41. A Onipresença da Desaparição

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   A matéria, como sabem até agora, é feita inteiramente de “nada”

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   A matéria, como sabem até agora, é feita inteiramente de “nada”. Átomos reunidos no espaço, formando uma forma que, da nossa perspectiva avantajada, parece sólida. Um castiçal, por exemplo, parece ser um único e sólido objeto, mas efetivamente, é formado por trilhões de minúsculos átomos com distância suficiente entre eles para criarem forma e peso para a nossa desajeitada visão. Quando o fazemos desaparecer não estamos movendo o candelabro, nem o destruindo, nem mesmo obrigamos a matéria a comprimi-lo até este deixar de existir.
   Em vez disso, alteramos a distribuição do espaço entre esses átomos. Expandimos o espaço entre eles talvez mil vezes, talvez um milhão de vezes. A multiplicação destes espaços aumentaria o hipotético castiçal até um ponto de dimensões quase planetárias. O resultado, é que podemos realmente passar através dele, através dos espaços entre os seus átomos, sem sequer percebermos. Em suma, o castiçal ainda estará aqui. Terá sido simplesmente tão expandido, tão esticado até a um nível quase efêmero, e tornar-se-á assim fisicamente insubstancial. Estará, em efeito, por todo lugar, e em lugar nenhum.

Aparatar: Definição   Aparatar – Aparecer ou Aparição, ou Materializar ou Materialização na tradução portuguesa – ou girar, como é chamado no Brasil, é a capacidade de desaparecer de um lugar e aparecer em outro

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Aparatar: Definição
   Aparatar – Aparecer ou Aparição, ou Materializar ou Materialização na tradução portuguesa – ou girar, como é chamado no Brasil, é a capacidade de desaparecer de um lugar e aparecer em outro. Desde que este, como Hogwarts, não esteja sob encantamentos que impedem a pessoa de aparatar.

   “Se vocês conseguem girar, por que nunca giraram pra fora da escola? Ou pra sala do Rudji, por exemplo? Ao invés de usarem as escadas.”
   Capí sorriu. “Primeiro porque a gente se tornaria um monte de balofos se desistíssemos de andar para sempre. Depois, porque é impossível. É proibido girar na escola.”
   “Mas a gente não acabou de girar pra cá?”
   “Eu tenho permissão especial, por morar aqui. O Atlas também. Daí os outros Pixies só precisam se agarrar na gente, como você fez. Mas, mesmo aqui dentro, há certos locais para onde eu não posso girar. É fácil erguer barreiras contra esse tipo de coisa. As escolas todas são protegidas. A maioria das casas também. Os bancos, obviamente, as cadeias... Já as florestas têm barreiras naturais que impedem o giro. Tanto a da Korkovado quanto as outras. A floresta Amazônica, por exemplo. Quem se perde por lá, tá ferrado.”
- A Arma Escarlate (pg.: 378)

A Arte da TransfiguraçãoWhere stories live. Discover now