Capítulo 23

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Exatamente como havia dito, dois dias depois Eve estava indo embora para a Espanha para uma nova sessão de fotos. Eu estava decidida a ir embora dias atrás, mas depois da noite em que conversei com a mãe de Nick e percebi que ela realmente não estava bem, percebi que não poderíamos partir. Eu não me perdoaria se acontecesse algo com ela e seu filho não estivesse por perto. Depois de levar Evelyn para o aeroporto, voltamos para casa e agora estávamos jogando um jogo de tabuleiro.

- Você roubou - Benjamin gritou a plenos pulmões, estapeando o chão.

- Seja um bom perdedor, fedelho - Adam resmungou e Derek estava posicionado para intervir caso houvesse uma luta livre ali.

- Não é justo, você ganha todas - fiz bico em direção a Nicholas.

- Diga olá para o mestre dos jogos de tabuleiro - ele se gabou, me proporcionando um sorriso de lado perfeito.

- Se estivéssemos jogando cartas como eu havia proposto, vocês seriam história - disse Arthur, tedioso.

- Eu chutaria esse seu traseiro gordo - Victor provocou e deu um tapa na cabeça de Arthur e logo uma perseguição começou. Adam começou a rir e levantou-se para juntar-se aos irmãos.

- Vocês nunca param de brigar? - questionei, rindo.

- Claro que sim - Nick respondeu, juntando o jogo e colocando em sua caixa.

- É verdade, às vezes nós dormimos - Derek falou e eu não consegui segurar uma gargalhada. Eu realmente estava me sentindo em casa com esses homens Sullivan.

- Somos homens, está em nossos instintos mais primitivos - Lucas falou - Sabe, sermos agressivos.

Arqueei uma sobrancelha em sua direção e sorri.

- Arthur, pare de apertar o pescoço do seu irmão - uma voz soou da porta e apesar de ser baixa, foi claramente ouvida pois houve silêncio logo após em que foi proferida. Olhamos em direção a porta e ali estava Luíza, parecendo bem melhor do que a última vez que a havia visto.

- Mamãe - Nick falou e colocou-se prontamente de pé - o que está fazendo em pé? Não deveria... - logo ele estava o seu lado.

- Eu estou bem, meu filho - ela bagunçou o cabelo de Nick e bateu em sua bochechas duas vezes levemente como se ele ainda fosse um garoto e não um homem formado... e muito bem formado. Luíza se sentou no sofá e todos seus filhos a rodearam, preocupados com seu estado de saúde, se ela realmente estava bem ficando fora da cama. Era algo realmente bonito de se ver e o amor entre eles era quase palpável.

Quando a noite chegou, a mãe dos rapazes estava no auge de suas forças e fez questão de que nós duas fizéssemos o jantar, apesar de todas as nossas tentativas de fazê-la mudar de ideia.

- A senhora tem muita sorte - comentei enquanto cortava o tomate para a salada - tem filhos maravilhosos.

- Eu tenho, não é? - ela falava de um modo em que seu orgulho ficava evidente - Quando crianças eram intratáveis e brigavam mais do que você viu aqui, porém, estão se tornando homens corretos e doces. Você tem irmãos?

- Sim, tenho um irmão e uma irmã - falei - são ótimos irmãos, mas sempre fomos muito quietos e nada de brigas.

- Oh, então vocês deram sorte.

- Não sei dizer, acho que as brigas é que faz a família parecer mais real - falei, colocando o tomate picado em uma tigela - eu gostaria de ficar aqui por mais tempo.

- Bem, eu tenho seis filhos solteiros - ela me deu um sorriso radiante e não passou despercebido que ela não contou Nick, mas algo em seu semblante me mostrou que o estava adicionando, pelo menos em sua cabeça.

ღ Um Namorado por EncomendaOnde histórias criam vida. Descubra agora