Capítulo 4

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Oi pessoal, olha quem resolveu aparecer de supetão... Brooke e Kevin rsrsrs. 

Final de semana parado pede um capítulo neh? Então meu presente para animar vocês e claro, para me animar também. 

Boa leitura :) 



CAPÍTULO 4

Brooke acordou com uma forte dor de cabeça, olhou ao redor do quarto e viu seu celular sobre o criado mudo. Ela não o tinha colado para carregar, então, assim ela o fez.

Suas pernas doeram ao caminhar, devido ao dia anterior ser bem ativo. Memórias de todo um dia de merda rodeavam a mente de Brooke. Só então ela começou a encaixar os fatos e os pequenos flashes do ataque, fez seu corpo arrepiar-se e pensamentos desconexos surgirem. Como Kevin estava naquele lugar? Teria ele arquitetado todo aquele show para ele sair como herói? Porque ela se lembrava muito bem dele falar claramente o nome do homem que a atacou. Era algo insano de imaginar.

— Droga, a minha vida não para de ter drama e eu ainda não tenho um maldito emprego! — resmungou para ela mesma. O estômago começou a roncar e após um longo banho, Brooke, receosamente, abriu a porta do seu quarto, dando de cara com Beth.

— Deus, você me assustou! — Levou a mão até o lado esquerdo do peito.

— Desculpe, senhori... Brooke. Desculpe-me, Brooke — Beth corrigiu-se rapidamente sob o olhar da jovem que depois lhe sorriu.

— Bom dia Beth, não tem problema. Eu só estava com medo de dar de cara com alguém desagradável — confessou em um sussurro.

— Não se preocupe, a senhora Grace hoje irá passar o dia fora com o seu... — Beth ficou inquieta.

— Victório! — adiantou Brooke. Ela detestava que as pessoas se referiam a ele como seu pai, deveriam referir-se como genitor, porque ele nada mais foi do que isso. Um doador de esperma e uma sombra e projeto falho na tentativa de ser pai. Um pai de verdade cuida, ama, protege... Victório apenas contribuiu para que ela viesse ao mundo.

— Sim, de qualquer modo, hoje ele tem fisioterapia, fonoaudióloga e alguns exames. Hoje é o dia em que chegam muito tarde, somente o menino Kevin está em casa.

Brooke lembrou-se vagamente de como viu Victório noite passada. Ele estava muito debilitado, ela não se demorou em reparar muito, porém ele a olhava com intensidade, os olhos estavam fixos nela. O que havia acontecido com ele? Foi por isso então que ele não havia ido ao seu encontro?

Era estranho não sentir nada, nenhum sentimento. Nem pena, compaixão, afeto... Ela não se emocionava, não se abatia. Estava oca, fria por dentro. Tanto tempo sozinha ela aprendeu apenas a cuidar de seus sentimentos, fechando-se para os demais. Algo egoísta, mas foi a maneira a qual ela se viu protegida.

— Tudo bem, então eu acho que posso tomar um café tranquila. Estou morrendo de fome, Beth — confessou.

Beth sorriu e as duas caminharam para a cozinha, onde um belo café da manhã estava posto para a jovem.

Brooke comeu o suficiente para saciar-se, levantou-se e pegou uma maçã. Seu corpo estava muito dolorido, sua cabeça uma bagunça, que ela sequer queria por em ordem, por hora. Aproveitaria que não havia ninguém e mataria a saudade da estufa que ela tanto amava.

Caminhou pelo jardim, deixando a leve brisa soprar em seu rosto, o cheiro das flores era surpreendente e invadiram suas narinas, levando-a diretamente ao passado. Ao caminhar, ela reparava atentamente nas flores, que estavam tão bem cuidadas, que por um momento ela desejou que fosse sua mãe a cuidá-las, que em alguns minutos ela iria aparecer por entre as macieiras ao fundo e correr graciosamente em sua direção. Mas infelizmente isso era apenas um desejo, onde ela sempre o empurrava para longe.

DEPENDENTES - DEGUSTAÇÃO - COMPLETO ATÉ 11/09Where stories live. Discover now