UTI

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Pov Arthur

- OK. Policial, a gente pode invadir a noite. O senhor Richard costuma sair no meio da noite e sumir, segundo a secretária. Na hora do almoço também.

- Senhor Arthur. Nós iremos encontrar ele. Fique calmo. Eu recomendo que para sua segurança você fique aqui.- disse o policial batendo em minhas costas.

- Nem morto. Eu já cheguei até aqui. Descobri onde é o esconderijo, eu quero participar, nem que eu tenha que dar minha vida por Enzo.

- OK. Vou até a delegacia avisar que vou precisar de reforço a noite. Daqui a pouco nós voltamos.- ele me cumprimentou e entrou no carro.

- Até mais.

Entrei em casa e peguei uma foto nossa. Estávamos tão felizes, comecei a chorar, Allana sentou do meu lado e me abraçou.

- Vai ficar tudo bem.- Disse ela me confortando.

- Espero que sim.

Não pude conter as lágrimas.

- Arthur. Vá deitar um pouco. Quando o policial chegar eu o atendo. Sem energia você não vai suportar ir.- disse ela pegando minha mão.

- OK. Mas não faça nada sem mim, eu imploro.

- OK. - ela me abraçou e eu subi.
Faziam dois dias que não pregava os olhos.

Estava com a foto ainda na mão. Deitei na cama e abraçei o quadro, e assim consegui cochilar.
Ouço um barulho na porta. É Allana me chamando.

- Arthur. São 18:00, os policiais já estão aqui. - gritou ela.

Levantei, estava muito nervoso. Não sabia como iria encontrar ele.
Desci as escadas e todo mundo estava lá na sala esperando.

- Vamos.

- Vamos.- Anunciou o policial.
Seguimos até o carro. Eles não estavam com o carro de polícia, estavam com um comum, mais fácil de disfarçar.

Pov Enzo
Já estava acordado. De uma maneira meio sem explicação eu estava me sentindo melhor. Eu levantei e fui até a porta. As conversas indicavam que os capangas do Richard estavam saindo. Logo que atravessei a porta avistei uma garrafa de álcool e um galão de gasolina em um quarto. Discretamente entrei na cozinha e peguei uma caixa de fósforo. Ouvi um Grito. Era o Richard. Ele entrou e eu corri para o quarto. Deitei no chao e logo ele entrou.

- Você vai pagar caro por isso.

- Como? Você vai me comer? Nesse estado? - riu ele.

Fiquei quieto, ele saiu do quarto e foi minha deixa.

Peguei a garrafa com álcool e joguei naquele quarto. Ouvi uns barulhos estranhos. Era a polícia. Olhei pela janela e vi que eles haviam pegado os capangas. Richard aquele cretino se escondeu no quarto ao lado. Sei disso pois ouvi a porta e ele fazendo barulho no quarto. Tentei correr mas ainda não consegui. Tropecei e cai. Estava sem roupas ainda, na hora que eu levantei, alguém veio em minha direção, era Arthur. Ele estava muito abatido.

- Você está aqui.

Ele me pegou no colo chorando muito. Me deu um beijo e me abraçou. Nesse momento Richard aparece atrás da gente. Pega um canivete e acerta a barriga de Arthur.

Nesse momento virei rápido e com um pouco de esforço, peguei o canivete escorrendo sangue de sua mão e o enterrei em seu ombro. Ele tentou me puxar, mas o máximo que conseguiu, foi fazer um corte na minha perna. Ele veio atrás da gente. Derrubei o galão de gasolina e quando chegamos na porta, acendi um fósforo e joguei. Eu estava apoiado em Arthur. Nós corremos o mais rápido possível, mas com a força dá explosão fomos lançados ao chão.

Pov Allana
Escutamos a explosão de longe, fiquei desesperada e sai correndo, antes de chegar na pequena casa em chamas vi meu irmão e meu cunhado jogados no chão. Chamei ajuda, e logo os policiais vieram me ajudar, logo a ambulancia chegou e os levou. Eles estavam vivos. Graças a Deus.

Acompanhei eles no hospital enquanto Pedro ia para casa ficar com Lucas.

- A senhora é da família?- perguntou a enfermeira já no hospital.

- Sim. Um deles é meu irmão e k outro meu cunhado.

- você pode me acompanhar?- perguntou ela gentilmente.

- Claro.

Seguimos até um quarto.

- Arthur?

- Allana? Como está o Enzo?- perguntou ele sedado.

- Ele está na UTI. Os ferimentos dele estão muito expostos, e ele está inconsciente.-respondeu a enfermeira.

Comecei a chorar e Arthur desabou, a enfermeira aplicou um calmante nele o fazendo dormir.

- Posso ver meu irmão?

- Sim. Mas antes terá que preencher uns documentos.- disse ela me entregando uma ficha.

-Ok.

Não demorou muito pra mim assinar. Logo que terminei ela pediu para mim colocar umas roupas próprias para aquele ambiente, o seja aquela roupa verde de hospital. E assim o fiz. Segui ela até uma sala e lá estava Enzo. Muito machucado e sem sinal nenhum.

- Ele vai ficar bem?

- provavelmente. Os ferimentos dele são apenas externos. Assim que cicatrizarem ele poderá ir para o quarto. O problema é que ele ainda não acordou. Não temos nenhum sedativo. Ele provavelmente não comeu nesses dias e nem bebeu nada.- disse ela.

- posso ficar um pouco a sós com ele?

- Bom. Na verdade não. Mas abrirei uma exceção. 10minutos.- disse ela saindo do quarto.

- Enzo? Você pode me ouvir? Estou muito feliz que você esteja vivo. Não acredito que o Richard foi capaz daquilo..

Segurei a mão dele e comecei a chorar.

-O Arthur ficou arrasado, não comia, não saia do quarto apenas investigando. Sabe foi ele quem descobriu onde você estava. Ele é Simone colocaram uma escuta na mesa dele. Então quando ele passou o endereço para um capanga, soubemos onde estaria. Ele ficou o tempo todo abraçando e olhando uma foto de vocês.

Ele segurou meu dedo com força e então dei um beijo em sua testa.

-Você está namorando a pessoa mais perfeitamente perfeita. Quando acordar você será tão bem recebido. Eu te amo irmão. Muito mesmo. Mais do que imagina.

A enfermeira bateu na porta.

- Agora eu tenho que ir, mas amanhã eu volto.

Dei outro beijo em sua testa, e escorreu uma lágrima de seu olho.
Saí chorando, resolvi passar a noite ali. Fui até o quarto de Arthur, sentei em uma poltrona e quase que automaticamente dormi.



Escolhi O Amor. (Gay Romance)Where stories live. Discover now