O Bilionário Perfeito (SBI #3)

Prólogo

Cinco anos atrás...

Christian ficou na frente do espelho do seu quarto. Ele estava vestindo um smoking Armani de três peças com um par de sapatos de couro italiano e um relógio Rolex no pulso. Seu cabelo castanho escuro estava penteado perfeitamente em sua cabeça, enfatizando suas características faciais marcantes; mandíbula forte, nariz bem esculpida, lábios finos e olhos em um tom de azul-cinzento.

Ele apertou as mãos e esfregou-a com força, um tic que não podia evitar sempre que estava ansioso ou nervoso. Eu não posso fazer isso. Não posso continuar. Ele pensou.

Uma batida na porta o deixou alerta. E fez com sua inquietação fosse momentaneamente esquecida.

—Entre. — Ele gritou.

A porta foi aberta lentamente por sua mãe, Charlotte. Seu vestido azul escuro e sapatos prateados de quase dez centímetros a faziam parecer pelo menos dez anos mais jovem.

— Christian... Você está tão bonito! — ela o abraçou de imediato, em seguida, ajeitou sua gravata borboleta.

— Todas as mães dizem dos seus filhos. Tenho certeza que a senhora Elena está dizendo a mesma coisa do bundão do Eric.

— Mas eu não estou mentindo. — ela disse, alisando a lapela do smoking. — Todas as garotas da festa vão estar com inveja da Carla hoje. — em seguida sorriu, analisando mais sua aparência.

Charlotte estava muito orgulhosa do filho. Aos dezenove anos, Christian já sabia muito bem o que queria da vida. Apesar de vir de uma linhagem de homens imponentes como o pai, o avô e o bisavô Villa-Lobos no ramo empresarial, ele tinha decidido seguir sua vocação. Era um artista e sem problema algum, abriu mão da direção da empresa da família em nome das duas irmãs Beatriz e Juliana.

— Eu não estou muito em clima de festa, mãe. — Christian disse, em seguida sentou-se em sua cama.

— Por quê? Você está doente? — Charlotte tocou sua testa, em seguida, seu pescoço.

— Não, eu não estou doente.

—Então, o que foi? A festa de hoje é muito importante para Carla, ela está fazendo dezesseis anos. Você tem que estar lá, já que é namorado dela.

— Eu sei disso mãe, você não tem que me lembrar o tempo todo.

— Então por que está desse jeito?

— Não posso dizer.

— É claro que pode. Eu sou sua mãe.

Ele sorriu e balançou a cabeça.

— Não, eu não posso. Você não entenderia.

Sua mãe suspirou.

— Bem, quando estiver pronto, me diga, estou aqui para ajudá-lo. Mas por enquanto, vamos descer. Suas irmãs já estão prontas e eu não quero chegar atrasada.

Christian assentiu e se levantou. Ele pegou o celular em cima da mesa de cabeceira e o colocou no bolso. Mas não antes de rolar os olhos dramaticamente ao ver as quinze chamadas não atendidas de Carla.

***

Carla estava impaciente. E preocupada. Ela tinha ligado uma dezena de vezes para Christian e ele não atendeu nenhuma vez. E para completar, a filha dele estava atrasada. A festa tinha começado havia quase dez minutos e os Villa-Lobos ainda não tinham chegado.