3 Capitulo

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Acordo com o celular despertando às alturas. Já havia me esquecido como era ser acordada por ele todo santo dia. Levanto-me, caçando coragem, e vou para o banho, onde demoro uns 20 minutos, finalmente acordando de verdade. Ponho essa roupa (midia) e faço uma maquiagem básica: máscara de cílios, pó compacto e delineador.

Desde ontem, quando fui embora da festa, avisando somente ao Lucas, liguei para Juliana para saber se ela iria para escola hoje:

– Oi, bom dia, já está pronta?

– Já sim. O que deu em você ontem para ter saído da festa sem avisar para mim e para o Bruno? – Pelo seu tom de voz percebi que ela estava irritada.

– Depois te falo, é uma longa história. – Digo, me lembrando do beijo.

– Ok, mas vou querer saber de tudo, viu?

– Tá. – Disse, revirando os olhos. – Vou desligar, estou indo para o carro.

– Ok, vou estar esperando na porta de casa.

Desliguei e me direcionei para o quarto do Lucas. E acabo encontrando uma pessoa que eu não estava nenhum pouco afim de ver tão cedo.

– O que você está fazendo aqui? – Pergunto com raiva, cruzando os braços.

– Dormi aqui para o Lucas me ensinar o caminho para escola. – Disse Jhonatan, rindo.

– Como assim? Você vai estudar no mesmo colégio que a gente?

– Sim. – Deu um largo sorriso.

– Além de te aturar por ser amigo do meu irmão, ainda vou ter que aturar na escola também. Não acredito nisso. – Levei à mão a testa.

– Não foi o que aconteceu ontem na festa. – Disse, me encarando e rindo.

– Que raiva de você, garoto. – Saio do quarto batendo o pé e vou para sala.

– Oi, mana, vamos? Ainda temos que passar na casa da Juliana. – Até estranhei ele estar sendo carinhoso assim comigo. Franzi o cenho, surpresa.

– Vamos.

Assim que entramos no carro, o silêncio reina dentro do veículo até chegarmos na casa da Ju.

– JULIANA! – Grito de
dentro do carro.

–Meu ouvido. – Disse Jhonatan.

– Ninguém liga. – Dei de ombros e gritei novamente o nome da minha amiga.

Não demorou muito, e ela apareceu, entrando no carro em seguida:

– Oi, gente, bom dia. – Disse, sorrindo.

– Não sei como você consegue estar feliz assim de manhã cedo. – Digo, olhando para ela.

– Já me acostumei. É a força do hábito.

Pego meu celular e ponho os fones no ouvido, colocando uma música aleatória e colocando no último volume. Acho que se eu continuar assim terei sérios problemas de audição no futuro.

Depois de alguns minutos, chegamos na escola. Desço do carro e vou para entrada do colégio, sinto muitos olhares em cima de mim. Deve ser assim com todo mundo no primeiro dia de aula. Todos te analisam da cabeça aos pés e te julgam, sem nem saber quem você realmente é.

– O que estão olhando? – Todos eles voltaram rapidamente para o que estavam fazendo.

Me sento num banco que havia no pátio e uma garota se senta ao meu lado.

– Olá, tudo bem? Meu nome é Jessica. – Diz, simpática.

– Primeiro, eu não perguntei o seu nome. Segundo, não. Eu não estou bem.

MARRENTA?SIM. DIFÍCIL? TAMBÉM Onde as histórias ganham vida. Descobre agora