! - Perguntei cantarolando. Comecei a rir imediatamente do susto que o dei sem querer.

- Alya!!! - ele veio correndo me abraçar - Quase me matou do coração, sabia?!

- Haha. Sorry.

- Você voltou - disse sorrindo e segurando meus ombros.

- Pois é. Como você cresceu! Está como um poste agora.

- Ha, ha - riu sem vontade - Que saudade estava de você!

- Pois é, eu sei que sou inesquecível - brinquei - Também senti sua falta Sr. Representante de turma.

- Vejo que não mudou muito... Ou nada.

- Hehe. Então, você sabe onde está Íris? Ela continua aqui? E o Ken? Rosa? E...

- Calma - ele me cortou.

- Hã... Desculpe - sorri quadrado.

- Todos estão aqui! Só não sei onde.

- Hum... Okay Nath, depois nós se fala.

- Nós se fala?

- Ai, ai. Tá, tá. Nós, nos falamos.

- Agora sim - sorriu.

- Pra que tanta formalidade? - disse baixo enquanto saia.

- Eu ouvi isso. - cantarolou.

Depois de um tempo falando com Nath, fui a sala onde passaria meu maior tempo na escola, mas estava vazia. Então, fui ao jardim, vai que Íris ou Rosa estavam lá. Vai que, né.
Fui ao jardim e só o que encontrei foi um garoto ruivo sentado no banco ao longe, com uma guitarra em mãos, mas sem sair som algum dela. Resolvi ir lá com ele, se o conhecia do passado, certamente não me recordava.

- Hã... Oi...

Ele levantou seu olhar sobre mim e vi seus lindos olhos acinzentados, como dois pequenos focos de luz em uma penumbra.

- Tê conheço? - falou preguiçoso.

- Não lembro... Bem, eu já estudei aqui no passado, mas não lembro de você...

- Hum. E o que cê quer? - fora grosseiro.

- Você conhece Íris? Sabe onde ela possa estar?

- Até hoje, juro que em todas as vezes que me olho no espelho, não vejo um GPS no meio da minha testa.

- ...Calma... Não precisa ser rude - disse já me irritando.

-  Se você banca uma de "Srt Sensível" não deveria ter vindo aqui falar comigo - resmungou irritado.

- Você é um idiota, sabia?

- Hum. Se era só isso já pode ir - não se importou com minha fala e abaixou o olhar para o  instrumento.

Eu estava me virando para ir atrás de Íris no clube de basquete, quando olhei para blusa do ruivo destampada pela jaqueta.

- Espera...

- Argh. Você não vai me deixar em paz, não?! - confesso ter me assustado um pouco, mas resolvi deixar de lado.

- Essa sua blusa... Me lembra algo...

- Ah, vá.

- Espera... Lembrei! Realmente, essa blusa é de um grupo de rock muito conhecido.

- ... Isso aí, novata - confirmou sorrindo - Então a pirralha gosta de rock.

- Mas é claro! O rock é clássico! Inclusive eu tenho uma blusa parecida - empinei o nariz.

- Não vai me imitar novata - fez uma cara emburrada logo depois abrindo um sorriso - Bem... o papo tá bom, mas eu tenho que ir para aula. Até depois, tampinha - disse acenando.

- Tchau... Espera! - gritei, e ele se virou - Qual é seu nome?

- Rum... - sorriu de lado, e voltou a caminhar.

- Ah! Vê se dá para acreditar?! - falei sozinha.

Tinha acabado de conhecer, o carinha do rock. Para ele me chamar de pirralha deve ser mais velho... Então, o chamarei de Oppa por enquanto.
Eu estava prestes a ir para o clube de jardinagem quando vi uma certa ruivinha sair do clube de basquete, era Íris.

- Alya!!! Que saudade.

- Também estava com saudade de você, sumida.

- Eu, sumida? Tá, você quem desapareceu. Onde você tava? Foi para a casa do seu pai?

- É - expliquei enquanto nós andávamos de braços dados - Não estava mais aguentando a mulher do meu pai.

- Hum...

Caminhamos até o banco onde o menino do rock estava, já me lembrando dele, resolvi perguntar seu nome a Íris. Ela devia saber!

- Hã... Ruiva - assim eu a chamava -, você sabe qual o nome garoto de cabelos vermelhos?

- Quem?... Ah! O Castiel?! - dei de ombros não sabendo seu nome - Deve ser. Ele é o único que tem cabelo vermelho aqui.

- Hum...

- Por que? Você falou com ele? Tá de crush novo?

- N-não. Doida! Eu só... Falei com ele, e queria saber seu nome. É proibido? - disse cruzando os braços.

- Não, o quê é isso? - disse com a voz carregada de ironia.

*****

Eu estava no meio da aula de matemática, e juro que tentava me concentrar na matéria que eu mais me dava bem, só que estava meio difícil. Não parava de secar o menino do roc... o tal Castiel. Haha, já estava até acostumada a chamá-lo assim. As vezes ele olhava para atrás e voltava seu olhar a mim, eu tinha que disfarçar rapidamente, claro, mesmo que as vezes não desse muito certo.
Perguntei a Íris sobre Rosa, enquanto desciamos as escadas para ir a cantina. Ela disse que como é início de ano, Rosalya ainda não voltou. Já estava prestes a sentar a mesa com Íris, para comermos, quando sinto uma mão grande e forte puxar meu braço.

- Hey pirralha...

- C-castiel... - ficou surpreso.

- Então já sabe meu nome?! - sorriu debochado.

- O que você quer?

- Pensa que não a vi? - vish.

- V-viu q-quando?

- Não seja sonsa. Ou ao menos não se faça - sorriu - Senti seu olhar pesar sobre mim - me soltou - É melhor você parar, se não vou começar a pensar que está afim de mim - sorriu de lado.

- E-eu? Afim de você?! Rum, até parece - cruzei os braços.

- Haha. Tá bom - ele apenas se virou de costas e começou a andar.

- Hey! - chamei meio irritada - Não vai perguntar o meu nome?

- Para quê?

- Ué... pra você saber...

- Eu já tenho um ótimo nome para você... Pirralha.

Ele continuou seu trajeto e me deixou lá, com a maior cara de taxo.

O Garoto Do Rock - Amor DoceOnde histórias criam vida. Descubra agora