Um super humano

Como eu conheci o amor- Episódio 2

Lembra quando eu disse que eu tinha ganhado poderes no início da história? Sim... Já vamos chegar aí. Então, eu decidi chegar perto um pouco de Jesse. Conversar com ela, tocar nela. Eu disse então, um oi:
- Oi... Jesse, né?
- Oi. Quem é você?
- O seu nome é Jesse, certo?
- Sim, pra que você quer saber isso?
- Curiosidade. Meu nome é Mike... Prazer. Eu queria tirar algumas fotos do jornal da escola, se importa?
- Por que está falando isso pra mim?
- Eu achei você bonita. Queria tirar foto de você pro jornal da escola.
- Ah sim... Obrigada!

Eu tirei as fotos, ela disse obrigada. Pensava que ia terminar assim. Mas ela me chamou:
- Espera... Mas você não é do jornal da escola!
Eu paralisei. No que eu ia falar?
- Isso mesmo.
- Por que tirou fotos de mim então?
- Eu admiro muito sua beleza.
- Isso... Isso é estranho. Admirador secreto?
- Bem vindo ao meu mundo, garota!
Ela riu... Oh meu Deus, ela riu! Bem, todas as garotas no mundo iam levar a sério minha frase.

Seguimos em frente. Ela falou:
- Bem que eu gostaria de descobrir um pouco de seu mundo. O que você procura?
- Você, todos os dias Jesse.
Ela deu um sorrisinho. Oh, meu Deus ela deu um sorrisinho! Ela gostou!

O que eu iria fazer agora? Convidar ela pra minha casa? Já? Não, seria muito rápido. Eu disse um "Tchau" apenas. Eu sou um bosta. Eu poderia convidar ela pra minha casa, e transariamos, selvagens, eu iria dizer obrigado e ela iria embora, mas não. É difícil, realmente. Na hora, a gente pensa de tudo. Bem, na hora. Na realidade? É apenas normal demais. Indiferente.
Bem, eu conheci Jesse. Quando eu disse que tinha conhecido ela, meu amigo Jorge, ele disse:
- E aí? Conseguiu?
- Conseguiu o quê?
- Aquela coisa. Preciosa.
- Um sexo?
- Sim.
- Não, apenas disse tchau.
- Virgem!

Comecei a rir. Sexo no primeiro encontro até que vai. Mas sexo na primeira conversa? Difícil. No outro dia, ela não veio. No outro dia, ela ficou doente. Será que ela estava fugindo do tal "maníaco" que seria o tal eu?

Não creio! Ela veio 2 dias depois, bela como sempre, mas dessa vez me chamou. Mas não me chamou por alguma coisa legal, me chamou pra ela usar o meu celular, pra ligar pra sua condução. Me poupe...

Foi engraçado, engraçado como foi ela correndo desesperada em busca de alguma ajuda. Eu sentado naquele banco, com meus amigos,  e ela veio logo chamar o tal Mike, seu grande apreciador. Ela sentou no banco, pediu meu celular, e eu dei. Logo, eu disse que não tinha créditos e ela falou que ligava a cobrar. Ela ficou esperando do outro lado da linha, sua mãe, por 50 segundos de pura tensão e nada de conversa, até que eu decido entrar num assunto delicado:

- Por quê veio me chamar?

- Somos amigos... Eu acho.

(5 segundos. Eu pensando no que iria falar.)

- Sim, somos amigos. Está certa. 

- Fui inconveniente em algo?

- Nada, amiga Jesse.

- "amiga'' Jesse. Realmente, você ficou mais maníaco com essa frase, e ainda disse meu nome ''Jesse''.

- Mesmo eu não querendo ser maníaco, consegui. Acho que tenho um dom.

(risadinhas de Jesse.)

Ela veio tocar em um assunto sobre festas. E perguntou se eu ia na festa da Vanessa. Eu disse que iria, e então, ela falou que queria todos da escola lá. 

- Vai pegar quem lá?

(Eu queria falar ''você.'' Mas não queria ser mas ousado.)

- Não sei ainda, na verdade, tenho outras festas e não sei quem vai nessa.

- Vai todo mundo da escola.

- Certo, eu vou ver.

- Obrigada pela compreensão de dar seu telefone, mas acho que a ligação não funcionou. Ninguém atendeu.

- Pede pra escola ligar, vai que ela escuta e...

(o meu celular toca e é a mãe dela. Ela conversa com a mãe e depois...)

- Tudo esclarecido! Minha mãe bateu com o carro. Enfim, problemas. Tchau, Mike! Te vejo por aí.

- Tchau, ''Jess!''

Foi assim que fui conhecendo ela, a tal garota que vai em festas e convida todos, porque conversa com todos. Enfim, eu apenas tinha 16 anos, era um puta de um virgem inútil que sonhava em ter um milagre em mim mesmo. Mas aquela festa poderia reverter minha dignidade. Sim... De um jeito. Confesso que ''Jess'' foi um apelido bem próximo na segunda conversa. Mas que se dane as tais regras de ''como ser social na sua vida'', eu quero mais é ficar todos os dias ao lado de Jess, ou, Jesse aos mais íntimos (eu.)