Ah, O Acaso

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Das flores mais lindas, encontrei

você. Dos pequenos gestos, os seus me

encantaram

A muito o que caminhar, a muito o que

percorrer

Mas se estiver contigo não devo

temer

Porque o bem vence qualquer

barreira

Ao teu lado nada pode me deter.

– Guilherme Sarate

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Algumas semanas se passaram depois da festa, depois da briga, depois do beijo. Os dois mal se falavam, apenas o essencial: bom dia, boa tarde, boa noite, e Estêvão não estava gostando nada daquilo, mas respeitou a decisão dela, porém não iria abrir mão dela assim tão fácil, para ele, ela era a mulher perfeita, aliás, tinha um pequeno defeito: era casada.

Estêvão ainda não tinha encontrado alguma coisa para fazer, algum trabalho, mas não ia desistir, porque ficar naquela casa o dia todo era agoniante. Cecília praticamente o proibiu de vender seus doces no sinal, disse que isso poderia prejudicar a reputação da família. Nesse seu período de "férias", ele levou Aninha em alguns lugares que provavelmente nunca levaria se estivesse na condição financeira de antes, e ela, é claro, adorou. Ah, Aninha e Maria ficavam mais amigas cada dia que passava.

— Senhor San Roman? – Uma empregada se aproximou dele, ainda não se acostumara com tanta formalidade para com ele.

— Oi. – A fitou.

— Tem uma senhorita que deseja falar com o senhor, seu nome é Bárbara.

— Babi! – Se entusiasmou. – Peça pra ela entrar por favor.

— Sim senhor, com licença.

A empregada se retirou, e após alguns segundos voltou acompanhada de Babi.

— Babi! – Abraçou a amiga. – Que bom te ver aqui!

— Oi Teb, tive que vir até aqui te ver, já que você esqueceu a gente!

— Claro que não Babi! Senta aí. – Eles se sentaram um de frente para o outro.

— Os senhores desejam alguma coisa? – Perguntou a empregada.

— Eu não. Quer alguma coisa Babi?

— Um suco?

— Algum sabor em especial senhorita?

— Abacaxi?

— Sim senhorita, já trago. – Se retirou.

— Teb, isso aqui é melhor que eu pensava, o serviço é express! – Disse admirada.

— Sim Babi – sorriu – ainda estou me acostumando com tanta mordomia.

— Senhorita, aqui está o seu suco. – O entregou a Babi e se retirou.

— Ual – toma um gole de suco – Teb, meus parabéns, a vida de deu um presente e tanto!

— É né, quem podia imaginar que meu pai era um ricaço, e que eu iria ficar com todos os bens dele. Mas, aconteceu alguma coisa, eu não te esperava por aqui.

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