03/01/11
Aterrissei em Miami por voltas de uma da manhã. Confesso que quando eu calculei o horário de chegada fiquei totalmente constrangida e disse para as meninas do comitê de intercambio da faculdade que iria pedir um táxi para o apartamento delas, mas elas disseram que era política da FIU (Florida Internacional University) que os alunos do comitê ficassem a disposição dos alunos intercambistas. Quando contei o horário elas prontamente se disponibilizaram para me buscar e eu as agradeci. Desde o início elas foram simpáticas comigo.
Estava descendo pela escada rolante quando me deparei com uma placa enorme na mão de uma menina. Nela estava escrito "Garota cubana com sobrenome engraçado" e eu não pude deixar de sorrir pois algo me dizia que isso se referia ao "Cabello". Caminhei lentamente até a menina e não pude deixar de reparar nos seus traços. Ela era extremamente linda e, a julgar pela placa, deduzi que ela tinha senso de humor.
-Hansen? – Perguntei assim que parei ao seu lado.
-A mais incrível dos outros vinte e três. – Ela disse fazendo uma pose de convencida, mas rindo logo em seguida. – E você deve ser a Cabello, certo?
-Eu mesma, mas prefiro o termo "Garota cubana do sobrenome engraçado". – Disse e ela riu.
-O que acha de tanajura? –Ela disse sorrido e eu a encarei confusa. – Com o tempo você se acostumará com meu senso de humor. – Ela deu uma piscadinha e eu sorri para ela. – Então, fez uma boa viagem?
-Fiz sim. Meu voo para o México foi um tanto quanto conturbado, mas no final deu tudo certo.
-Fico muito feliz em saber disso. – Ela disse sorrindo enquanto pegava uma de minhas malas. – Vamos, minha amiga está lá fora nos esperando para irmos para casa. Se você quiser perder as duas primeiras aulas para descansar um pouco pode ir em frente, eu conheço o professor e ele disse que não tem problema.
-Tudo bem, eu não ligo para isso mesmo. – Falei enquanto pegava minha última mala restante.
-Qual o seu nome mesmo? – Dinah perguntou e eu a encarei confusa. Nós duas conversamos por aproximadamente quatro semanas e ela não lembrava meu nome? – Desculpa, é que eu sou cabeça de vento. Minha mãe sempre me dizia isso mas eu nunca levei fé, até entrar na universidade.
-Eu sou Camila, mas pode me chamar de Mila. – Disse rindo da sua cara de envergonhada.
-Não, Mila é tão comum. Até o final do seu intercambio vou arrumar um apelido único para você. Eu não me lembrava de jeito nenhum e por isso coloquei aquilo na placa. Eu só lembrava que seu sobrenome era engraçado. – Dinah piscou divertida e parou em frente a um Honda Fit vermelho. Ela logo começou a bater no vidro com uma força desnecessária e a porta do motorista logo foi aberta.
-Está querendo quebrar meu carro novo ou o que, Jane? – A menina que eu logo deduzi ser a outra integrante do comitê disse claramente irritada. Quando seu olhar pousou em mim sua expressão logo suavizou. – Você deve ser a garota cubana.
-Camila. – Falei extremamente tímida.
-Normani, mas todos me chamam de Mani.
-Mani, você não pode falar para a menina nova te chamar assim. – Dinah revirou os olhos e eu a encarei sem entender nada. – Achei que nós tínhamos concordado com a Ally Papa que somente os integrantes do nosso grupo iriam nos chamar pelos apelidos.
-Mas ela faz parte do nosso grupo, Jane.
-Ela acha que é assim? Acabou de entrar no ônibus e já quer sentar na janela? – Dinah me encarou com um sorriso brincando em seus lábios. – Cara latina, para você fazer parte dele precisará passar no teste e, mesmo depois, não será fácil permanecer no quarteto. Somos duras na queda.
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The Last Butterfly (Camren)
FanfictionAmor. Esta pequena palavra possui apenas quatro letras mas tem um significado tão grande. Segundo Platão, o amor é a fonte das principais bênçãos concedidas ao homem, é uma loucura que é dadiva. Shakespeare acredita que é possível amar intensamente...