Sempre e para Sempre

11° Cap. - Como um Deus

Não importa a língua
O drama termina sempre 
da mesma maneira.

A cortina cai
em um palco enfeitado de corpos
e não há nada além do silêncio.
A morte detém todo o domínio.

- Penny Dreadful

(Hayley)

- Então essa é a fonte da inesgotável magia da qual tem causado alvoroço entre os bruxos e atraído atenção de  todos em New Orleans. - Vincent se pronunciou quando recuperou o fôlego.

- Vão dizer que não sabiam? - continuou ao perceber a cara de interrogação de todos presentes - Há alguém caçando crianças ...

- Disso já fomos informados - Klaus interrompeu com desdém.

- Mas pelo jeito não chegou a o conhecimento dos Mikaelson que seja lá oque essa coisa está procurando, está atrás dela. - O bruxo falou aprontando para a criança ruiva que pela primeira vez expressava uma cara de medo.

- Por que estariam atrás de uma criança?! - Perguntei com a voz trêmula.

- Sua filha foi alvo de uma profecia muito tempo atrás antes de nascer, vocês devem se lembrar, na qual ela daria o fim as bruxas. - os olhos do bruxo não se desviavam da pequena à sua frente - E agora aqui está ela para cumpri la.

- Esse alguém não deveria temê la então? Quero dizer, pelo seu imenso  poder. - Sua tia Freya indagou curiosa para Vicent, compreendendo melhor sobre o assunto.

- Exatamente! Seja lá quem for, quer o controle sobre os bruxos. Querem controla la, querem controlar todos e ter o acesso sobre seus poderes - Vincent pronunciava as palavras aflito como se tivesse acabado de presenciar algo aterrorizante - Os bruxos temem a punição dela sobre eles devido a profecia, à temem como temem à um Deus poderoso e a seguirão como um. Imaginem esse poder em mãos erradas.

Todos na sala engoliram a seco enquanto ouviam atentamente as palavras do Regente.

Troquei um olhar com o Klaus nesse momento, seus olhos azuis me transmitiam um tipo de horror do qual eu nunca havia visto antes ali, do qual eu também compartilhava.

- Protejam essa criança a todo custo e eu jurarei lealdade, mas não à vocês Vampiros mas sim a ela. - O Regente se abaixou para ficar na altura de Hope. - Se existe alguem capaz de trazer qualquer um dos mortos esse alguém é você pequena Bruxa, quando aprender a controlar seu poder poderá ter domínio de tudo a sua volta.

- Eu à ajudarei no que for preciso, terá livre acesso ao santuário. E você Freya pode ser incluída nesse acordo. - Anunciou Vicent antes de deixar a casa.

...

Klaus tinha acabado de colocar Hope para dormir quando o chamei.

- Klaus eu tenho algo para te mostrar, estava perdido entre a bagunça das malas por isso não o mostrei antes mas acabei encontrando, então... - Falei estendendo o álbum de fotografias em sua direção.

Klaus não expressou nenhuma palavra só se sentou na cama ao meu lado enquanto folheava as imagens da Filha brincando em um balanço, pintando algum desenho impossível de se decifrar, com as mãos todas sujas de tinta, no seu primeiro dia de escola da qual a pequena sorria vagarosamente ao lado de seus novos colegas de classe. - Klaus passava os dedos sobre cada imagem como se tentasse memoriza las ou viver cada momento congelado nas imagens, pude notar seus olhos marejarem um pouco o que me surpreendeu.

- Eu queria que ela tivesse uma infância normal como qualquer criança, pelo menos por um tempo, eu me sinto privilegiada por ter passado momentos maravilhosos ao lado dessa criança extraordinária que ela é, queria que tivesse tido a mesma oportunidade... - falei enquanto observava as fotos e recordava dos momentos e nesse mesmo instante minha mão esbarrou com a de Klaus que repousavam sobre as fotografias também. Com o simples toque uma corrente elétrica percorreu cada canto de meu corpo passando para o dele, então suas mãos lentamente subiram para meu rosto me fazendo encara lo. Seus olhos fitavam os meus em pleno desejo, nesse memento desviei o olhar para seus lábios perfeitamente desenhados, pareciam tão macios e convidativos e sem que eu percebesse meu rosto e o dele acompanhavam em sincronia perfeita o caminho para o toque de ambos os lábios.

Antes que as bocas se tocassem um grunhido de agonia veio do quarto ao lado onde Hope dormia, nos fazendo dar um pulo e correr até ela.
A pequena se rebatia na cama em sussurros de palavras desconexas.

- Querida acorde, é só um sonho... - Eu a aconcheguei em meus braços para desperta lá.

- Mãe? Estava tudo em chamas... - Hope abria os olhos apavorados num sussurro. - Havia uma tempestade. Eu fiz aquilo mas não pude controlar. Eu andava sobre corpos em chamas haviam rostos conhecidos no meio, mas as chamas não podiam me queimar pois meus pés não tocavam o chão como um tipo de .... - a voz de Hope falhou enquanto a pequena fechava os olhos ao lembrar do pesadelo.

Então ao meu lado Klaus num sussurro completou as palavras - Como um Deus...

OH! BLOODHELL!
Muitas revelações nesse Cap. Vem coisa quente por ai.

Aguardem os próximos. Obrigada para quem têm votado e comentado.

Bjs

Pequena Hope para vocês, olhem esses olhos...