Uma listra é o fim

Mortos nunca estão realmente... mortos

*parte 1*

Eu estava errada sobre nada poder não sair como o esperado em uma formatura de 9º ano. Assim que saímos pela porta dos fundos, pulamos o muro da casa de Marcelo e o muro de seu vizinho, para que inimigos não notassem. Pois bem, nos encontramos em uma enrascada, eles preveram tudo! Cinco homens e duas mulheres nos cercavam rapidamente, eles recitavam algum tipo de feitiço talvez, á medida que eles terminavam o discurso aos sussurros eu menos conseguia me mover. 

- Sal! Faça alguma coisa, concentre-se em seus poderes! Imagine uma barreira de proteção! RÁPIDO!!!

- COMO FAÇO ISSO?!? 

Leslie caiu ao meu lado, eu esperava que não estivesse morta. Tentei fazer o que ela mandara, mas nunca usei meus poderes assim antes. Meus músculos estavam enrijecendo, não conseguia mais me mover. Comecei a imaginar um barreira de fogo roxo crepitando ao nosso redor. Uma cúpula mágica e impenetrável, fechei meus olhos. Os inimigos me observavam ainda recitando palavras desconhecidas eles temiam que dominasse a barreira antes do fim do discurso! Isso deveria significar que fazia certo. 

Derrepente, o círculo de fogo estava ao nossos redor! Uma cúpula de proteção, meu corpo obedecia aos comandos. Eu andava em direção ao inimigo. A cúpula me envolvia. 

Imaginei aquela barreira se dividindo em duas. Uma para Leslie e uma para mim. Avancei decidida até os inimigos eles recuavam não mais recitando o feitiço, perplexos.

Imaginei fogo em minhas mãos, e ele apareceu. Olhei para um dos inimigos à minha frente, ele tinha o rosto pálido e ossudo, presas enormes e ressaltadas! Mas não como as de Marcelo, as dele eram apavorantes. Joguei uma bola de fogo nele, errei o alvo mas acertei a mulher o seu lado, também ossuda, tinha o mesmo cabelo desgrenhado e branco que ele, sua feições eram muito semelhantes, olhos pequenos, altos. Mas ambos tinham uma beleza dark impressionante. Minha mira não era muito boa, talvez imaginar fosse mais fácil e seguro para mim. Me agachei no chão, toquei a grama, senti sua textura e o orvalho. Pensei em um terremoto que apenas afetasse a eles ou algo que os jogasse para trás. 

Funcionou, os cinco estavam caídos, fiz movimentos no ar jogando cada um deles no muro. Cheguei mais perto, não tinha percebido ainda aquelas chamas roxas que envolviam minha pele. Os inimigos estavam conscientes mas... petrificados. 

- O que querem de mim?!?

Um dos cinco homens se levantou, pondo no lugar os ossos quebrados. 

- Queremos que seja nossa rainha, senhorita. No entanto... vossa majestade não pode reinar ao lado dele! Aquele impuro. 

- De quem esta falando?

A outra mulher relativamente gorda se comparada a ossuda, me fitava com desgosto. 

- Se me permite Peter, quero responder as perguntas dela. 

Ele assentiu e ela prosseguiu.   

- Falamos do garoto prometido a você! Aquele que você conhece pelo nome de Marcelo. Ele é filho de um metamorfo. O único que restou da espécie, não é de confiança. Ele não a ama! Ele... é um IMPURO!

- Marcelo? Ele não é assim! Ele... teve muitos problemas no passado, com a família, com amigos e para se adaptar a uma nova escola. 

- Ele não é quem pensa que é, vossa majestade. Você já deve ter encontrado algum objeto na casa dele entalhado "Só para a realeza MLRFG", não encontrou?

Essa mulher sabe alguma coisa! Preciso que me conte, e sei um método muito convincente. Imaginei os sete inimigos trancados em jaulas de fogo roxo reforçadas com verbena e pó da pedra da lua, algumas séries minhas me ensinaram que verbena faz mal para vampiros e pedra da lua é maléfica a lobisomens. Quando olhei para eles, todos estavam como o previsto, presos!