Highway To Hell

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Nem tenho mais ideia do que eu acabei de escrever 😶😝

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Mentalmente ele se perguntou por que deuses ele tinha aceitado o convite de Hoseok. Ele estava parado na frente da porta do dormitório, pensando se aquela fora uma boa ideia. Eles ainda eram universitários e residentes. Suspirou e levantou o punho para bater mas antes que pudesse fazer isso, a porta se abriu, revelando um Taehyung apenas de cueca, deixando todo o resto exposto ao vento frio do corredor. Arqueou uma sobrancelha e puxou logo Yoongi pelo braço para dentro, para onde existia apenas bagunça. As camas só podiam ser achadas pelas pernas das mesmas, a única parte visível porque o resto estava coberto por roupas, todas amassadas e em bolas. A maior parte era tudo roupa suja.

As mesas estavam inundadas de papéis e pastas, tudo um por cima do outro. Havia também bolinhas de papel, camisinhas, roupas e cadernos abertos jogados pelo chão. Hoseok estava em cima da cama, de pernas cruzadas e fones de ouvidos e balançando a cabeça, de olhos fechados. Havia um lápis em sua mão e ele tocava no ar, uma bateria invisível. O livro aberto à sua frente havia sido esquecido com certeza. Assim como Taehyung, ele estava apenas de cueca. A música estourava para fora dos fones de ouvidos e Yoongi reconheceu logo de cara; Highway to hell. Até que ele tem bom gosto pra música. Vasculhou o quarto à procura de um lugar vazio onde pudesse sentar e logo tomou a cadeira cinza um pouco manchada.

Não conseguia tirar os olhos de Hoseok, que até o momento não pareceu ter notado sua presença. Não que Yoongi não estivesse acostumado mas fora ele quem o chamara. Arqueou uma sobrancelha e Taehyung revirou os olhos, se aproximando do amigo –que Yoongi sabia ser mais do que amigo– e lhe deu um tapa no braço, deixando uma marca mais tarde. Hoseok soltou um grito e se virou, de olhos arregalados e mão no braço, para Tae.

— Mas que porra!? – e só então, notou o loiro visivelmente desconfortável. — Ah, sinto muito, Yoongi. – ele sorriu e o outro podia jurar que sentiu um fervor tomar conta de suas bochechas. — Se vista Tae, nós vamos sair. – disse se levantando, jogando o livro e as cobertas para o lado e tratou de vasculhar o quarto atrás de uma roupa mais ou menos decente; limpa de preferência mas o que servisse, servia.

Já fora do dormitório e da faculdade, o trio andava pelas ruas cheias, vez ou outra desviando das motos que passavam. É, exatamente isso. Hoseok tinha os braços entrelaçados com ambos garotos porém era óbvio que a intimidade com o moreno era maior e mais profunda. Eles riam, gargalhavam tombando a cabeça para trás e se batiam amigavelmente.

Yoongi pensou que, numa floresta onde tudo era cinza e marrom, onde tudo era fútil e monótono, os dois garotos eram o rosa e o azul da caixa de lápis de cor de uma criança que desenhava apenas coisas felizes, o amarelo e o laranja; cores vividas e gritantes. Enquanto que ele mesmo estava mais para o branco e para o cinza, parte de um lugar que por mais que fosse igual à ele, não o encaixava.

Mordeu o lábio inferior e olhou ao redor, para a onda de pessoas de todas as idades passava apressada, com suas próprias dores de cabeças e segredos. Talvez alguém tivesse acabado de perder um parente, o emprego, talvez estivesse doente. Yoongi gostava de pensar no que poderia estar acontecendo com as pessoas, pensar que todos também tinham uma vida e uma mente cheia de pensamentos.

Só foi sair de seu devaneio quando Taehyung empurrou o ombro de Hoseok, que foi de encontro ao de Yoongi. — Para de pensar um pouco, está parecendo um velho de tanto que fica com esse cenho franzido. – falou, pondo o dedo na testa dele, entre as sobrancelhas. — Afinal, você que aceitou sair conosco.

E era verdade, Yoongi se perguntou por horas porque aceitou. Mas são o tipo de pergunta que não precisam de resposta nem de questionamento. Pena que ele não sabia disso.

Crayon Box ↺ taeyoonseokWhere stories live. Discover now