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Casser não conseguira pregar os olhos na noite anterior,após a inesperada notícia da morte da representante das sereias. O sol já penetrava forte por entre a janela de seu quarto,ele a olhou e viu que alguém já havia afastado as cortinas para que o ar e a luz entrasse. Não eram todos os dias que o sol estava presente ali,o frio era predominante nas montanhas cinzas. Ainda deitado e sentindo-se confortável demais com os cobertores macios e aquecidos,Casser trouxe a ponta até o queixo,quando ouviu uma batida leve na porta.

-Que foi? -Respondeu com voz abafada.

-Senhor,posso entrar? -Era Diana.

Ele revirou os olhos.

-Ah,entre Diana.

A moça esguia adentrou os aposentos do rei e fechou a porta atrás de si,parando com as mãos cruzadas na frente do corpo na direção dele. Casser a olhou de esguelha por cima do cobertor.

-O que você quer,Diana?

-Ah,vamos com isso,senhor. -A moça disse e contornou a cama,afastando os cobertores do rei.

-Isso são modos,Diana?

Secretamente,ela adorava fazer aquilo com ele pelas manhãs.

-Senhor,hoje terá uma reunião á noite.

Ele se deitou de costas e passou as mãos pelos longos cabelos acinzentados,Diana se perguntava como aqueles cabelos tão lisos sempre se mantinham em ordem. Ele se sentou e colocou os pés para fora da cama.

-Vá,me traga minhas roupas,Diana.

A moça fez como o ordenado e após buscar e deixar as roupas de Casser sobre a cama,ela saiu dos aposentos dele. Casser se sentia ainda mais indisposto a ter reuniões naquele dia,ainda mais por saber que se reuniria com pessoas nada agradáveis.

 Casser se sentia ainda mais indisposto a ter reuniões naquele dia,ainda mais por saber que se reuniria com pessoas nada agradáveis

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Carol ainda dormia,sentia-se extremamente cansada,como havia se sentido em anos. Talvez fosse só a doença atacando mais forte,mas não queria se levantar. O rapaz estranho a levara para um tipo de armarinho no meio da floresta,ao qual ela sequer tinha ideia que existia. Ao menos,ele cumprira sua palavra sobre ajudá-la de alguma forma.

Enquanto a moça dormia despreocupadamente no quarto do fundo,Luid e Rosário conversavam no balcão.

-Mas que idéia! -Xingava Rosário. -Eu não devia esperar menos de você,seu garoto sem escrúpulos.

-Eu não tinha outro lugar para levá-la. -Luid se defendeu.

Rosário parou o que estava fazendo e olhou perplexo para o rapaz á frente do balcão de sua loja.

-O quê? Como assim não tinha outro lugar para levá-la?

-Não tinha tempo,o Rei das cinzas tem olhos em todos os lugares. -Luid respondeu.

-E quer que os olhos dele parem sobre esse armarinho? É isso mesmo?

Os cabelos brancos de Rosário estavam firmemente puxados e presos na nuca,e os óculos habituais pareciam velhos demais para Luid. O rapaz se aproximou confidencialmente do balcão.

Rei Das Cinzas. (Livro 01)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora