Uma Babá Preciosa

Capítulo 1

Um mês e nada. Meu ânimo já estava chegando ao zero. Tantos currículos largados por empresas na cidade e nenhum que tivesse tido um bom resultado. Hoje sairia mais uma vez procurando qualquer coisa por aí. Meu medo já estava grande e junto dele várias contas. Carlise era única com quem poderia contar no momento, já que não poderia contar para mamãe que havia perdido o emprego. Isso preocuparia muito ela e não queria ter que preocupa - lá.

Levanto com um má vontade e vou para o guarda - roupas procurar qualquer coisa para vestir. Escolho um vestido florido, meio soltinho. Vou em direção ao banheiro e tomo banho tentando relaxar. Depois de dias sem trabalhar, estou me cansando mais. É até um pouco impressionante.

Depois de me vestir, vou na cozinha e pego um suco de pacote mesmo fazendo - o para poder tomar quando estiver com cede. Saio do prédio e vou andando, nem destino tenho, mas continuo.

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Duas horas de caminhada meu celular toca indicando que Carlise me liga. Me sento em um banco qualquer da praça e atendo o telefonema.

-- Fala criatura.

-- Criatura? É assim que você trata sua melhor amiga?!

-- Ai desculpa, melhor amiga. Mas então?

-- Vamos almoçar? Tenho uma boa notícia.

-- Não posso agora. Lise você sabe que encontrar um emprego é muito importante pra mim.

-- E sua saúde não é?

-- Claro que é. Mas nesse momento eu já nem sei.

-- Olha aqui: preciso contar algo e você precisa comer. Então me encontra na lancheria de sempre.

-- Ok, eu vou. Não demorarei.

-- Acho bom, fresca.

Encerro a ligação sorrindo. Com certeza a Lise é uma ótima amiga!

Na ida pra lanchonete passo em frente a faculdade, meu olhar de normal foi para tristeza. Quinze dias depois de ficar sem emprego, tive que que tranca - lá, pois não podia mais pagar.

Fico um tempo parada e acabo lembrando que minha amiga me esperava. Chego lá e avisto Lise sentada.

-- Que demora! Estava fazendo o quê?

-- Eu preciso de um emprego. Acabo de passar em frente a faculdade e lembrei que nem formada eu estou! - Acabei sendo um pouco grossa e me arrependi.

-- Eu sei Ann. Só que me preocupo com você. Já se olhou no espelho nesse um mês? Você está diferente!

O que Lise disse é verdade. Havia mudado um pouco. Fiquei um pouco mais pálida e parecia ter emagrecido. Parecia que estava ficando meio depressiva.

-- Me desculpa. - Abaixo a cabeça, Lise sempre tinha razão.

-- Não precisa se desculpar. E vamos pedir logo, pois não sou de ferro! - Sorrio.

-- Vamos.

Ficamos alguns minutos em uma grande enrolação decidindo o que iriámos comer. No final nem foi tão difícil. Conversamos sobre algumas coisas e sem ter que esperar muito tempo, nossos pratos chegaram.

-- Ann, lembra que eu disse que tinha algo para contar? - Lise pergunta enquanto pega uma de suas fritas.

-- Sim.. tem aver com o que?

-- Bom, eu estava andando por aí, sem rumo sabe? Sozinha...

-- Lize! Qual é, para de enrolação!

Eu a adorava, mas como todo amiga ela amava um drama! E eu como grande curiosa, não aguentava.

-- Ok! Esquece o que eu disse, sabe que é mentira. Mas então, eu vi um anúncio lá na empresa. Procuram alguém pra trabalhar na casa do chefe.
-- De que? - estava animada, mesmo sem nem saber do destalhes.

-- É de babá. Rauan é na verdade um dos chefe. Parece que a filha dele nasceu e eles ainda não encontraram alguém para cuidar. E pelo o que ouvi a criança nem mãe tem.

-- Como assim? Pobre criança!

-- Pobre nada, é ricassa! - ela ri e sorrio. - Mas, sobre isso eu já nem sei. Ele proibiu esse assunto na empresa. - Dá de ombro.

-- Quando é a entrevista? Quero fazer!

-- É a mãe dele quem faz as entrevistas. Vai na terça, é apenas nesse dia que ela atende.

-- Ok, eu vou.

Ela sorri e volta a comer. Não ficamos muito tempo por ali e vamos a sua casa. No caminho, ela me conta várias fofocas de coisas que acontecem na empresa e eu só sei rir. Chegamos ao apartamento e vou me jogando em seu sofá.

-- Sua folgada! - Lise atira sua bolsa em mim.

-- Eu? Nunca! Vamos assistir um filme? - Pergunto.

-- Prefiro uma maratona de séries. - Ela vem tirando o controle das minhas mãos.

-- The Secret life of American Teenager. Essa ou nada!

-- Só porque eu sou uma boa amiga. E você precisa de um namorado.

-- Que calúnia, vaca! Eu só não tenho namorado, porque não quero! E você também não tem.

-- Quem disse, amor? Só você que não sabe! - ela se diverte.

-- Como é que é?? Me conta tudo!

-- É só um carinha lá da empresa, nada demais. - Ela dá de ombros. Ai tem.

-- Aé?! E por qual motivo está com esse sorriso bobo no rosto?

Aperto suas bochechas. Ela dá um tapa em minha mão.

-- Tem sorriso bobo em nada. - se irrita e eu sorrio.

-- Aham, sei.

A sessão começa e lá ficamos até ficar de madrugada.

Capítulo pequeno, né? Hahah, ainda estou começando nesse ramo do Wattpad. Porém, faço com o maior amor e carinho pra vocês!! ❤❤