Capítulo 32

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Todos à bordo e não demorou muito para o avião finalmente decolar. Eu estava na poltrona da janela com Any do meu lado, os outros estavam espalhados pelo avião, na verdade, não havia prestado muita atenção desde que me acomodei no meu assento e coloquei meus fones de ouvido no máximo. Dormir o voo todo e relaxar. Esse era o meu plano.

As quatro horas passaram literalmente voando enquanto eu dormia. Quando finalmente acordei, faltavam apenas 10 minutos para pousarmos. Peguei na mochila um pacote de biscoitos para enganar o estômago que já estava me enlouquecendo.

- Acordou a bela adormecida! - Brincou Any. - Sorte a sua viu... Tentei dormir mas não teve jeito, não consegui de jeito nenhum.

- Antes de sair tomei um remédio pra me ajudar cair no sono, não dormi direito esses dias, precisava descansar nem que fosse aqui no avião.

- Devia ter pensado nisso também...

Mais uns cinco minutos e todos estavam de pé pegando suas malas nos compartimentos acima de nossas cabeças e então seguindo a fila para sair do avião. Any e eu paramos em frente ao portal de embarque e esperamos por lá os outros saírem. Chris, Poncho e Ucker logo chegaram e May e Pedro vinham atrás.

- Todos aqui?

Balançamos com as cabeças e Pedro então tirou o celular do bolso para ligar para o motorista, enquanto isso fomos pegar nossas malas. Uns vinte minutos aguardando e finalmente elas chegam.

"Pega a minha, por favor?" Dizia Any a Poncho muito carinhosa. Era legal ver os dois juntos e felizes assim. Puxei minha mala com força e sem querer esbarrei no braço do Christopher que me olhou com uma cara não muito boa. Realmente ele não estava num bom humor hoje.

- Desculpa.

Consegui dizer rapidamente antes que ele saísse andando, não tenho certeza se havia escutado.

- Estão nos esperando lá na entrada, vamos! - Falou Pedro colocando o celular no bolso e puxando sua mala da esteira.

Fomos todos caminhando depressa, alguns fãs nos pararam pedindo fotos e abraços e sem entender direito porque estávamos os seis ali, juntos. Dissemos que não poderíamos tirar fotos naquele momento, afinal, ainda era pra ser uma supresa para os fãs e se essas fotos de nós juntos vazassem agora estragaria tudo. Pedimos ao pequeno grupo que entendessem e que não espalhassem a notícia, não sabíamos se podíamos confiar mas não tinha outro jeito. Nos despedimos deles e caminhamos ainda mais de pressa até a van que nos esperava. Entramos olhando para os lados, verificando se não havia ninguém com uma câmera ou um celular apontado em nossas direções.

Já eram quase nove da noite quando chegamos no hotel. Enquanto Pedro ajeitava tudo na recepção, pedimos as chaves e subimos para os quartos. Precisamos urgentemente de um banho e de um bom jantar. Poncho ligou para o serviço de quarto e pediu algumas pizzas. Enquanto a comida não chegava  seria a parte mais difícil: dividir três banheiro para seis pessoas. Como sempre, as meninas foram primeiro, afinal, sempre demorávamos um pouco mais.

Sai do banheiro enrolada na toalha, o quarto das meninas ficava do outro lado do corredor. Fui até lá distraída com o celular e tenho então a maior dor que um ser humano pode ter... Sim. Bater o dedinho do pé na parede. Gritei de dor na hora e os meninos que estavam sentados no sofá da sala e viam a cena não pararam de rir por uns 10 minutos. Sim. Não estou exagerando. Eles não paravam de rir.

Apesar da minha "quase morte", confesso que quando fechei a porta do quarto e deitei na cama também comecei a rir. Não pela minha situação mas... Acho que eu estava feliz, ter esses momentos com eles outra vez. Era tudo muito especial.

                             .......
Jogávamos cartas no tapete da sala quando fomos então interrompidos.

- É a campainha! A Pizza chegou, quem vai atender?

- Vai logo de uma vez Chris, você perdeu a última rodada, anda! Trato é trato.

Após me mostrar língua, Christian finalmente levanta a bunda do chão e vai atender à porta. Era a pizza! Continuamos por um tempo ali no chão, comentando, jogando, conversando e é claro... Rindo muito. Amanhã o trabalho iria começar mas por hoje ainda podíamos relaxar e fingir que não tínhamos responsabilidades.

- Yeeees! Mais uma vitória das meninas. Bom, já sabemos quem vai lavar a louça pelo resto da semana... - Provocou Any.

- Nem vem, vocês só ganharam duas a mais.

- Mas ganhamos, Ucker lindinho.

Nos levantamos para começar a arrumar a bagunça pois já estava tarde.

- Depois discutimos isso direito.

- Não tem nada para se discutir. Aliás, gente eu to com muito sono, né May?

- Que? Ah é! Verdade, também estou morta... - Falou May meio sem jeito após Any cutuca-la e achar que eu não estava perdendo.

- Meninas, vocês têm toda razão!

- Sim, acho melhor a gente ir. Duas pessoas só conseguem arrumar isso aqui... Vocês dois podem dar um jeito aqui não é? Que bom então, vamos gente?

Poncho, Christian, Any e May saíram da sala após essa ceninha, deixando eu e Christopher sozinhos. Não era nenhuma supresa para nós, afinal, não era a primeira vez que isso acontecia. Nós dois acabamos rindo da situação e voltamos a arrumar a bagunça.

- Desculpa por hoje cedo. Não estava muito bem mas não foi culpa sua. - disse ele após alguns minutos de silêncio, ouvindo apenas o barulho das latinhas de refrigerantes e caixas de pizzas indo para o lixo.

- Tá tudo bem, numa boa.

- Eu não quero que isso aqui vire algo estranho pra gente, é pra ser algo divertido. Então, trégua?

Esticou a mão para que eu apertasse mas ao envés disso começamos a rir sem parar.

- Você sabe que isso nunca vai acontecer... - Falei ainda rindo.

- Eu sei. - Rimos mais ainda.

Segue Ardendo - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora