Capítulo 22

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Lucy

Essa Isobel e uma vaca. – Cristine fala assim que chegamos ao quarto que seria meu a partir de hoje.

– Ela é uma tarântula isso sim. – Agora é a vez de Lys. – Já vi que ela odiou a gente.

– Eu vou ter o maior prazer em vir te ver todos os dias. – Anna fala rindo e as meninas concordam.

Um barrulho nos assusta. E logo vem a gritaria.

– EU NÃO QUERO ESSA MULHER AQUI LIAM. – Isobel grita. – EU NÃO POSSO ME ESTRESSAR VOCÊ SABE DISSO.

– Primeiro abaixe a voz para falar comigo. – A voz de Liam e baixa. – Segundo, a casa e minha e eu ponho aqui dentro quem eu quiser.

– VOCÊ NÃO ESTÁ NEM AÍ PARA A MINHA SAÚDE E A SAÚDE DO SEU FILHO. PREFERE UMA SUBURBANA DO QUE EU. – ela já chorava a essa altura.

– Ela não é suburbana. Já disse para você parar de julgar as pessoas tão mal. Pelo amor de Deus, você está grávida. Seja menos preconceituosa. – Liam sai batendo a porta.

Mais coisas se quebram e ela grita ainda mais.

– EU ODEIO ESSA SUBURBANA. QUE ODIOOO.

– Amiga. Você vai ter que dormir de porta trancada e com um olho aberto. – Todas riem do comentário de Anna.

A porta e aberta e Liam entra com uma aparência cansada. As meninas se despedem de mim e de Liam e vão embora. Olho para elas na esperança de não me deixarem aqui mais elas simplesmente me ignoram e vão embora.

– Preciso que me diga se está tudo bem. – ele senta ao pé das cama me olhando.

– Sim. Obrigada. – desvio meu olhar. Não quero vê-lo, mesmo sabendo que agora é meio impossível.

– Lucy eu... – Eu o corto.

– Eu disse que está tudo bem. Se puder por favor me deixar sozinha eu agradeço.

– Tudo bem. – Vem até mim e beija minha cabeça e sai. Minha vontade é agir igual a tarântula louca do quarto ao lado. Jogar tudo no chão. Ficar nesse lugar não vai me fazer bem.

Quando já era noite a dona Verônica veio me ver, ela e a Samá. Trouxeram meu jantar e ficaram conversando comigo por um bom tempo. Logo que elas saíram o sono veio.

– Ah Lucy. Eu não sei mais o que fazer com você. Cada dia pior. – Meu corpo doía por causa de mais uma da milhares de surras que eu levava. Era noite e hoje era dia senhor Emerson Marks. Resumo eu estava literalmente fodida.

Ela sai batendo a porta.

Visto a roupa de sempre. Um corpete, uma cinta liga meia calça e salto. Ajoelho não chão de cabeça baixa esperando por mais um castigo. A porta abre e meu corpo treme, não sei como um ser humano e capaz de fazer isso com uma criança de 11 anos.

– Oi minha princesa. Pode se levantar. – Levanto e paro em frente ele. – Hoje você está divina. – Passa a mão sobre os meus seios que nem tinham começado a crescer.

Depois de me bater com um chicote e me me fazer contar cada um dos assoites ele manda que eu deite na cama, já sem roupa e sem dignidade deito na cama e faço o que ele pede. Ele vem sobre mim e tenta me beijar e eu desvio mas em seguida recebo um tapa forte no rosto e ele segura minha garganta e me beija a força enquanto eu luto.

– Lucy. – ouço uma voz está distante.

Ele ajeita seu membro na minha entrada e começa a forçar enquanto eu grito.

– Lucy, acorde. – Abro os​ olhos​ assustada e vejo Liam preocupado. Sem esperar eu o abraço e quando me dou conta já estou chorando.

Liam me abraça morte a medida que meu choro aumenta, isso está fugindo do meu controle, esses malditos pesadelos se tornaram frequentes depois que comecei a frequentar aquela boate.

Quando meu choro cessa Liam me solta e passa a mão pelo meu rosto esperando para que eu diga alguma coisa, mais eu não consigo.

– O que houve? Você estava gritando socorro quando eu entrei no quarto. Com o que você sonhou? – passa a mão pelo meu rosto.

– Só... o fogo na casa. – Minto. – Pensei que fosse morrer ali sozinha.

– Eu não deixaria. Nunca. – Sorrio e ele me abraça outra vez.

– Obrigada. – Sussurro para ele.

– Vou te proteger sempre. Eu prometo. – Ele fala mais para ele do que para mim. – Sempre.

Liam

Tenho que confessar que achei que não me surpreenderia tão fácil, mas no momento em que Annabeth, uma das meninas do Fernando, disse que estava namorando com a Cristine percebi que sim, eu ainda posso me surpreender, e muito.

Meu Deus.

A Cristine. Fernando e eu juramos que ela tinha um amor platônico por ele, quando na verdade ela só estava com vergonha. Eu juro que jamais imaginei uma coisa dessa, a Cristine, lésbica.

Isobel resolveu adiar o casamento em mais uma semana, por que não estava com as coisas prontas, então terei mais três semanas para decidir se era isso mesmo que eu queria, eu estava indeciso, depois que a Lucy veio morar aqui em casa eu ando tendo ideias loucas. Ela ama a biblioteca é sempre fica lá, o que me fazia ir com mais frequência lá.

Lucy anda tendo muitos pesadelos, eu acordo toda noite e me deito com ela até que ela durma. Agora ela estava encaixada perfeitamente no meu corpo, a cabeça no meu braço e a sua mão delicada sobre o meu peito, arrasto-me devagar para fora dá cama, enquanto ela continua no seu sono. Lucy e uma menina delicada e frágil, apesar de manter uma pose de durona. Quando chego no meu quarto Isobel está sentada na cama com o cabelo alinhado, diferente de Lucy que estava com o cabelo sempre revolto tornando-a mais linda do que já era.

– Onde você estava? – Ela pergunta sem muito interesse.

– Fui respirar um pouco, perdi o sono. – Deito ao seu lado.

– Todo dia você perde o sono. Tome um calmante ou alguma coisa pra dormir sei lá, e pare de dormir me apertando, essa cama tem espaço suficiente para que possamos dormir cada um no seu canto. – Fala se afastando de mim.

Eu não sei onde eu estou com a cabeça para aceitar uma merda dessa. Levanto pego minhas coisas.

– Vou dormir em outro quarto. – Aviso.

– Não importo, é melhor assim mesmo. – Fala sem nem me olhar.

Eu não quero isso pra minha vida, cansei disso. Tem tão pouco tempo mais eu não suporto, ser feito de bobo. Não vou casar.

Agora está decidido. Se Isobel quiser continuar morando aqui tudo bem, vou arrumar um quarto para ela com tudo que ela precisa, não vou nunca deixar meu filho de lado, ele ou ela terá tudo que uma criança precisa para ser feliz, cuidei e cuido muito bem do Luigi, não será diferente com essa criança que vai nascer.

Entro no quarto dá Lucy e jogo minha coisas em um sofá que tinha ali. Deito novamente do seu lado e seu corpo corresponde rapidamente, ela automaticamente apóia sua cabeça em meu braço e sua mão vai para o meu peito.

Não posso mais me negar a viver isso. Lucy foi a melhor coisa que me aconteceu nesses últimos meses. Eu tenho medo, porque a última mulher que amei dessa forma fugiu com meu dinheiro e com o jardineiro dá minha casa, não foi uma sensação muito boa. Tudo ne Lucy me deixa mais calmo e tranquilo.

Lucy, costumava dormir e falar o meu nome, e eu estava me acostumando com isso, não poderia mais esconder isso dela, e ela, eu tenho certeza. Lucy, será minha, eu confesso e se for preciso eu faço o que for para ficar com ela.

O Poder da Sedução { Completo }Onde histórias criam vida. Descubra agora