Capítulo 24

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Moisés narrando

Após alguns minutos conversando no carro sobre o uso do carro da Anna, acabei cedendo. Eu não queria que ela só se lembre do nosso primeiro Natal juntos por causa de uma briga!

Moisés:- Espere um pouquinho aqui. Vou só pegar minha mochila.

Dei um beijo no rosto dela, peguei minhas mochila no meu quarto, o envelope com o presente da Anna no armário e voltei.

Moisés:- Pronta? Partiu viagem?

Anna:- Partiu viagem!

Moisés:- Senhora passageira, aperte o cinto! A autorização já foi dada e vamos partir!

Ela começou a rir e eu me senti muito bem por ver que estava fazendo a menina que amo feliz! Peguei a estrada e fui certa parte do caminho em silêncio. Olhei para o lado e ela estava dormindo.

Moisés:- Minha pequena...

Sorri olhando para ela e logo foquei na estrada. Estava bem escuro e, por sorte, não ficava tão longe. Uma hora de carro e chegamos! Estacionei o carro e chamei Anna.

Moisés:- Ei, amor... Chegamos!

Ela se mexeu mas não acordou. Passei a mão de leve em seu rosto e nada. Desci do carro, peguei Anna no colo e a levei para casa.

Entrei e fui direto para o quarto onde ficaríamos. Coloquei-a na cama e voltei no carro. Peguei as mochilas, travei o carro e me sertifiquei de que não iriam roubá-lo. Voltei para a casa, ativei o alarme e fui para o quarto.

Tirei somente meus sapatos e tirei a sapatilha de Anna. Deitei ao lado dela e finalmente ela acordou.

Anna:- Onde... Já chegamos?

Moisés:- Já sim, amor. Você estava dormindo e eu fiquei com pena de te acordar. Cheguei a tentar, mas você não quis acordar.

Anna:- Desculpa... Estava cansada.

Moisés:- Que isso, amor... Posso lhe dar meu presente agora? Ou está muito cansada?

Anna:- Quero meu presente! Fiquei curiosa!

Ela se sentou sorrindo. Aquele sorriso que eu não resisto. Sorri de volta e fui até minha mochila. Peguei um envelope e uma flor que eu já havia separado - por Deus não estava murcha!

Entreguei somente o envelope para ela. Ela me olhou questionadora e eu fiquei meio sem jeito.

Moisés:- Desculpa... Eu não sabia o que comprar, então escrevi. É um presente simples, mas eu não queria ficar te desgastando, você já estava cansada e eu não encontrava nada que fosse bom o suficiente para você! Só consegui pensar nisso...

Anna:- Uma carta?

Moisés:- Sim... Mas fiquei até envergonhado depois do seu presente.

Ela realmente merecia algo de valor! Algo que representasse um pouco do valor que dou a ela. Mas não havia achado nada perfeito o suficiente.

Anna:- Eu que fiquei envergonhada... Enquanto eu dei algo caro, você me deu algo simples. Algo muito melhor do que qualquer coisa de valor em dinheiro. Esse -fala balançando o envelope.-, é o melhor presente de todos!

Ela sorriu e eu me derreti todo. Sorri de volta, ela abriu o envelope e deitei em seu colo. Eu havia passado a tarde inteira pensando naquela carta. Achei que havia ficado bosta demais. Mas fui contrariado alguns segundos depois ao sentir algo gelado pingar em meu rosto.

Passei a mão e olhei para cima. Ela estava chorando.

Moisés:- Amor?

Ela limpou o rosto e abaixou a carta. Me sentei novamente e a olhei.

Moisés:- Desculpa, eu sei que ficou horrível! Mas eu só consegui pensar nisso... Você merece algo muito melhor, mas eu sou um bosta de mente fechada.

Anna:- Esse é o melhor presente que já ganhei na vida!- sorriu.

Moisés:- Hein? O... Melhor da vida?

Anna:- Com toda certeza!

Ela se ajoelhou na cama e me abraçou forte. A abracei de volta com amor. Eu fiquei tão feliz de saber que havia dado um presente que ela havia gostado.

Quando ela se separou sorrindo - com um sorriso que me fez derreter novamente - eu entreguei a flor. Uma tulipa amarela. Eu havia arriscado na flor, então fiquei meio nervoso.

Anna:- Eu amo tulipas amarelas...

Ufa! Mais uma dentro! Ela me puxou pela camisa e me beijou rapidamente.

Anna:- Eu amo muito você! Amo demais! Obrigada por estar fazendo minha vida mais colorida.

Moisés:- Eu que agradeço, meu amor. Eu sempre fiquei só na curtição, achando que aquilo era divertido, legal. Eu achava que era idiotice ficar com uma sendo que eu poderia ficar com várias. Mas, agora, eu acho idiotice ficar com várias sendo que eu posso ficar com uma. Somente uma. Uma que eu amo, que eu desejo passar o resto da vida junto, ter uma família. Eu quero-te para sempre!

Dou mais um beijo demorado nela. Deus, como eu amava beijá-la! Como eu amava sentir que eu tinha alguém que se preucupava comigo. Se eu estava bem, se eu precisava de algo. Nesses pequenos atos, eu me apaixonava ainda mais por ela e eu havia dito isso na carta.

Moisés:- Amo você demais!- seguro seu rosto.- Amo você porque, apesar de todos os meus defeitos, você continua comigo, você não me abandona.

Anna:- Não consigo abandonar quem amo. Nunca vou lhe abandonar, Moisés!

Olho em seus olhos e a promessa é verdadeira. Eu faria valer a pena essa promessa. A cada dia eu faria essa mulher me amar. Da mesma forma, mas diferente. Sim, pode parecer estranho.

Ela voltou o olhar para a carta e sorriu.

Anna:- Vou guardar com muito carinho essa carta. Eu amei! Um presente simples são os que mais amo.

Moisés:- Ufa! Felizmente dei uma dentro!

Anna:- Eu amaria de todos os jeitos só por ser seu.

Sorri para ela e ela retribuiu. Dei um abraço nela. Eu queria sentir um abraço carinhoso.

Moisés:- Esse está sendo o melhor Natal de todos!- sussurrei em seu ouvido.

Ela se afastou e me analisou. Passou a mão em meu rosto e sorriu. Ela se levantou de repente, foi até a mochila, guardou a carta e voltou com uma embalagem na mão.

Anna:- Se você não estiver com sono, eu trouxe um filme para assistirmos. Quer?

Moisés:- Vamos! Quero aproveitar ao máximo com você.

Segurei sua mão e fomos para a sala de mãos dadas. Coloquei o DVD, sentei ao lado dela e ela deitou no meu colo. Eu estava experimentando uma sensação de felicidade que nunca senti antes. Era o melhor Natal que eu já havia tido na vida!

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Se tiver algo muito confuso ou sem coesão textual, me desculpem!

Diferentes Mas IguaisWhere stories live. Discover now