CAPÍTULO 36

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- Lorena levanta, já se passam de meio-dia.

Meu pai tinha entrado em meu quarto e aberto às cortinas, eu me cobri por inteira aliás eu estava semi nua e me sentiria muito constrangida se meu pai me vise.

- pai, estou com sono.

- eu odeio ter que dizer mas...eu avisei, sábado quando eu pedi que voltasse pra casa eu estava me referindo a ressaca que você teria logo apos.

- eu não bebi, apenas fiquei acordada até tarde.

- sem precisão, pois você tem uma casa...o seu quarto com sua cama.

Me dava até vontade de rir pelo seu jeito autoritário de falar,e quem ouvisse acharia que essa casa é nossa com toda a afirmação que ele disse.

- a casa da Carla,o quarto da Carla,e a cama da Carla.

- se você não se levantar em 5 minutos eu volto aqui no quarto com um balde d'água, e não preciso dizer oque eu farei com ele não é  mesmo.

- porque tenho que acordar tão cedo em uma segunda feira sendo que minha aula é de noite.

- eu nunca deixei você me desobedecer  sem te dar um castigo...não será agora que eu deixarei.

Há...seria óbvio que meu pai não deixaria eu passar em puni por esse pequeno erro.

Talvez nem tão pequena assim,mas achei que minha mentira tivesse convencido ele.

Meu pai sai do quarto enquanto eu pego um short e uma blusa leve no Guarda-roupa indo em direção ao banheiro.

Após fazer minha higiene matinal ' matinal pra mim porque já se passava da uma da tarde ', eu volto para meu quarto esticando minha cama, pegando as roupas do chão e as colocando no Guarda-roupa.

Ouso a porta se abrir e novamente a voz do meu pai vagando pelo quarto, ele estava com um balde d'água nas mãos e na outra uma esponja.

- oque é  isso? Você iria jogar um balde de água fria em mim e depois me esfregar?

- isso é pra você lavar meu carro.

- aqui tem gente que faz isso.

Respondo sem olhar em seus olhos, eu sabia o quanto isso o irritava.

- eu quero que você lave, quero que aprenda que vida de balada é muito boa realmente, mas que sempre existe consequências depois delas.

- pai eu fui só uma vez...vai fazer dois meses que estamos em Los Angeles e essa foi a única vez que eu pisei meus pés em uma balada.

- não estou te punindo por ter ido há uma balada mas por sua falta de responsabilidade, por ter dormido fora de casa,por não ter ligado, e por ter chegado de ressaca.

- eu não bebi.

- não minta pra mim. -ele grita com sua voz autoritária e eu logo me calo. - eu já tive a sua idade e sei como é, já o passei por coisas que você não faz ideia, e não estou criando você pra repetir meus erros.

Ele larga o balde com a esponja dentro e olha com desprezo para mim.

Dez minutos depois me vejo de joelhos esfregando as rodas do carro.

Espera....

Isso não lembra nem uma história pra vocês? Cinderela?  Acho que meu pai trocou de lugar com a madrasta horrorosa.

O carro estava limpo mas meu pai fazia questão que eu limpasse, eu devia ter insistido mais...devia ter me esforçado mais para ir em bora ontem mas não, cai na tentação droga.

- O seu carro está limpo, vou me arrumar pra ir pra escola, o senhor me leva?

- tem uma parada de ônibus próximo daqui...você tem dinheiro o suficiente  para ir e vir.

Ele estava de folga hoje, de bermuda, camiseta e meia com os pés em cima da mesinha de centro.

Retirei meus olhos e corri para o banheiro antes que eu perdesse o horário, eu estava encharcada de água com espuma misturado com vários produtos próprios para limpeza de carros.

Saio do banho as presas colocando a primeira roupa que vi há minha frente, penteio meus cabelos os deixando molhados mesmo, pego minha mochila e corro pra parada de ônibus, que para o meu azar atrasou vinte minutos fazendo eu perder a primeira aula importantíssima que teria hoje.

A hora do intervalo chegou, e eu saí feito uma louca da sala de biologia procurando por Emanuelle.

Eu ja estava cansada de procura la, não tinha achado ela em lugar algum até nos banheiros eu procurei mas, nada dela.

Eu me sento em um banco relaxando e jogando minha cabeça pra trás, até sentir um estouro no banco em que eu estava sentada.

Abro os olhos apavorada, e vejo há mesma que eu estava procurando segundos atrás ela tinha jogado sua mochila no banco com força, sem antes me dar chance de falar ela já se exaltou.

- parabéns pela sua atitude amiga, eu sofrendo pelo canalha ha semanas e você de caso com ele?! Nossa como você é desonrada.

- Emanuelle, eu não estava e nem estou tento caso com ninguém, eu posso te explicar tudo oque está acontecendo.

- explicar oque? Como me jogou em um carro bêbada pra ficar se agarrando com Anthony na festa? Ou como vocês se divertiam em quanto eu estava chorando por ele ter desaparecido?

Ela gritava e já havia várias pessoas ao nosso redor,Emanuelle estava alterada e não me deixava explicar tudo oque estava acontecendo.

- ordinária, como você pode fingir ser minha amiga e pegar meu namorado ao mesmo tempo?

- não fala assim comigo? A gente podia ser amigas mas eu nunca te dei tanta intimidade para me chamar por esses nomes.

- você é falsa, tem duas faces.

- eu sei que você está magoada, eu também fiquei  quando soube, Anthony não estava enganando somente ha você  mas sim há mim e sua namorada atual.

- há sim...agora inventa e enche ele de defeitos para mim desistir não é mesmo, jogo baixo Lorena...tão  baixo  que você vai acabar caindo.

- não preciso jogar baixo e nem inventar nada sobre Anthony, você só está vendo o meu lado...falando que não presto e que menti pra você mas para e pensa, se eu menti oque Anthony fez? Por que ele não te procurou e não te contou a verdade?

-talvez com medo de me perder sei lá, vagabundas para uma noite ele encontra fácil e rápido já uma decente pra namorar dois anos com ele fica difícil não é mesmo? Você é a prova viva disso.

Ela me insultava em voz alta...bem alta.

- vagabunda que ele gosto pelo visto.

Digo sem pensar direto, e segundo depois sinto meu rosto queimar.

O Filho da Minha MadrastaWhere stories live. Discover now