Capítulo 28 parte ll

128 23 14
                                    

*Pois é, não sou muito musical mesmo para escrever, chego a citar isso em uma entrevista recente feita pelo Rodrigo Fonseca do blog VitaminaL, mas diante dessa questão sobre músicas em especial eu refleti e o mais próximo que chego a associar meus escritos com músicas, seriam com instrumentais assim. Segue link externo da entrevista, para os interessados em saber um pouco mais sobre mim e a minha dedicação dessa parte de capítulo em especial vai para outra pessoa que tem o dom de me fazer rir e chorar ao mesmo tempo.




     Em menos de 10 segundos, quatro machos adentravam na larga câmara subterrânea e o que veem arfantes com o coração disparado é imensurável, digno de gritar alto ou cometer assassinato contra certo macho de mesma raça!

     Meia dúzia de machos, em fila, com irrisórios arranhões em seus braços e pernas, recebendo doses ridiculamente homeopáticas que não devia ultrapassar meia dúzia de gotas do dedo indicador dela!

     Eles se voltam com seus olhares ameaçadores para Ferguz e ele bufa um tanto impaciente e leva dois dedos na boca assoviando alto e gritando vários diminutivos de nomes na sequência, e uma legião de machos começam a aparecer de todas as entradas a encher o largo com suas vestes ensanguentadas e rasgadas, mas os corpos estavam intactos, e ele aponta;

— Você, venha até aqui e mostre ao seu rei o valor dessa fêmea!

— Dei mole ontem mais cedo senhor, fui estraçalhado por duas bestas ao sul do perímetro e por bem pouco minha cabeça não foi arrancada do pescoço e Dean ali, só não deixou a perna arrancada para trás, porque eu a segurei com meu braço bom enquanto ele amparava a minha cabeça no lugar, foi um lance sinistro de se ver, mas o mais sinistro é que dez minutos depois de beber dessa gata espetacular... Com todo o respeito!

     Trevon e Zarcon seguram Dërhon que rosna para o jovem guerreiro e ele logo se recompõe, Ferguz dispensa o macho e ele fita Dërhon de cima abaixo e balança a cabeça reprovando.

     Merda. Foi o suficiente, Dërhon desaparece e é Ailin que antecipa o ataque e recebe o golpe no lugar do guerreiro...

     A comoção é geral.

     Dërhon a solta logo em seguida, mas não antes de rasgar no dente parte da carne e da musculatura da fêmea e toda uma multidão de machos se volta contra ele tomados pela fúria assassina e tanto Zarcon quanto Trevon que continham Ferguz a grunhir ferozmente, já imaginavam que veriam Dërhon destroçado pelos demais, e só podiam desejar que fossem rápidos e no mesmo instante dois dos machos enraivecidos começam a tremer convulsivamente e explode entre eles arrefecendo de imediato os ânimos de todos pela surpresa e na sequência todos eles ganem e se contorcem agoniados de dor com ambas as mãos nos ouvidos enquanto Alegra atravessava a multidão e machos aleatórios explodiam em um mar de sangue e faíscas de fogo entre eles. Ela trazia os olhos totalmente tomados pelo branco, como ficavam os olhos de Xstrauss.

     Ferguz não sabe dizer o motivo, mas ele contou 12 explosões e Alegra voltou-se com expressão cadavérica e assombrosamente triste para ele nesse instante em pensamento;

     Seriam bem mais se eu não estivesse aqui nas últimas trinta horas, e serão muitos mais, se voltarem-se contra meus afetos e nossos senhores. Não fui eu quem fez as regras, Ferguz filho de Zerberuz, eu só às cumpro, como posso.

     Ferguz assente e lágrimas de sangue rolam no rosto dela enquanto ela ajoelha ao lado do corpo ferido de Ailin e suplica baixinho;

     Perdoa mair.

Vale dos AehmonsOnde histórias criam vida. Descubra agora