A Escola de Princesas 2

3-A Decisão

Pov's Bella

– A senhora sabia, que eu estava comprometida a um cara desde que eu nasci e nunca me falou nada! – exclamei incrédula – Eu achei que podia confiar em você!

– Tudo o que eu fiz, foi pra proteger você – afirmou mamãe.

– Bella, tenta entender o lado da sua mãe – pediu papai – Toda a vez que ela vai fazer algo, ela nunca pensa em si mesma, mas em questão para ajudar os outros.

– Mas a Tia Elsa é poderosa! Ela não pode derrotar ele? – questionou Stoico.

Mamãe abaixou o olhar, o que me fez franzir a testa confusa.

– Não – respondeu meu pai – Mas isso não vai impedir que lutemos.

Arregalei os olhos incrédula.

– Não pai! Não podemos fazer essa escola e nossa família sofrer novamente por causa da família Black! – exclamei.

– O cara te deu dois dias para aceitar ou não o pedido – alertou Ali – Temos dois dias para pensar em um jeito para derrotá-lo.

Suspirei.

– Tudo bem, pensem em qualquer coisa – pedi – Eu não posso me casar com ele.

– Você devia aceitar a proposta do Black – comentou Kate marota – Pelo menos você vai desencalhar.

Abri a boca indignada.

As minhas amigas avançaram, mas foi foram seguradas, exceto Raynara, que deu um soco na cara da Hudson.

– CACHORRA! – xingou Ray irritada.

– Chega gente! – pediu Tia Seeylfe rindo – Desculpa, mas ela mereceu.

— Seeylfe! – repreenderam os demais adultos.

Suspirei.

(...)

Dois dias depois...

Em poucas horas, Robert voltaria para saber a minha resposta.

Estávamos aflitos e desesperados. Nem Tio Soluço, que era o cara mais inteligente que eu conhecia, não conseguia pensar num plano para me salvar.

Meu pai disse que só há uma forma: Guerra.

Guerra contra outro bruxo? Da última vez que isso aconteceu, muita gente sofreu, morreu (mas foi trazido de volta). A guerra contra Breu trouxe várias consequências. Imagina uma guerra contra Robert?

Eu não queria que meus amigos sofressem, como nossos pais sofreram. E se eu perdesse alguém na batalha? Eu não iria suportar, a culpa me cercaria sem piedade.

Só tinha uma pessoa, que eu podia desabafar num momento como esse.

Adentrei a sala vendo que a aula de dança já tinha terminado.

Tia Aline.

– Muito bem pessoal! Por hoje é só! – declarou ela – Até semana que vem!

Ela pôs os olhos em mim.

– Oi Bella – sorriu ao me ver.

Sorri envergonhada.

– Posso conversar com a senhora? – perguntei.

– Claro! Venha! – pediu.

Me aproximei enquanto soltava um suspiro.

— Tia, eu não sei o que fazer em relação a Robert – confessei – A senhora, que foi a amaldiçoada antes da minha mãe, queria saber sua opinião.

Ela suspirou.

– Bella, quando eu soube que eu seria obrigada a casar com o Breu, eu entrei em pânico – explicou – Mas aí seu pai fez eu e o William nos aproximarmos, então nos apaixonamos. Fiquei livre da maldição e não contei pra Elsa, mas depois de tudo o que eu a via passar: A solidão, a tortura, o desespero, as visões... Tudo isso era pra mim e eu fui egoísta. Se eu pudesse, voltaria atrás e aceitaria o pedido do Breu, para ter poupado sua mãe, de todo aquele sofrimento.

Sorri minimamente.

– Obrigada tia – agradeci.

(...)

Uma nuvem negra surgiu no meio da sala e logo ela se transformou no Black.

– Então, qual é a sua decisão? – questionou Robert.

– Eu decidi que...

Encarei cada um ali presente, principalmente minha mãe.

Me voltei pra Robert.

– Eu aceito me casar com você – respondi.

Ouvi todos soltarem sons de espantos.

– Gritos em 3... 2... 1... – contou Sophie.