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SÔNIA NARRANDO.

Eu errei com minha filha, agi por impulso e a julguei sem pensar, mas imaginem só você receber a notícia que sua bebê, sua princesinha matou um homem de uma forma muito cruel e fria, mas é claro que prefiro minha filha do que aquele traficante que a estuprou, me coloquei no lugar dela e entendi o seu lado, o pior de tudo foi que eu a fiz brigar com o homem que ela tanto ama, preciso me desculpar com ela e eu iria fazer isso, falei com meu chefe e ele me concebeu ferias, nesse momento estou dentro do avião rumo a São Paulo, vou atrás da minha pequena e assim que chegar na casa da minha irmã vou atrás da minha filha aonde ela estiver e vou pedir desculpas e claro que vou dizer para ela não cometer mais tal ato.

THAUANY NARRANDO.

Estou em frente à casa de Dan praticamente há 10 minutos e quem diz que eu tenho coragem de entrar, estou nervosa, como vai ser o encarar e não poder o tocar, mas eu preciso, ele cometeu tal erro e vai ter que aguentar as consequências. Respiro fundo e desço da moto, pego a chave e vou indo em direção a entrada, assim que chego perto dos seguranças eles abrem espaço para mim, bato na porta e logo Dan a abre trajado apenas com um samba canção, ele havia acabado de tomar banho, seu cabelo molhado e alguns pingos d'água descendo sobre seu abdômen denunciava isso, seu perfume amadeirado alcançou minhas narinas e eu fechei os olhos respirando fundo novamente.

Se controla Thauany, se controla.

Ele abriu espaço para eu entrar e assim fiz, sem mais delongas subi diretamente para o quarto, havia uma blusa minha em cima de sua cama, acredito que ele estava dormindo cheirando a mesma, peguei uma bolsa minha que havia dentro do guarda roupa e comecei a colocar minhas roupas dentro, a cada roupa colocada era um aperto no coração, assim que terminei me virei para sair e Dan se encontrava encostado na porta apenas me observando, fiz menção em passar na porta mas ele me impediu.

Thau: Não complica por favor - Falei quase em um sussurro e abaixei minha cabeça, não queria encará-lo, seus olhos, seus lábios me fariam perder totalmente o controle.

Dan: Não faz isso - Tocou meus braços delicadamente e eu fechei os olhos em seguida.

Thau: É necessário - Abri meus olhos e decidi encará-lo, seus olhos estavam marejados e os meus no mesmo instante estavam do mesmo estado que os dele - Você feriu meu coração- Uma lágrima escorreu do meu rosto - Você não soube escolher Daniel - Falei em um tom alto - Não soube escolher se quem você preferiria vivo era eu ou um traficante que me estuprou - Gritei deixando a bolsa cair no chão - E naquele momento eu deixei de acreditar que você tinha o sentimento que você disse ter por mim, porque Daniel? - Comecei a esmurrar seu peito - Porque? - Esmurrei mais forte e ele gemeu de dor segurando meus pulsos em seguida.

Dan: Me perdoa, eu estava nervoso, eu... eu falei sem pensar. - Soltou meus pulsos colocando suas mãos em meu rosto, fitando meus olhos.

Thau: E esse foi seu maior erro, infelizmente - Coloquei sua mão por cima da minha e em seguida a segurei e tirei do meu rosto. - Não vou dizer que eu não vou sentir sua falta porque eu vou, não vou dizer que eu vou deixar de gostar de você porque eu não vou, meu sentimento por você e muito intenso para acabar assim, se toda vez que você errar eu te perdoar, você vai se acostumar e toda vez você agir sem pensar você vai me machucar e é capaz do meu sentimento acabar e eu não quero isso, nós precisamos reparar nossos erros e eu espero que você repare o seu. Isso não é um Adeus é somente um até logo. - Ele ouviu cada palavra dita atentamente e pareceu pensar, uma lágrima escorreu de seu rosto e eu passei o polegar limpando a mesma -

Dan: Deixa eu te pedir uma coisa? - Fiquei com receio mas assenti com a cabeça - Me dá um beijo, só um - Pediu se aproximando de mim devagar, apenas assenti, senti suas mãos sobre minha cintura dando uma leve apertada na mesma, respirei fundo e levei minhas mãos sobre sua nunca aproximando nossos rostos, rocei meus lábios nos dele e fechei meus olhos, logo senti sua língua adentrar minha boca e ir de encontro com a minha, nosso beijo era uma mistura de saudade e carinho, nossas bocas se movimentavam lentamente na mesma intensidade que nossas línguas se encontravam, chupei sua língua e ele sorriu entre o beijo puxando meu lábio inferior em seguida, depois de alguns minutos, paramos o beijos por falta de ar com um selinho demorado, abri meus olhos e ele estava com seu melhor sorriso no rosto, retribui o mesmo, e contra minha vontade me afastei dele, peguei minha bolsa no chão e fui em direção a sala, Dan me seguiu e abriu a porta para mim, me virei para ele e respirei fundo.

Thau: Até logo - Ele se aproximou e selou nossos lábios demoradamente.

Dan: Até logo - Me virei para sair e em seguida ele me chamou - Morena - Parei e o olhei - Eu não vou desistir de te ter novamente ao meu lado, vou lutar por você pode apostar - Soou confiante, eu apenas sorri e fui em direção a minha moto, subi na mesma e pus a bolsa no guidon, meu coração estava partido. Precisava descontrair e só uma coisa me relaxava. Lutar. Subi com tudo para o galpão e assim que adentrei ele, coloquei um par de luvas e comecei a dar socos no boneco que havia alí.

XXXX: Ora ora ora, quem temos aqui - Me virei e ví Bruno amigo do Boy, ele quem quer se vingar de mim, tirei as luvas rapidamente e me aproximei do mesmo - Foi mais fácil do que eu imaginei - Tirou sua arma e apontou em minha direção.

Thau: Não sabe vir na mão não? - Debochei e ele jogou a arma no chão se aproximando furiosamente de mim, fechei meu punho e dei um murro pegando em cheio no seu rosto, ele logo revidou e senti meu nariz arder, girei um chute e acertei sua costela ouvindo em seguida seu grunhido de dor, sorri satisfeita e fui para dar outro chute no mesmo e ele segurou minha perna e me deu um bandão fazendo eu cair no chão e bater minhas costas com tudo, ele subiu em cima de mim e começou a esmurra meu rosto, já sentia o gosto de sangue na boca, com muita garra inverti a posição e fiquei por cima, comecei a esmurrar seu abdômen o fazendo ficar com falta de ar em alguns instantes, ele puxou fôlego e ficou novamente por cima e dessa vez batia em meu peito, minhas costelas e meu rosto alternadamente, logo fui sentindo uma leveza e fui ficando fora de mim, coloquei minha mão em meu rosto para me defender, tentei pedir ao menos socorro mais foi uma tentativa falha, ouvi um barulho agudo de tiro e em seguida apaguei.

- Eita, e agora gente o que será que aconteceu?

-Vou deixar vocês curiosos até domingo.

- Gostaram do capítulo? Alguma sugestão?

- Mil beijos meus amores e muito obrigado a todas que comentaram e deram alguma ideia, não sabem o quanto fiquei feliz de ver vocês comentando.

- VOTEM.

A Patricinha, O Traficante e a Vingança ΨWhere stories live. Discover now