Beco Diagonal

410 27 0
                                    

  "CHEGA!" Harry explodiu depois de transformar sua tia em um balão e a vir sair voando pela janela, com os Dursley atrás. Pegou todas as suas coisas, incluindo varinha, vassoura, livros e tudo o que tinha direito do mundo mágico. Bateu a porta da casa atrás de si e saiu a toda velocidade pela Rua dos Alfeneiros. Não sabia o que fazer, nem pra onde ir, mas qualquer lugar seria melhor do que aquele.
  Depois de andar muito, parou para descansar um pouco em um banco de madeira de frente para a rua. Depois de respirar um pouco passou a pensar. "O que eu vou fazer? Não sei nem mesmo pra onde fica o Beco Diagonal, e andar até encontrar A Toca está fora de questão." Escutou então um farfalhar atrás dele. Por um segundo pensou ter visto entre os arbustos da plantação atrás dele um grande cão preto, com grandes olhos brilhantes, mas o bicho desapareceu em milésimos de segundo. "É a falta de comida" pensou ele "estou tendo alucinações.
  Um grande ônibus roxo de dois andares apareceu em sua frente na rua. Parecia ter freado bruscamente depois de uma corrida em alta velocidade. Um rapaz jovem, com o rosto brincalhão, recheado de espinhas, saltou e disse simpático:
  -- Bem vindo ao Nôitebus Andante!
  Quando Harry chegou ao Caldeirão Furado não estava se sentindo muito bem. Primeiramente pelo balanço descontrolado do Nôitebus, dirigido por Lalau, depois, pelas recentes informações sobre a fuga de Sirius Black, a qual, ele achava, era o principal motivo por ter sido escoltado pelo Ministro da Magia (Cornélio Fudge) até o Caldeirão Furado.
  Para a alegria (e o alívio) de Harry, Rony e Hermione ali estavam no dia seguinte, para fazerem as compras do ano no beco diagonal e passarem o resto das férias como companhia para ele.
-- Por que acham que Sirius Black estaria tentando me matar?
-- Por que não estaria, Harry? Ele é um assassino! Não precisa de motivos! E além disso, ele provavelmente trabalhou para Você-Sabe-Quem! -argumentou Rony, mas Hermione protestou:
-- Não o julgue assim Rony! Você não sabe nada sobre o sujeito! Vai ver nem está realmente atrás de Harry!
-- Sei o suficiente, Mione. E aposto que está sim!
-- Não podemos tirar conclusões precipitadas! Mesmo assim, Harry, cuidado nunca é demais. Fique atento.
-- Certo. E o... cachorro?
-- Aposto como foi só uma alucinação, Harry. Esqueça isso! Vamos terminar logo as compras. Vou comprar os livros de Artimancia. Nos vemos depois.
  Os meninos concordaram, e   Hermione seguiu para a Floreios e Borrões, enquanto os meninos foram olhar artigos de Quadribol. No caminho, porém, foi puxada por um vulto de capa preta, ao qual ela não pôde ver o rosto, pois usava um capuz muito grande.
  Ela tentou gritar, mas a criatura encapuzada a pediu silêncio, levando os dedos à frente da boca e emitindo um "shhh". Não parecia disposto à machucá-la, então ela fez silêncio. Seguiu o vulto até uma parte escura do beco diagonal, um corredor que ela nunca vira antes, que levava a uma nova área (também desconhecida por ela) cheia de novas lojas, escuras e gastas, com paredes sombrias e lojas que vendiam artigos assustadores. Logo ela viu uma placa de identificação no centro do local. Travessa do Tranco.
  O vulto parou, olhou para os lados para ter certeza de que estavam sozinhos, e tirou o capuz. O rosto pálido e os cabelos negros e revoltosos de Willow Black apareceram à sua frente.
-- Granger! Me escuta! Não tenho muito tempo! Logo os Malfoy aparecem. Você tem que comprar um gato!
-- Espera! Black!? O que... por que me trouxe aqui, e que história é essa de gato?
-- Já te disse Granger! Não estou com tempo para explicar! Faço isso em Hogwarts! Mas agora você tem que comprar um gato! Pegue o mais agitado e aparentemente feroz que encontrar! Entendeu?
-- O que? Mas...
-- Granger! Vai ter que confiar em mim. Sei que não tem motivo nenhum para fazer isso, mas... confiei em você na enfermaria. Promete que vai comprar esse gato?
-- Black, eu...
-- PROMETE?
  Hermione não tinha saída. Um gato? Mas que raio de pedido era esse? Apenas acenou afirmativamente com a cabeça. Foi tudo que conseguiu fazer antes de ser empurrada por Willow com violência para dentro da loja mais próxima. Ia gritar, xingar, armar um barraco, mas ouviu a voz de duas pessoas conversando.
-- Willow? Que merda é essa? O que tá fazendo aqui? Estamos te procurando a meia hora, onde é que você estava?
-- Ah! Vai cuidar da sua vida, Malfoy! Vamos logo então, já acabei o que vim fazer.
-- O que diabos veio fazer na Travessa do Tranco?
-- Te interessa? Sua tia me mandou aqui! Vamos embora!
  Depois que julgou seguro, Hermione saiu daquela loja, que cheirava a bicho morto, e voltou para o Beco Diagonal. Decidiu confiar em Willow, não sabia dizer por quê. Um gato?
-- Harry! Rony! Quero um gato!
-- Oi?
-- Um gato! Sabe, você tem Perebas, Harry tem Edwiges, eu quero um gato!
-- Ahn... ok... vamos comprar então.- algumas horas depois:
-- Como vai chamá-lo, Mione?
-- Bichento, Harry!
-- Não gostei desse gato!
-- Cale a boca Rony!

Willow Black LestrangeWhere stories live. Discover now