O Diário de Jade

7° O que tem lá no fundo

Estou no meu quarto onde a horas atrás comecei a imprimir fotos para montar o meu mural.

No meio dessas fotos me deparo com a foto que tirei a semanas atrás nos meus primeiros dias aqui , tal fotografia que tem a imagem do menino e seu cachorro brincando só que ao reparar novamente no menino da foto e em como ele tem um sorriso encantador algo me veio na memória , ele era o menino da aula de teatro.

O menino que foi gentil comigo e que continha o sorriso meigo e doce que fazia com que minhas pernas ficassem bambas, menino esse que nunca teria olhos para mim.

Mais se ele é o meu vizinho porque eu não o vi mais depois daquele dia , provavelmente ele não é meu vizinho ele deveria esta de visita na casa de alguém e eu estou aqui pensando na possibilidade de ter ele como vizinho.

Resolvi desistir desse assunto , ele não deve mais quere vir falar comigo mesmo então não tenho com o que me preocupar.

Pego meu computador e começo a tentar escrever algumas idéias perto texto da peça e depois acabo por dormir.

***

- jade, vem cá - ouço uma voz e não consigo ver quem é o dono dela.

- vem logo jade - sigo em frente e então percebo que e Gustavo quem esta me chamando e ao olhar o redor estou no teatro do colégio.

- vem - ele segura em me pulso e me puxa em direção ao palco.

Quando chego lá em cima percebo que o teatro esta lotado e quando viro em direção a Gustavo para perguntar o que esta acontecendo em seu lugar vejo Alice e suas amigas com aquele seu olhar e sorriso irônico.

- ESTRANHA - ela grita e todos riem.

- como é mesmo seu nome ? Ha é ja- ja- jade - ela imita um gagueira e todos continuam rindo junto com ela.

- não vai falar nada gaguinha - continuo parada trocando meu olhar que hora a encara outra hora encara a platéia.

- vai fala pra gente - ela insiste.

- fala pra gente como foi ter matado a sua mãe -

Estou tremendo , suor e espasmos se espalham pelo meu corpo respiro ofegante tentando me acalmar e quando minha respiração começa a se normaliza percebo que tudo não passou de um pesadelo.

Um soluço sai dos meus lábios e o choro compulsivo toma conta de mim e não o contenho deixo por para fora tudo que esta dentro de mim.

O choro cessa aos poucos então me preparo para mais um dia, tomo um banho demorado tentando relaxar e desco para o café.

Minha tia esta a mesa e quando me vê abre um sorriso e me comprimenta a respondo e vou tomar meu café sem dizer mais nada e ela pareceu que não estou afim de conversa, depois que termino o café me dirijo ao colégio me preparando para mais um dia.