5° Cap. - A Cura

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Eu sou mas o que sou ninguém se importa ou conhece,
Meus amigos desistiram de mim, como uma memória perdida.
Sou o consumidor das minhas próprias mágoas.
Elas ascendem e desaparecem em chão estéril,
como sombras em dores delirantes de um amor sufocado.
E ainda assim eu sou, eu vivo...

-Jonh Clare

(Klaus)

Subi para o quarto onde Hayley e Hope repousavam e as observei enquanto dormiam. Fiquei ali parado em silêncio tentando imaginar tudo o que elas haviam passado, pareciam tão frágeis e indefesas. Hope era surpreende, queria conhecer mais de sua personalidade a cada dia, nunca iria saciar a necessidade que o oco dos anos deixou em nossas vidas.

Quanta coisa havia perdido...Lamentei em pensamentos. Marcel pagaria por tudo, por cada instante que passei longe da minha família e pelos anos de tortura que pareciam infinitos na escuridão. Senti a raiva tomar conta mim e o lado negro que antes adormecido preencher minha alma outra vez, enquanto eu fechava a mão em punho para conter o ódio.

Nesse exato momento Hayley se remexeu na cama mas seu corpo aquietou se novamente, assim como sua respiração, deduzi que seus instintos híbridos a haviam alertado do perigo eminente.

Me aproximei mais e senti meus músculos relaxarem com a visão de serenidade que os seus rostos transmitiam, eram minha válvula de escape, eu as protegeria a todo custo, não havia dúvidas enquanto a isso. Essa parte da minha alma estava intacta.

Depositei um beijo suave no topo da cabeça de Hope, para não acorda la, depois meio em dúvida se deveria ou não, segui para a outro lado da cama onde Hayley estava e fiz o mesmo mas essa sorriu me fazendo dar um passo para trás cambaleando assustado enquanto praguejava ...merda!, e mais uma vez continuou com os olhos fechados, me deixando em dúvida sobre sua consciência. Melhor assim, pensei.

...

O dia amanheceu e então seguimos caminho para Mystic Falls, o clima no carro estava maçante muito diferente do dia anterior, todos estavam ansiosos pelos acontecimentos que viriam a seguir, mas o que me chamou atenção foi Hayley, seu olhar era distante, fixos através das janelas, não parava em um ponto específico só fitava o nada em completo transe de pensamento mas seu corpo rígido e suas batidas cardíacas aceleradas denunciavam sua aflição, e eu já desconfiava o motivo disso tudo.

-Então vai me falar qual é seu planinho ou vou ter que ficar pelos próximos quilômetros tentando tirar a força como espera coloca lo em prática? Lamento em te avisar querida, mas sei ser bem perspicaz com a tarefa de tirar informações a força de quem ousa me nega las. - Eu disse com um sorriso ameaçador nos lábios enquanto ela despertava do transe e revirava os olhos para mim.

- Eu sei que vou lamentar por longos e torturantes próximos anos de minha vida por um dia ter te despertado. - Ela disse fechando os olhos e juntando a mão em forma de prece. - Que tenham piedade de mim.

Eu não aguentei e soltei uma risada em uníssono com a de Hope que do banco de trás acompanhava atentamente a conversa.

- Deixemos as lamentações para uma outra hora, pequena loba. Estou mais interessado em salvar as vidas de meus irmãos no momento.

Hayley Ficou em silêncio um tempo, presumi que estava tentando organizar as informações antes de responder.

- Quando Lucien buscava a cura para a mordida de Lobo ele foi bem astuto na tarefa reunido Lobisomens de sete alcatéias diferentes, e foi muito longe para acha los, algumas eu presumia nem existir mais, Deep Water, Malraux, Asrock, Barry, Poldark, Pacsun e os Crescentes, mas ele os encontrou e utilizou o veneno de sete linhagens diferentes para produzir o soro. Partimos daí o pressuposto de que o ritual para criar um original conjunto com o Veneno de sete alcatéias diferentes resultou na aberração que Marcel se tornou. Oque é mais forte que um Vampiro Original?

Sempre e para SempreWhere stories live. Discover now