capítulo 11

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Camila POV

Depois de sair da casa de Lauren, sem nem ao menos conseguir falar com ela, arrastei Normani comigo ao mercado.

-Por quê eu tenho que fazer compras com você? - ela perguntou enquanto checava o preço de um chocolate

-Porque você é minha amiga querida que faz tudo comigo.

-Você sabe o que eu queria estar fazendo, né?

-Eu sei, eu também queria, mas não posso.

-Você queria beijar a Dinah? - ela perguntou apertando a embalagem que ela tinha em mãos.

-Normani, você é lerda assim mesmo ou fez curso?

-Ai, grossa!

-Desculpa, eu tô frustrada porque o pai da Lauren me proibiu de ir ao café vê-la.

Levei meu carrinho de compras pro caixa enquanto continuava a conversar com ela.

-Mas por quê ele te proibiu?

-Não sei, mas eu só quero achar um modo de conseguir vê-la todos os dias.

Normani fez um movimento como se estivesse pescando.

-Fisgada! - ela falou rindo.

-Ok, eu fui fisgada…

Ela abriu a boca em sinal de descrença.

-Oh meu deus, você admitiu

-E tem como negar? Eu to completamente dependente dessa menina e a gente nem teve nada ainda.

Terminei de pagar e nós fomos pro carro. Nós conversávamos no caminho pra casa dela.

-Me passa uma banana? - pedi enquanto ela mexia nas minhas sacolas.

-Qual seu problema com bananas, afinal?

-Eu gosto, ué

-Camila, você comprou 3 cachos!

-Me deixa!

-Não fica brava comigo - ela disse fazendo um bico falso ofendido - você vai achar uma forma de conseguir passar por isso.

-Não sei como vou conseguir ficar sem ver ela no café.

-Talvez você não precise ir até o café pra vê-la - ela disse assim que parei o carro em frente a sua casa.

A encarei confusa. Ela então desceu do carro, se despediu me dando um beijo na bochecha, roubou uma banana e um chocolate meu e entrou.

Peguei meu caminho em direção pra casa ainda pensando no que ela disse.

“onde mais eu poderia vê-la além do café?”

Fui tirada dos meus pensamentos por um barulho no motor.

Encostei o carro e ele parou de funcionar. Logo uma fumaça começou a sair do motor.

-DROGA!

Desci do carro. Abri o capô e é a fumaça aumentou.

-ERA SÓ O QUE ME FALTAVA! O CARRO PARAR NO MEIO DO CAMINHO!

Chutei o pneu com raiva. Eu estava no meio da estrada. Quem pararia pra me ajudar?

Foi então que um carro se aproximou e meu coração parou.

-¿necesita ayuda?[Precisa de ajuda?] - perguntou com aquela voz rouca que me faz derreter

-Lauren?

-Camila…

-Desculpa por ter mentido hoje cedo, eu…

-Você precisa de ajuda?

-Preciso

-Vem, eu te levo até algum mecânico

-Obrigada - falei entrando no carro

Eu não sabia o que falar.

-O quê você acha que aconteceu com seu carro?

-Não sei, pode ser a bateria, ou o motor de partida…

-Camila… tinha fumaça. Você deu sorte do motor não ter explodido.

-Eu não entendo nada de carros - falei sem graça.

Lauren riu e continuou a me levar para o mecânico. Logo chegamos e ele foi conosco até onde estava meu carro.

Achei que Lauren iria embora assim que me deixasse de volta com o profissional, mas ela esperou ele terminar de consertar meu carro e ir embora.

-Obrigada de novo

-Não por isso.

-Então… eu ainda posso tentar pedir seu telefone? - perguntei receosa.

Ela deu um grande sorriso

-Achei que não ia pedir.

Peguei meu celular e anotei o número. Ela anotou o meu também.

Eu sabia que não poderia ligar pra ela amanhã, pois ela não saberia quem eu era. Mas o simples fato de ter seu número me fez crescer uma alegria gigantesca.

-Até amanhã - ela falou antes de ir.

-Obrigada de novo. Até amanhã.

Então ela foi embora e eu fiquei ali.

Foi aí que eu percebi que o local onde eu estava, ficava exatamente no meio, entre minha casa, o café e a casa de Lauren.

Então o que Normani falou me veio como um estalo e uma ideia se formou na minha cabeça.

Eu já sabia como poderia vê-la todos os dias.

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Posso contar uma história engraçada que me inspirou um pouco nesse capítulo?

Um dia eu fui buscar umas amigas e o carro morreu assim que parou. Num ponto de táxi.
Aí chegou um taxista pra brigar comigo, eu expliquei que meu carro tinha morrido e não ligava mais.
Aí  ele perguntou:
- será que foi o motor de partida? Ou foi a bateria?
Falei que não  sabia.
Aí apareceram dois guardas, com a caderneta na mão, prontos pra dar a multa. Porque não pode parar no ponto de táxi.
Expliquei que eu só tinha encostado e o carro morreu. Não ligava mais de jeito nenhum.
Aí eles perguntaram:
- será que foi o motor de partida? Ou foi a bateria?
Aí as minhas amigas que suuuuper sabem de carro começaram.
- eu acho que foi o motor de partida.
- eu acho que foi a bateria
- mas pode ser o motor de partida.
- mas eu ainda acho que foi a bateria.
Liguei pro  meu pai ele perguntou se era o motor de partida ou a bateria. Liguei pro seguro e eles tbm perguntaram. Resumindo a história.
Era os dois.

Como Se Fosse A Primeira VezOnde histórias criam vida. Descubra agora