Hostage Of Fear 🔥 JiKook 🔥

🔥 07 - Attack 🔥

Boa Leitura! ❤

“A vida é um jogo de xadrez, ataque, defesa, estratégia e o limite é o mundo.”

~ Ibsen P.

🔥 JIMIN 🔥

     Tenho o dever de manter a conduta ética e moral em qualquer área da minha vida, mas fiz exatamente ao contrário na maldita festa. Não sei dizer se foi por causa da mistura de bebidas ou se havia algo na composição de alguma delas, meu autocontrole ruiu bem antes do esperado.

     A dor de cabeça insuportável veio como consequência, forte o bastante para latejar com um simples toque da planta dos meus pés no chão e persistir pelo resto do final de semana. Me amaldiçoeis internamente por ter aceitado ir, e praguejei até a última geração de TaeHyung por causa de sua ideia idiota em insistir a nos levar.

     Mesmo me alimentando bem durante o final de semana, além de repor líquidos e minerais em meu corpo, não me livrei da dor de cabeça na segunda pela manhã. O pior é que nem posso me dar ao luxo de ficar em casa, já que tenho inúmeros casos para revisar, além das sentenças para proferir.

     Tive que me levantar com cuidado para não acordar Jungkook, assim como saí lentamente do quarto a fim de evitar qualquer barulho. Cheguei a esbarrar em alguns móveis no caminho por causa do escuro e da visão turva, mas eu não atrapalhei o sono pesado do mais novo após outra noite de terror com seus pesadelos.

     Antes de seguir até o banheiro, deixei meu terno e o sapato separados para enfrentar mais um dia. Fora os casos para analisar e homologar, tenho que entrar em contato com a equipe multidisciplinar que está cuidando de Jungkook e informar sobre os pesadelos, pois creio que o mais novo não esteja contando toda a verdade.

     Sei que seu progresso será lento, mas ter uma noite cheia de pesadelos após tantas semanas sem sinal é no mínimo estranho. Me lembro de Yoongi me pedir para reportar a menor das recaídas, pois os médicos acreditam que em algum momento ele irá precisar de internação em ala psiquiátrica.

     Depois de um banho gelado, senti que parte das minhas forças havia retornado. Para mim temperaturas baixas é quase uma terapia, além de ter efeito instantâneo sobre as dores musculares que o estresse me causa com certa frequência.

     Ainda no banheiro, escovei os dentes e arrumei meu cabelo, só então retornei para o quarto, onde me vesti e tentei ajustar a gravata diante do espelho. Também dispensei o uso das lentes de contato, optando pelos óculos que costumo deixar guardado por semanas.

     Antes de sair coloquei um relógio de pulso e passei um pouco de perfume, ficando apto a enfrentar mais um dia cheio de tarefas. Fiz questão de conferir os documentos dentro da maleta, pois acabei trazendo um processo para casa, esse que nem sequer cheguei a revisar nos últimos dias.

     – Bom dia, filho. – disse senhora Im, então notei sua presença próximo a bancada da cozinha nos preparando um café.

     – Bom dia, mãe. – a cumprimentei com um beijo na bochecha, forma que costumo fazer desde a infância por considerá-la de fato como uma mãe. – Quando chegou?

     – Pela madrugada. Estavam dormindo tão profundamente, não quis acordá-los. – ela disse me servindo uma xícara de café. – Beba antes de ir, vai te ajudar um pouco.