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                              LUKE

Estaciono o carro distante, e presto atenção na cena se desenrolar logo a frente. Alexandre sai do carro e em seguida a gostosa de cabelos castanhos, que segundos os meus cara, era sua mulher. O filho da puta como sempre conseguindo tudo, o enaltecido por todos, até mesmo pelo meu pai. E o que eles conseguiram em trocar? Isso mesmo, nada!

— Devemos ir? — Pedro perguntar ao meu lado.

— Não, vamos deixá-los falar com a tal freira para então entramos, precisamos descobrir o que eles vieram fazer aqui. — se esconderem não foi. Alguns meses atrás os meus cara seguiram o carro de Alex até esse convento, no entanto quem saiu de dentro não foram eles. Havia sido uma distração para Alex esconder os pirralhos, e devo confessar que fiquei surpreso. Achei que mesmo depois de todos esses anos, meu primo tivesse perdido as artimanhas. Pelo visto não. Ele escondeu os pirralhos bem, o que não significa que seria por muito tempo. Cedo ou tarde eu os encontraria.

A mulher começar a pular e Alex faz ela para e logo em seguida se aproximar e a beijar, como um idiota apaixonado. Como podia, o filho da puta vivia dizendo que nunca casaria ou teria filhos, porque não suportava a idéia de se prender a alguém, e me chamava de babaca quando eu dizia que queria ter mulher e filhos. E ali estava ele, com uma mulher que parecia uma rosa de tão linda e delicada e dois filhos, e eu com nada. Chegava a ser engraçado.

— Estão entrando. — Vitório diz do banco de trás. Os dois entram no convento seguindo uma freira.

Espero alguns minutos e dou a ordem para os dois irem. Pedro e Vitório vão em direção ao carro, conseguem abrir a porta com facilidade e não pedem tempo, começam a vasculhar o carro a procura de pistas. Um tempo depois os dois voltam.

— Não encontramos nada, chefe.

— Muito bem, vamos. — saio do carro e vou em direção ao convento.

Assim que passamos pelas grandes portas, avisto uma freira sentada. A velha estava passando os dedos pelo terço distraída e quando me ver aproximar, para.

— Em que posso ajudar?

— Gostaria de falar com a dona do lugar.

— Madre Superiora?

— Sim, sim.

Velhos e suas manias de se fazerem de burros.

— Só um minuto.

Apenas abro um sorriso forçado, quando a velha some, olho para Pedro e Vitório.

— O plano é o seguinte. Vamos surpreender os dois enquanto eles tiverem saindo, vocês dois apagam Alexandre eu fico com a mulher.

Eles concordam e esperamos a velha retornar. O que pareceu uma eternidade até maldita aparecer andando que nem uma lesma.

— Podem entrar, a sala dela ficar a direita no final do corredor.

Não perco tempo e vou logo, enquanto andamos pelo enorme corredor, olho para imagens nas paredes e nos tetos.

— Eu nunca entrei em um convento. — me pego dizendo, olhando distraído pra as pinturas de anjos e Deus. — Será se eu tenho a sorte do meu primão e encontro um freira gostosa aqui?

Pelo menos uma igual a mulher dele, relembrando da cena que aconteceu a poucos minutos, me pego imaginando o cheiro da tal Eva, e se cheirasse a rosas igual eu imaginava? Tiraria essa dúvida outra hora.

Andamos um pouco mais até chegarmos na sala da tal Madre Superiora, não bato na porta quando entro. Franzo o cenho quando vejo que a sala estava vazia, ou quase. Havia uma velha atrás de uma enorme mesa, tirando isso, ninguém mais. Maravilha, os dois fugiram!

De volta ao Convento Where stories live. Discover now