Esqueminhas Sapatônicos

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Depois de ser perseguida por vaginas de plástico gigantes...

Lexa estava quieta.

Sentia-se como um meteoro estivesse prestes a cair em sua cabeça. Não dava pra entender o quê exatamente estava acontecendo. Era confusão, um atrito entre todas as tramas, enredos, pedidos, segredos e planos. Duvidava que conseguiria encontrar o responsável pela perturbação de sua paz.

Nem mesmo dava conta da programação de seu novo jogo. O código estava cheio de glitch. No fundo, ela achava que talvez também estivesse com um glitch.

As três mulheres dividiam um Uber, Anya sentada entre Clarke e Lexa. A loira só faltava afundar de vez, fundindo-se com o banco. Estava nervosa, também, como não estaria?! Sua inimiga não era nenhuma amadora. Desconfiava que Lexa era descendente do deus nórdico Loki.

Embora parecesse tranquila e em ordem, sabia que na cabeça da morena não tão distante dela, algo grandioso estava acontecendo.

Clarke estava cansada.

O motorista do Uber ofereceu chicletes e água, Anya aceitou os dois. Mas, Lexa?! Lexa olhava para a cidade como se no final do dia, tudo fosse virar pó.

Clarke estava com medo.

Pairava sobre a cabeça das duas, uma solução drástica e determinante que colocaria um fim em toda essa história.

Talvez fosse a hora de levantar a bandeira branca e finalmente

render-se.


Murphy

Lésbicas malditas.

Não há um pingo de educação ou decência ou respeito em nenhuma delas.

É oficial. Essa é a pior semana da minha vida.

A casa está abarrotada de sapatas. Já não suporto mais as conversas nada discretas sobre pelos pubianos, clitóris e Kristen Stewart.

- AI QUE DELÍCIA CLARKE, EU VOU GOZAR CLARKE. - Os berros da médica eram completamente fora dos padrões de educação.

ELAS TINHAM UMA INSTINTO QUASE ANIMAL. E aparentemente uma necessidade extrema de compartilhar com todo o quarteirão que estavam batendo bife.

Depois de semanas de planejamento contínuo, estamos aqui, O DIA CHEGOU.

Hoje vamos inaugurar a loja de produtos eróticos. Não é só mais um sexshop.

É um culto. Uma religião.

Na última semana, Clarke e toda a corja lésbica, resolveram juntar suas xerecas em um só lugar. Fui carregado por uma correnteza e cá estou, tendo que viver debaixo do mesmo teto que elas. Tecnicamente não é o meu teto, é o de Octavia. Mas, pelo menos umas quatro vezes no ano, dividimos o mesmo ambiente por alguns meses, fazemos isso desde que nos conhecemos. Não é como se eu não tivesse o direito de impor algumas regras aqui.

Talvez seja nervosismo e a ansiedade pelo evento, isso está me deixando à flor da pele.

Acordei com grandes expectativas e olheiras profundas.

Dedico umas boas duas horas no banheiro, a higiene pessoal matinal é o que vai determinar o seu dia. Acredite!

Passo creme nas pernas, ao som de Cardi B e seu novo álbum super pornográfico. Passo outro creme para prevenir as estrias, um creme antirrugas, e um para as mãos com cheirinho de morangos.

Fiquei com seu númeroWhere stories live. Discover now