Capítulo 25

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Júlia

- Da pra você ficar quieto porque quem sabe dos meus sentimentos sou eu – digo saindo do beij0 e Ainda agarrada em seu pescoço

- Uou - ele diz Ainda "surpreso" pela minha ação

- Uou o que? - eu falo Ainda confusa porque ele disse o "Uou"

- Isso - ele fala se referindo ao beijo

- Desculpa, você tem razão, eu não tinha que ter te beijado - eu tiro a mão do pescoço dele e coloco na minha cabeça

- Não! - ele fala se auto corrigindo - eu não estava reclamando, pelo ao contrário... - ele fala com um sorriso malicioso e colocando meu braço de volta em seu pescoço e colocando a mão dele na minha cintura

- Olha, não quero que você fique com ciúmes do Henrique tá? Ele é só meu amigo - eu digo porque não quero que haja briga entre os dois

- Aí você está pedindo demais né princesa? - ele fala enquanto minha cabeça está apoiada em seu peito, afinal, ele era bem alto

- Mas vem cá, nós não somos absolutamente nada né? Tipo... – Digo mas ele me interrompe

- Não somos nada Ainda - ele realça o Ainda e beija a minha cabeça

- Se você diz né? - eu digo isso saindo de seu abraço

- Vai aonde? - ele pergunta ao ver que eu tento sair do abraço

- Voltar, provavelmente eles devem estar achando que a gente sumiu ou foi sequestrado - eu falo tentando sair do abraço mas ele me aperta com mais força

- Eu não me importo com o que eles acham ou deixam de achar, eu só quero ficar mais tempo aqui com você - ele diz me abraçando forte e eu deixo escapar um sorriso com essas palavras fofas, o que era provavelmente muito raro de ouvir da boca do Gabriel

Meu celular toca dentro do bolso do meu short, eu pego o celular e vejo que é meu irmão, e ocorre a seguinte ligação:

- O que você quer? - falo quase desligando na cara dele

- Onde você tá? - ele fala em um tom quase irreconhecível ser raiva e confusão

- Não já te falei que eu estou no shopping? E outra, eu acho que eu já estou bem grandinha pra ter que precisar de babá - eu digo e o mesmo pela primeira vez não me rebate em uma patada

- Só por favor volta pra casa - ele fala praticamente implorando

- Mário... o que foi? - digo pausadamente porque sei que aconteceu alguma coisa, ele nunca imploraria algo pra mim, ao menos pediria, seu orgulho nunca permitiria

- eu acabei de receber uma ligação do Hospital e ele passou mal de novo - ele fala triste do outro lado da linha

- Tá, eu já estou indo - digo colocando a mão na cabeça tentando não ficar nervosa, o que era provavelmente impossível diante daquela situação

- O que foi baixinha? - Gabriel pergunta ao ver que eu estou preocupada

- Eu preciso ir ao hospital agora - digo tentando ainda entender tudo e o mesmo me olha confuso

- Como assim? - ele pergunta mais confuso do que o olhar

- O Mário estava todo estranho do outro lado da linha, aí eu fui perguntar o que foi e ele disse que meu pai passou mal de novo - eu falo e ele segura na minha mão ao ver que eu estou chorando

- Não deve ser nada, deve ser só um mal estar - ele diz na tentativa de me acalmar e me abraça e acaricia minhas costas

- Finalmente achei vocês - Lets diz rindo ao nós ver abraçados e quando me viro sua expressão muda - Ju, o que foi? - ela diz claramente preocupada

- Meu pai passou mal e está no hospital agora - digo tentando parar de chorar

- Vem - ele segura a minha mão - avisa pro Scott e pro marginal - eu o olho torto e levantando a sobrancelha - Quer dizer, Henrique que eu estou levando a Ju no hospital - ele diz e a Lets me dá um beijo na bochecha

- Leva a chave do meu carro - digo limpando as lágrimas e tirando da bolsa a chave do meu carro

- Mas nem eu nem o Scott dirigimos como vai ser? – Lets me pergunta

- Mas o Rick dirige, pede pra ele levar vocês em casa - digo e o Gabriel revira os olhos

Eu chamo um Uber para nos levar até o Hospital. Já não era novidade o que eu estava passando, meu pai vive passando mal, e o máximo que podemos fazer é rezar para que ele sempre se recupere, porque realmente não adianta nada eu falar que ele precisa trabalhar menos, ele nunca para, sempre está trabalhando que nem uma máquina automática, sem tempo para as pessoas ao seu redor, e nem para si
***
Ao chegarmos no hospital a primeira pessoa que eu vejo na sala de espera é meu irmão sentado na primeira fileira com a mão na cabeça; vou até ele é coloco a mão em seu ombro e ele se assusta mas logo depois que me reconhece ele me abraça e eu começo a chorar, mas o mesmo permanece aparentemente forte, mas sei que ele também está sentindo a mesma dor que eu, não era fácil ver meu pai nessa situação

- O que o papai tem? - pergunto ao imaginar que Mário, como estava a mais tempo aqui, já saberia qual era a doença do papai

- Eles disseram que não sabem ao certo, mas foi provavelmente um infarto - ele fala e eu entro em desespero, era o segundo infarto do meu pai esse ano

- Aí meu deus - eu digo praticamente caindo em cima da cadeira da recepção e o Gabriel me segura me abraçando

- Vai ficar tudo bem... vai ficar tudo bem - Gabriel diz na tentativa de me acalmar e me abraçando
***
Depois de cerca de 40 minutos o médico finalmente veio me dar notícias do meu velho

- Família Almeida? – O médico pergunta em voz alta olhando para uma prancheta

- Aqui - Mário diz em mais desespero do que eu

- Na verdade foi um pre-infarto, de teoria foi um mal estar - ele diz e eu dou um suspiro de alívio enquanto o Gabriel acaricia minhas costas

- Mas como foi causado isso? Tipo, tem um porquê desse pre infarto? - eu pergunto e o médico me responde de pronta resposta

- Provavelmente foi causado por um estresse, ou trabalho demais, seu corpo estava muito tenso e cansado - ele diz e eu penso que tudo é por culpa dele, de ser teimoso demais para não se dar um descanso

- Quando ele vai ter alta? - o Mário pergunta e o Médico olha o laudo na prancheta

- Amanhã de manhã ele já vai estar liberado, porém, Ainda precisará de descanso - ele fala isso e vai desaparecendo pelo corredor

Me sento no sofá, e penso em seriamente pedirem para internar meu pai, porque se isso não acontecer ele não vai descansar, e tudo isso vai se repetir num ciclo vicioso, estou pensando e de repente me veio uma pergunta na cabeça

- Mário... cadê a mamãe? - eu pergunto e o mesmo dá risada

- Fazendo o de sempre né? Na empresa! - ele diz praticamente gritando e indignado

- Não acredito - coloco a mão na cabeça rindo - ela não muda mesmo né? - falo e o Gabriel novamente tenta me acalmar me fazendo ficar mil vezes mais tranquila

- Baixinha... vamos pra casa? - Gabriel fala e o Mário olha torto

- Como assim "vamos" - Mário pergunta já em um tom de briga

- Mário, nem vem começar com discussão tá? - eu falo e ele me olha torto mais uma vez

- Esse garoto não vai lá em casa não né? - Mário pergunta insinuando coisas que nem ainda havia pensado

- E se ele fosse? - pergunto o provocando - Não é da sua conta o que eu faço ou deixo de fazer não tá garoto? - eu falo pegando minha bolsa e levantando da cadeira

Chamamos novamente o Uber e fomos para minha casa
***
Chegando na minha casa vejo que meu carro está na garagem, abro a porta da frente da casa e jogo meu sapato no meio da sala e escuto a risada do Gabriel logo atrás de mim, subo até o segundo andar e me jogo na cama

- Foi uma noite longa em loirinha? - ele fala se deitando ao meu lado

- Oh se foi... - digo isso é pego meu celular, unha mais de um milhão de mensagens da Lets

- A Lets já mandou um monte de mensagem né? - ele fala e eu dou risada afirmando

- Caraca, são 1:30 da manhã - eu digo me assustando com a hora

- Você deve estar cansada... - ele fala e me dá um beijo na testa - eu vou ir pra casa pra dizer para a Lets que está tudo bem com você, e a senhora vai dormir - ele fala em um tom autoritário e eu faço menção de rendição

- Beijo... - eu dou nele um beijo na testa e ele desaparece pela porta...

Eu realmente não conseguia entender meus sentimentos pelo Gabriel, hoje ele só me provou que ele não é um “ficante” apenas, ele ficou comigo no momento que eu mais precisei de alguém, isso não tinha preço... Só preciso entender com calma o que tudo isso que temos significa

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Bom amores o cap saiu mais tarde 😂 mas tá aqui e é isso que importa amigos

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