58. Vida Artificial

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   Primariamente é possível que o bruxo anime pequenos objetos ou mesmo estátuas, como autômatos, mas conforme vai se especializando na área seu domínio se estende para maneiras mais complexas de dar uma espécie de vida mágica artificial à seres inanimados, como nos casos que veremos em aula.

Definição (por JeanLucasH)
   É um estado de criação artificial da vida, mas que não vem a ser necessariamente fruto do ilusionismo. Se fosse para compararmos o feito com alguma coisa, deveríamos olhar um pouco para a sociedade trouxa e comparar este estado com a famosa Inteligência Artificial que desenvolvem cada vez mais. Ela é um fruto tecnológico, mas, ainda assim, artificial, enquanto os feitiços que concedem temporariamente a objetos uma animação, nada mais se passam de encantamentos ou a criação de uma vida artificial. Não lhes damos consciência ou inteligência, muito menos qualquer tipo de coisa que se possa considerar que o objeto está necessariamente vivo, de forma que podemos afirmar com segurança que a animação é realmente um estado artificial e que dificilmente infringe as leis de Gamp.

 Não lhes damos consciência ou inteligência, muito menos qualquer tipo de coisa que se possa considerar que o objeto está necessariamente vivo, de forma que podemos afirmar com segurança que a animação é realmente um estado artificial e que difici...

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Fonte da imagem: https://goo.gl/HScL6f

Golem
   Na Idade Média, surgiu a crença na possibilidade de infundir vida em uma figura de ser humano de barro ou madeira, essa figura foi denominada “golem” por escritores do século XVIII. 
   O golem poderia crescer em tamanho, e poderia levar qualquer mensagem ou obedecer mecanicamente qualquer ordem de seu mestre. Era suposto ser criado com a ajuda do “Sefer Yezirah”, isto é, por uma combinação de letras que formam uma “Shem”.
   O Golem é um dos mais fascinantes mitos judeus. É feito de barro à imagem do homem, tendo como propósitos a proteção da comunidade judaica e a realização de trabalhos braçais. Embora hajam citações na Bíblia Hebraica e no Talmud, o primeiro relato sobre o golem que se tornou famoso foi escrito no início do século XIX. Contava a criação de um deles pelo Rabbi Löw, na cidade de Praga do século XVI. Cronologicamente, porém, há um relato anterior, de 1674, quando o golem teria sido criado pelo rabino Elias Baalschem. E temos aqui o elemento da palavra mágica, o gradativo descontrole da criatura, e a morte do rabino ao destruí-la, significando a pena para o homem que quis emular Deus ao tentar criar vida. (Nesse sentido, o monstro de Frankenstein, criado por Mary Shelley no séc. XIX, teria elementos do mito do Golem).
   A lenda do golem, no seu início, tem três pontos principais:

- O primeiro se refere à influência de crenças ancestrais da ressurreição dos mortos através do ato da colocação do nome de Deus na boca, na testa ou no braço do cadáver (a remoção do pergaminho ou o ato de apagá-lo causaria sua volta aos mortos), lendas comuns na Itália do século X;
- O segundo se relaciona com às idéias da prática alquimista referentes à criação de homunculus que seria criado in vitro com uma mistura de terra e água;
- O terceiro é a própria definição simbólica do golem, de seu início e fim: um ser, servo do seu criador, cujo poder cresce continua e perigosamente até o limite em que, a fim de preservar a própria comunidade, deve ser devolvido ao barro de onde foi criado. A simbologia está no respeito aos elementos, que podem proteger e destruir com a mesma força, nunca podendo ser controlados totalmente pelo homem. Vem também à cabeça a velha lei de Deus, "és pó e ao pó voltarás." É no contexto do hassidismo, movimento judeu, que se desenvolve o mito do Golem.

A Arte da TransfiguraçãoWhere stories live. Discover now