Capítulo 12

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Galerinha, as férias chegaram! yey! Agora é melhor de atualizar.

Gostaria de desejar um feliz natal à todos que acompanham a fic, comam muito! Obrigada por tudo <3 inclusive pela paciência. 

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-Levar essa empresa é como dirigir um carro velho, é duro, pode doer, mas é melhor que essas merdas automáticas - repetiu o Frank mais velho, pela milésima vez – você tem total controle da máquina, só precisa checar todos os itens. Uma vez que você entende toda mecânica da coisa, tudo vai bem.

-Entendi, pai – disse o fotografo, como se fosse o primeiro momento que escutou essa narrativa novamente. Só faltava ele repetir sobre o que o seu avô fez quando seu pai tinha 10 anos... ah, não, lá vem...

-Quando eu tinha 10 anos, seu avô nos levou até a casa de campo e, na estrada vazia, me emprestou o automóvel dele da época e disse "vai em frente". Eu achava que podia, segui as instruções e acelerei muito rápido – ele riu fraco, como sempre – acertei bem a cerca do vizinho chato, foi uma merda, sua avó ficou a tarde toda sem falar com ele.

-Eu imagino – sorriu, realmente imaginando a cena. Essa era a melhor parte de todo o conjunto da lição de moral.

-O que eu quero que você saiba, Iero Jr., é que pode acelerar e se destrambelhar no início, mas vai dar certo. Eu te criei bem, cuidei das tuas falhas e agora você pode errar na dose, mas vai se sair bem.

-Eu vou... – e a voz do menor sumiu.

Era uma droga total administrar aquela empresa. Seu pai havia criado pequenos elfos que não pensavam sozinhos e dependiam fortemente das ordens de um superior, e aquilo parecia um inferno pra Frank. Ele não podia mais contar as vezes que mordia a língua para não mandar alguém ir diretamente para o inferno, principalmente os puxa sacos.

Eram muitos.

Mais de 20, e ele sabia que existiam mais, só não tinham dado as caras ainda. E Frank tinha certeza que eles o achavam bonzinho demais e fácil de conquistar. Era fato que Iero era bem mais calmo que o pai e um tanto mais solidário, mas isso não contava muito quando ele sabia que tudo era construído em falsidade e interesses. Ninguém iria ser promovido, mas a cota de demissão parecia estar apavorando todo mundo. A grana estava apertada e Frank se viu bastante desesperado quando o economista apareceu com todos aqueles números. Claro, ele ligou pro pai com pose de cachorro perdido e conseguiu que ele traduzisse as finanças. Aparentemente, iam ter que se render às tradições digitais e diminuir as versões impressas, investir em aplicativo. Essa segunda parte foi a única que animou um pouco o tatuado, já que teria que entrar em contato com jovens empreendedores e universitários pra potencializar o conteúdo on-line e off-line.

Mas acima de ter que lidar com todas as desgraças da empresa e do dia-a-dia estressante, Frank se sentia culpado por se afastar ainda mais de Lily e pela doença do pai. A quimioterapia começaria em alguns dias e a família estava avisada de todos os acontecimentos que se seguiriam: tonturas, enjoos, cabelos caindo, emagrecimento, fisionomia abatida... era basicamente a morte dando um beijo simples em sua têmpora e toda vez que se lembrava disso, o fotografo, em contrapartida, se esquecia como era respirar.

-Eu sei que você vai – a voz dura o chamou para a realidade novamente – agora siga para seus compromissos, preciso descansar antes de começar aquele processo de tortura. A medicina consegue avançar tanto, mas não dá um passo sobre isso. Devia ter virado médico.

-Talvez sim – ele sorriu para a prepotência do pai e lhe deu um beijo na testa, dizendo que ligaria mais tarde e contaria sobre o dia.

[Frerard] Picture Me Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon