Episódio 4.

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Montanha do pensamento, 15h — Isso é um encontro?!

Como combinado, Louis fora encontrar Harry na frente do bar de seu tio. O rapaz estava encostado na van da banda com uma pose típica de alguém que sabia o efeito que causava nas pessoas. Se Harry fosse um bocado mais amargo, ele pareceria bastante com o John Bender, de O clube dos cinco. Louis não sabia se era proposital ou não, mas o jeito que estava vestido bem que lembrava o adolescente clássico dos anos 80. Xadrez, jeans, o cabelo meio liso, meio ondulado e um sorriso de canto charmoso e perigoso. Era bem o tipo de cara que Louis gostava, e quase nunca teve.

Harry dirigiu em silêncio – não exatamente, ele ficou cantando baixinho, e se odiando por isso, Louis tinha colocado na rádio pop – até os limites da pequena cidade e parou na beira da estrada. Louis ia zoar dizendo para Harry que ele não queria morrer hoje ou algo assim, mas viu que teria que subira elevação de terra, o que daria um trabalhinho, mesmo não sendo tão alta. O rapaz mais velho o ajudou vez ou outra, rindo da sua falta de coordenação. Quando chegaram ao topo, Louis arregalou os olhos. I'm on top of the world, 'ay, sua cabeça logo associou o momento à música.

— Uau, olha essa vista.

— Bem vindo à montanha do pensamento. — Harry disse enquanto estendia um pano vermelho, enorme e velho sobre o solo. Aparentemente, ele tinha uma sacola com apetrechos. — Eu adorava vir pra cá quando era pequeno. Quando tudo lá embaixo se tornava chato demais, eu gostava de ficar aqui aprendendo cifras e cantando.

— Tudo bem, dessa surpresa eu gostei — Louis admitiu olhando mais uma vez para o céu azul claro com nuvens deformadas pintadas nele, e então indo juntar-se ao rapaz. —, esse lugar tem uma vibe ótima, parece um portal para um mundo novo.

— Também sempre achei isso, tudo aqui parece mais simples. — Styles parecia encantado. — Passa um pássaro ou outro pelo céu, o ar parece mais puro, quase não tem barulho nenhum e tem uma bela vista, e você nem imagina o quão lindo é o pôr do sol visto daqui.

— Você gosta dessas coisas, yeh?

— Eu amo! Gosto de apreciar as coisas pequenas e bonitas da vida, como você.

— Você se supera à cada segundo com seus flertes.

— Sabe por que eu te trouxe aqui? — Louis tinha pegado uma uva da embalagem transparente que Harry trouxera, então só gesticulou para que ele continuasse. —Porque esse é o meu lugar favorito na cidade, acho que compus minhas melhores músicas sentado bem aqui, é onde mais me sinto verdadeiro comigo mesmo. Ontem foi legal, maravilhoso descreveria melhor, mas eu achei que você merecia mais do que aquele Harry de uma noite, o que não significa que eu vou te pedir em casamento, pelo amor de Deus.

— Eu estava com tantas esperanças! — Respondeu rindo. — Eu gostei disso. Eu sabia que você ia me surpreender. — Harry sorriu bobo, mordendo um pouco de seu lábio inferior. — Okay, sem pedidos de casamento, mas... Isso é um encontro?

— Claro, eu te trouxe de carro e tem comida, é um encontro. Nós vamos falar sobre o sol e as estrelas e então você vai me achar inteligente e culto e vai me beijar.

— Cara, eu te beijei depois de você descrever a minha bunda ontem à noite acha mesmo que eu sou esse poço de exigências? — Harry riu e Louis ficou se perguntando se já tinha ouvido uma risada gostosa como essa antes. Além de seus irmãozinhos, provavelmente não.

— Nem preciso me esforçar para te impressionar, é isso?

— Você me impressionou cantando, quando falou sobre o seu estilo de vida, me trazendo aqui... Talvez não precise mesmo se esforçar, só basta ser quem é. Eu gostei de você. Se quer saber, eu gostei de você porque você não teve medo de vir falar comigo, medo de mostrar interesse, de ser o primeiro à ligar... De falar besteira, de falar o quer, sabe? Eu odeio joguinhos e gente fingida.

White Skimo || Larry Stylinson.Where stories live. Discover now