Acordei na manhã seguinte com uma tremenda dor de cabeça, e ao olhar para cima daquilo que parecia ser uma barraca de acampamento onde me encontrava tudo parecia girar. A sensação de enjôo era desconfortante e só fazia tudo piorar mais.
Eu notei que estava deitado com a cabeça por cima de um braço, então olhei para o lado e vi o Daniel que dormia pesado. Aquele rosto era a coisa mais linda que eu conhecia nessa vida. Em seguida, cenas da noite passada começaram a vir em minha mente, enquanto eu olhava para aquele homem dormindo do meu lado.
De fato, eu me sentia arrependido com o que ele e eu fizemos, pois eu sabia dos sentimentos verdadeiros dele para comigo, e do quão ainda me encontrava perturbado com os acontecimentos passados, com a tragédia que vivenciei ao lado do meu filho Diego.
A sensação de ter usado ele me veio à tona imediatamente, mas por outro lado, era como se eu realmente estivesse gostando dele, de uma outra forma, talvez. E já que eu sou um cara teimoso mesmo, eu comecei a acariciar o seu rosto, passando a minha mão levemente por sua barba quase feita, e milhares de pensamentos me atingiam àquele instante, sem saber se o que fazia era certo ou não, mas eu não me importava muito, e eu só não queria dar algum tipo de falsa esperança para ele.
Quando recordei as coisas que fizemos na noite passada, abri um pequeno sorriso safado. Comecei a descer suavemente a minha mão pelo seu peitoral, descendo para o seu abdômen, acariciando aqueles músculos rígidos, então eu fiquei um pouco mais atrevido com as minhas investidas enquanto aquele homem dormia e desci mais a minha mão até o seu pau, por cima de sua cueca preta. Eu acariciava levemente, lentamente, suavemente, até que vi um sorriso se abrir daquela boca masculina.
– Meu Sargento não se cansa mesmo, não é? — Disse ele, ainda de olhos fechados, sorrindo para mim.
– É difícil se cansar quando se tem um homão desse insistindo tanto. — Tá, eu havia exagerado nas palavras, mas queria saber onde àquilo ia dar.
– Acordou romântico hoje, Marcelo? Isso é real ou eu tô sonhando? — Ele falava, agora de olhos abertos, com um sorriso lindo no rosto.
– É real sim rapaz, mas vamos parar por aqui mesmo, certo? Precisamos voltar logo para a cidade e ir para o quartel. O treinamento dos aspirantes à oficial e cabo ainda não acabou. — Afirmei sério, me levantando dentro daquela barraca.
– Calma Sargento, ainda temos o dia todo pela frente. Fica aqui comigo mais um pouco. — Respondeu ele, segurando a minha mão em seguida.
– Sério Daniel. E também, pare de me chamar de Sargento quando estivermos fora do quartel. Eu já te pedi muito.
– Tudo bem, Marcelo. Você vive insistindo nisso, mas te chamar assim me excita sabia? Sargento, meu sargento. — Ele falava com a cara mais safada do mundo.
Enquanto ouvia tudo aquilo, de costas para ele que ainda estava deitado e eu estava olhando para a saída da barraca, ele se levantou rápido e me abraçou por trás, me cheirando todo e acariciando o meu abdômen e peito. Confesso que aquilo me excitou de verdade e senti um arrepio tremendo começando das panturrilhas e indo parar em minha cabeça, quando senti o pau duro dele se esfregando nas minhas costas.
Não resisti àquele momento, àquele homem e acabei me rendendo. O tesão era tão forte que me virei muito rápido e o beijei ferozmente, as nossas mãos dançavam freneticamente por nossos corpos inteiros, nos acariciando e nos beijando quase que sem parar para respirar.
– Por que você faz isso comigo, Daniel? — Falei, quase em sussurros.
– Já te disse; eu quero você Marcelo. Quero você para mim. — Aquela resposta era como uma tortura muito boa de se ouvir e se sentir.
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Roman d'amour(EM ANDAMENTO) Uma grande perda para mim, a morte havia levado minha mulher e o meu segundo filho que nem chegara a nascer. Me encontro perturbado e quase desistindo de tudo, de viver, mas o meu primeiro filho, o Diego sempre esteve alí, bem do meu...