P. O. V SUZI
Você não quer se jogar em cima desse idiota. Quer apenas que ele te leve de volta para a segurança da sua cidade poluída, com muitas pessoas, sem a chance de fazer algo que não deve. Assim como você não sentiu falta dele nos dias em que ele sumiu, é tudo imaginação.
- Você acordou... Panquecas é a única coisa que sei fazer. Então...- Ele coça a nuca, músculos, pele morena, tatuagens sexys, sorriso torto... Eu estou enlouquecendo!
- Ao contrário de mim, você tem roupas, Allan. Deveria usá-las.- Resmungo me sentando na cadeira. Ele ri e tráz um prato enorme cheio de panquecas, elas são uma delícia...
- Você sabe que fico melhor sem, coelhinha.- Ele diz próximo ao meu ouvido. Filho da mãe...
- Sei? Acho que não.- Ele sorri antes de tomar um gole de vitamina.
- Você está cada dia mais mentirosa... Isso fica sexy em você.- Reviro os olhos antes de afundar minha cabeça contra a mesa.
- Você não tem mais o que fazer?- Resmungo. Fazem exatamente 8 dias que eu estou sendo brutalmente torturada... Um dia ele "esquece" a toalha (isso porque tem um banheiro no quarto dele e ainda estou tentando entender como ele foi parar na sala todo molhado, ele acha mesmo que eu iria acreditar?), no outro está calor de mais para ele vestir algo além de uma cueca box (sou capaz de desenhar sua bunda perfeitamente e de olhos fechados), isso quando ele não inventa que é sonâmbulo e só por isso foi parar na minha cama ( ontem de manhã joguei água gelada nele, foi bem engraçado ele achou que estava sendo atacado).
Mas isso não é nada comparado com suas frases de duplo sentido, seus olhares que me queimam não importando para onde eu ando, as vezes em que ele está tão perto que quase fecho os olhos pronta para receber seu beijo e ele simplismente ri enquanto se afasta...
- Sou todinho seu meu amor, é uma pena que você não me queira.- Posso sentir o sorriso em sua voz. Porque ele sorri tanto?
- Vai se ferrar...- Resmungo voltando a comer minhas panquecas.
- Você está de mau humor? Dizem que pode ser falta de sexo. - Ele ri debochado. Bebo um pouco de suco.
- Eu estou bem em relação a isso. Mas não posso dizer o mesmo sobre seu... Amiguinho.- Sorrio enquanto aponto para sua ereção, ele está sempre de pau duro... É impressionante.
- Você chamou meu pau de "amiguinho"?!- Ele pergunta indignado e dou de ombros.- Você é má.- Ele morde a boca, céus, ele tem que parar de me seduzir. Assim fica difícil ignorar...
- Eu sei.- Termino de comer e vou para o quarto. É impossível fugir daqui e olhem que eu tentei.
[…]
- O que você está fazendo na minha cama?!- Seguro a toalha firme contra meu corpo enquanto Allan sorri.
- Esperando você. Passou o dia todo aqui dentro.- Ele faz uma careta.
- Talvez porque eu não quizesse olhar pra você.- Ele ri como se eu tivesse contado uma piada.
- Ah você quer...- Em um movimento rápido ele está de pé.
- E da onde você tirou isso?- Pergunto fingindo que estou entediada, o que é impossível de ficar quando tem um cara com quase 2m de altura, todo gostoso e com essa cara de lobo mau parado em minha frente.- Você me contou.- O olho sem entender e ele continua andando devagar em minha direção.- Você sabe que seu corpo corresponde ao meu, eu sou capaz de sentir seu olhar em mim, o jeito como eu te afeto...- Ele cola sua boca em meu queixo, deposita um beijo demorado antes de se afastar o suficiente para me olhar nos olhos.- E seus olhos ganham um tom único quando você fica excitada.- Molho minha boca seca com a língua.

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O Traficante - Livro 4
ChickLitSÉRIE: POSSESSIVOS IRRESISTÍVEIS LIVRO 4. Somos humanos, consequentemente erramos em algum momento de nossas vidas. Alguns erros menos graves, outros quase imperdoáveis. Porém no meio dessa balança se encontra o amor. Li em algum lugar por aí que o...