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— Quando você disse que a gente ia passear, eu não imaginei isso. – Jaebeom comentou enquanto empurrava o carrinho de compras, seguindo Youngjae.

— Eu sei. – murmurou, ainda de costas pro namorado. — Eu usava isso pra atrair o Jackson e fazer ele carregar as sacolas. – parou diante de uma das prateleiras e virou-se. — Leite normal ou desnatado?

Jaebeom riu. Choi Youngjae era mesmo inacreditável.

— Normal. – respondeu por fim.

O mais velho por uns momentos se sentiu um garoto, de volta à época em que costumava ir com a mãe fazer as compras. Suspirou nostálgico. Aquele sim foi um tempo bom, em que ele não tinha ideia dos valores das coisas e por isso não ficava chocado ao ver o preço final das suas compras.

E quando criança, ele também podia pendurar o corpo no carrinho e fingir que os corredores eram uma pista de fórmula 1.

Não que ele ainda quisesse fazer isso. Havia acabado de levar um tapa certeiro e ardido no braço de Youngjae, depois de quase o atropelar quando foi testar se o carrinho ainda aguentava seu peso.

Assustou-se quando um garotinho simpático o cutucou na perna, indicando que queria alcançar algum tipo de shampoo que vinha com um brinde. Jaebeom prontamente o entregou pro garoto que saiu saltitando até a mãe.

— Crianças são adoráveis, né? – Youngjae sorria bobo com a cena.

O garoto alcançou a mãe, que o olhou feio e pareceu o repreender por estar com o dinossauro de brinquedo nas mãos.

— Lee Chan, eu já te disse três vezes, não vamos levar isso! – a mulher ditou aborrecida, e colocou o menino de volta no carrinho, indo pra um outro corredor.

O casal expectador da cena apenas riu.

— Correção: crianças são adoráveis caladas. – Youngjae acrescentou. — Depois elas crescem e se transformam num Yugyeom.

— É por isso que eu tenho a Nora. – Jaebeom deu de ombros.

[...]

— Desculpa o atraso. – Jinyoung suspirou cansado assim que Mark abriu a porta. — Yugyeom ficou me enchendo o saco pra cozinhar alguma coisa antes de sair.

Mark assentiu e o puxou pra um abraço seguido de uns selinhos.

— Desculpa a bagunça enorme na sala. Tive que trazer umas coisas do trabalho pra casa. – murmurou com a voz abafada, ainda abraçado com Jinyoung.

— Tenho certeza que essa bagunça toda não é do trabalho. – o coreano comentou quando Mark decidiu o soltar. — Olha só esse sofá! – disse apontando pra uma pequena pilha de bagunça no móvel. — Como você consegue viver nessa sujeira?

— Não seja chato. – Mark revirou os olhos, afastando os papéis do sofá para o chão, se sentando ali em seguida. — Vem aqui, vamos jogar videogame.

Jinyoung riu do pedido.

— Eu não acredito que essa é a proposta mais Mark Tuan da terra. – disse sorridente, negando com a cabeça, mas não demorando muito para se sentar ao lado do americano. — Você é uma criança, presa no corpo de um velho, mesmo. – comentou quando o loiro se levantou, pegando os joysticks e ligando a TV.

— O que eu perdi naquele dia? – o mais velho indagou casualmente enquanto o jogo carregava.

— Uh... acho que fomos expostos. – Jinyoung deixou uma risada escapar. — Yugyeom não perde a oportunidade de ficar calado.

— Até que enfim. – Mark suspirou e o moreno o encarou confuso. — Que foi? Eu não curtia esse lance de mistério tanto como você.

— Chato. – deu um soquinho no ombro do outro. — Eu só queria avisar pra todo mundo quando fosse oficial. Gosto das coisas bem definidas, sabe? – Jinyoung torcia com todas as forças para que o Tuan entendesse aquela indireta óbvia.

i do ♡ 2jaeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora