One Jane.

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Hi, hello, olá! Mais um capítulo de Equal. Qualquer coisa: @norminahanonimo

To shippando Normarie, e vocês?

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Setembro 2016. Santa Ana, Califórnia.

Normani POV.

:- Você?! Marie? — Tombei a cabeça para trás, deixando uma alta e boa gargalhada ecoar todo o quarto. A mulher a frente enrugou a testa em confusão, mordeu o lábio inferior e remexeu-se desconfortável. Ela só podia estar brincando! Marie?! Marie Jane?! Está fingindo ter uma irmã gêmea? Deus! Como pode ser tão cara de pau.

:- Sim! Marie. — Coçou a nuca demonstrando desconforto. — Eu disse algo engraçado? Porque está rindo assim?

:- Porque você está fingindo, Dinah! Não se lembra da nerd com espinhas aqui? — Minha voz soou alta e irritada ao ter as vagas lembranças daquela festa na casa do Fredd. Ela negou com a cabeça, suas bochechas estavam levemente coradas, enquanto aquelas malditas lentes verdes cravavam os meus olhos intensamente.

:- Eu nunca te vi, enfermeira Hamilton. Juro. Talvez a minha irmã tenha aprontado contigo na adolescência, deixando-te irritada ao ponto de não perceber a diferença, mas eu não sou a Dinah.

:- Pelo amor de Deus! — Respondi tediosa com aquela insistência chata. —  Como poder ser tão... Tão...— Engoli a saliva que se formou e suspirei controlando aquele nervosismo interno.— Se realmente não é ela, me prove com alguma coisa.

Ela suspirou exausta com a teima, abaixou a cabeça retirando aquelas malditas lentes tão reais de cima de mim e concentrou-se na tela do celular. Meus olhos percorreram os seus cabelos com ondulações num loiro vivo, nos traços marcantes de sua face; a mandíbula com a mordida trincada, o delineador traçando fortemente sob as pálpebras abaixadas, os lábios cobertos de batom vermelho, o piercing perfurando o lado direito de seu nariz, as sobrancelhas juntas marcando frustração, e alguns dos diversos tentáculos loiros caídos cobrindo uma parte de seu rosto. A jaqueta preta de couro com detalhes dourados, dava-lhe um ar mais relaxado e largado, vamos dizer assim. A calça jeans escura apertada, não me dava totalmente o detalhe da silhueta de seu corpo, como sempre se vestia na adolescência, e o surrado all star branco nos pés. Meneei com a cabeça na tentativa de afastar alguns pensamentos e escorei-me na porta.

:- Onde está...— Murmurou para si. Seus lábios pressionaram-se formando adoráveis e fundas covinhas nas bochechas. — Nessa foto estamos juntas no baile de formatura da minha escola. Eu sou a de vestido vermelho, e Dinah a de preto. Ela ainda é três centímetros maior do que eu, tem os olhos castanhos e o cabelo mais caramelizado. Eu sou um pouquinho mais loira, caso não tenha percebido.

Soltou um risinho bobo, virando o aparelho para que eu pudesse ver as duas abraçadas de lado com um imenso sorriso. Meus olhos corriam de um lado ao outro desesperadamente ainda não acreditando no que estava vendo.

:- Quem me garante que não possa ser duplicador de imagem?! — Arqueei uma sobrancelha e ela rolou os olhos. — Hoje em dia não dá para confiar em qualquer foto, porque as pessoas fazem de tudo nela, você sabe.

:- Se eu lhe disser que apenas mexo no computador para escrever o meu livro, acreditaria? — Perguntou carregando o mesmo semblante frustrado desde o início daquela conversa. Neguei com a cabeça, fazendo-a olhar de volta para o celular. — Bom, então... Esse é um vídeo meu com as minhas duas irmãs: Dinah, e a caçula, Regina.

Foquei minha visão na brilhante tela à frente, deixando um sorriso involuntário escapar, — "Olá, pessoal, hoje precisei gravar no celular da minha irmã, porque o meu eu não sei onde foi parar"—, a garota de rosto magro e cabelos negros falava animadamente para a tela do celular, — "hoje estamos na festa surpresa das minhas duas irmãs, e eu estou gravando para vocês todos os detalhes" —, ela dizia tudo num fôlego só, enquanto chacoalhava a tela por conta de estar se movimentando de um lugar ao outro, — "Vocês querem saber quantos anos elas vão fazer? Querem?"—, colocou alguns fios de cabelo que batiam em sua face, atrás da orelha, —"Elas estão fazendo vinte e quatro. Dois e o quatro. Elas fazem juntas, porque mamãe me disse que as duas nasceram abraçadinhas. E são iguaizinhas por causa disso"—, olhou por cima da câmera, como se alguém lhe chamasse a atenção, —"Elas chegaram!"—, a câmera novamente foi chacoalhada, enquanto todos presentes gritavam "surpresa". Meus olhos instantaneamente arregalaram ao ver as duas mulheres paradas, uma do lado da outra, sorrindo. — "Essas daqui são as melhores irmãs do mundo; Mar e Dada. Feliz aniversário." — as duas mulheres surgiram atrás de si, distribuindo sorrisos e acenos para o vídeo. A dos olhos claros se aproximou mais, depositando um beijo no topo de sua cabeça —"Obrigada, meu amorzinho. Aprontando novamente com o meu celular?!" —, a garotinha sorriu, concordando com a cabeça, — "Deixa eu adivinhar, é para o canal?" —, antes da pequena responder, a outra gêmea, que suponho ser finalmente Dinah, curvou-se para beijar a bochecha da pequena, — "Você deveria parar de crescer, monstrinho. E parar de mexer nas minhas maquiagens também".

EqualWhere stories live. Discover now