Capítulo 11

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vamos a mais um capiítulo, espero que gostem e se puderem ouçam a musica, eu amo.

E eu vou tropeçar e cair

Eu ainda estou aprendendo a amar

Apenas começando a engatinhar

Say Samething - Chritina Aguilera


Entro na sala escura sem me preocupar em acender a luz, sei que daqui a alguns minutos a Leila vem para ver quem chegou. Acabei vindo para Petrópolis minutos depois que o Rafael saiu do meu apartamento. Eu ficarei aqui até amanha à tarde, esse sempre foi meu refúgio e ver o sol nascer aqui, me trazia sempre uma nova esperança. Eu gostava de estar em um lugar que eu era amada e que as pessoas não sabiam o que aconteceu comigo, aqui não tinha olhar de pena e nem de repreensão. Eu voltava a ser criança mimada da velha e boa senhora Leila.

- Sabia que era você. – ouço a voz dela e me viro recebendo seu abraço. – fugindo do mundo?

- Sim, mas preciso voltar amanhã, vim no impulso e não lembrei que tenho que dar aula.

- Que pena, queria que ficasse mais. Vou preparar a sua cama. – ela sai da sala e eu me sento olhando a chuva fina, que cai lá fora.

Peguei um táxi para vir até aqui, não quis dirigir e nem ligar para o motorista do meu pai. Fico olhando a chuva cair e aumentar gradativamente.

- Prontinho, vou deitar agora, já está muito tarde. – Leila diz descendo as escadas, se aproxima de mim e beija minha testa. – boa noite, menina.

- Boa noite, Lê. Vai sair nessa chuva? – a casa dos caseiros fica nos fundos, mas até ela chegar vai se molhar um pouco.

- Vou de guarda chuva, não se preocupe.

Encosto na janela e a chuva está muito forte impossibilitando a visão do jardim. Essa casa pertence a família do meu pai mais de um século, e há um ano passou por uma reforma deixando-a mais moderna, mas sem mexer muito na originalidade. Muita coisa foi restaurada. Os jardins são muito bem cuidados, possui um pequeno lago e uma fonte que eu adorava quando era pequena. Na verdade, ainda amo.

Eu fiquei muito mal depois de ver a expressão de tristeza no rosto do Rafael segurando a caixa que a Gabi me deu. É horrível e terrivelmente doloroso admitir que eu nunca tive a menor chance com ele. Esse final de semana foi um erro. Eu não deveria ter me entregado assim. Não deveria ter escutado a Fernanda e a Gabriela quando disseram para cair de cabeça e conquistar o Rafael, muito menos deveria ter escutado meu coração idiota.

Agora só eu sei o quanto está doendo.

Ouço alguém bater no portão e me levanto antes que a Leila faça. Olho no monitor de tv e vejo o rosto do Rafael todo banhado pela chuva. Fico em choque por alguns segundos, depois que desperto com mais uma batida eu destravo o portão e saio correndo para a varanda. Ele estaciona o carro e antes que perceba eu já estou de baixo da chuva, toda molhada parada na frente dele.

- Rafael...- eu queria perguntar o que ele fazia aqui, mas seria uma pergunta muito óbvia, então nada mais saiu a não ser o seu nome com muitas perguntas implícitas.

- Você tem que parar com essa mania de fugir, me fez sair às duas da manhã e ainda pegar uma chuva na estrada.

- Eu...- não termino de falar e faço o que meu corpo pede, o que meu coração grita para fazer. Enlaço seu pescoço com minhas mãos e puxo-o para capturar sua boca em um beijo sedento, faminto. Eu não me importava em saber o motivo dele estar aqui, o importante era que ele estava, e que sua boca explorava a minha tão faminta quanto.

Minha perdição - degustação.Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu